• Capítulo Cinquenta-Sete - O jantar acabou

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• ARIANA GRANDE •

Justin não havia hesitado em aceitar o meu convite para jantar e eu não poderia ficar mais agradecida por isso. Não era como se eu não confiasse nos meninos, mas certas coisas tinham que ser pessoais, resolvidas apenas entre o meu namorado e eu.

— Quero o melhor vinho, por favor. — Justin pede ao garçom, com um sorriso.

Eu estou grávida, não posso bebê-lo.

— Estamos comemorando algo? — Eu engulo seco.

— Todo momento ao seu lado exige uma comemoração. — Ele segura a minha mão por cima da mesa. — Eu te amo.

— Eu também te amo. — Não pude deixar de sorrir.

Justin havia sido a melhor coisa que já tinha me acontecido, ele me resgatou do fundo do poço, me deu amor, me deu um lar e nunca pediu nada em troca.

— Devo admitir que eu estranhei um pouco quando do nada você me chamou para sair. — Ele ri. — Mas, não me leve a mal, eu adorei, pode fazer mais vezes.

— Eu apenas acho que não estamos passando tanto tempo juntos. — Dou os ombros. — Aí, achei que seria legal.

Isso tecnicamente não é mentira, talvez seja por isso que eu não estou tendo alguma espécie de tic que poderá me dedurar.

— Me desculpa, babe. — Ele beija a minha mão.  — Juro que eu vou tentar passar mais tempo com você.

— Obrigada por ser tão compreensível. — Sorrio.

A verdade é que eu estou em pânico, não faço ideia de como chegar no ponto em que eu quero chegar.

— Você está bem? — Ele me analisa, no momento em que meu olhar vacila, afinal estou afundada nos meus pensamentos.

— Estou sim. — Tento sorrir. — Por que?

— Não sei, você ficou meio diferente do nada. — Ele está me analisando agora.

Eu preciso de uma boa desculpa.

— A nossa coordenadora está grávida, ela me contou hoje na escola. — Eu conto a ele, mesmo sabendo que não é verdade. — E isso me fez pensar se um dia eu serei uma boa mãe, já que eu não tive uma.

— É isso? — Ele suspira, parecendo aliviado. — Achei que algo sério tinha acontecido.

— Você não me respondeu. — Murmuro. — Acha que serei uma boa mãe?

— Acho que você será a melhor mãe que alguém poderia ter. — Ele me garante, sorrindo. — Nossos filhos terão orgulho de ter você ao lado deles.

Era quase como se o meu coração desse um salto dentro do meu peito, agora eu estou cheia de esperanças, talvez até fantasiando eu e Justin correndo atrás de uma criancinha.

Uma casa no campo, os meninos e a Caitlin do nosso lado, como os tios babões que eu sei que eles serão.

— Quanto a isso...

Eu não posso terminar a minha frase, porque ele continua falando.

— Mas é claro, que não estamos falando de ter filhos agora. — Ele dá os ombros. — Você e eu somos muito novos, estamos acabando o colegial agora e não é como se precisássemos de uma criança agora, eu quero curtir o nosso relacionamento muito antes disso.

Todos os sonhos conseguiram ir por água a baixo em questão de segundos.

— Você não quer ter filhos? — Eu não sei como me sinto.

— Ari, eu sei que isso é importante para você, sei que você faz o tipo de que quer construir uma família um dia, mas se eu te dissesse que o meu sonho é ser pai, eu estaria mentindo. — Ele tenta ser gentil. — Eu amo você, quero construir algo assim ao seu lado, mas definitivamente eu não quero ser pai agora, então não me peça para tentar.

Eu fiquei parada, olhando para o rosto dele, sem saber o que dizer.

Ele não quer tentar ser pai, mas já é tarde demais, porque eu já estou grávida e pior é que ele não sabe.

— Já decidiram o que vocês querem comer? — O garçom aparece com um sorriso, deixa o vinho na mesa e pega o seu aparelho para anotar nossos pedidos.

Justin começou a falar com ele e eu senti o meu estômago embrulha.

Para mim, o jantar acabou.

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