• Capítulo Cinco - Isso não vai ficar assim

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• Ariana Grande •

Novamente o sino bate, anunciando que já estamos liberados para irmos embora. Então Brian guarda a faca em sua roupa e sorri de canto, para mim.

- Você foi salva pelo gongo. - Me olhou sério. - Faça algo anormal além dessa porra desse trabalho com o Drew e eu juro que você vai se arrepender amargamente disso.

Olhei para ele assustada e assenti, com medo.

- Isso Ariana, seja uma boa garotinha e eu não terei que machucar você.

Após dizer isso, ele simplesmente saiu do armário e eu sai logo atrás. Engoli seco por conta da ameaça e praticamente corri até o meu armário.

- Ariana. - Ouvi a voz de Justin, do meu lado.

- Oi Justin. - Sequer olhei para ele.

- Você já não quer ir para a minha casa para fazermos logo essa merda de trabalho? - Ele riu. - Caitlin pode te emprestar uma roupa, se você quiser.

- Podemos ir sim. - Fechei meu armário e tentei sorrir pra ele.

Meus pais não davam a minha para mim. Na verdade, acho que seria um alívio se eu não estivesse em casa durante a tarde.

- Você não quer avisar os seus pais que vai ir para a minha casa? - Ele perguntou. - Eles podem ficar preocupados.

- Eles nem vão notar que eu não estou em casa. - Sorrio triste.

Ele me olha de um jeito estranho, mas nem tem tempo de perguntar o porquê eu disse aquilo, porque os garotos que estavam na sala sentado perto dele, se aproximam de nós.

- Oi. - Ele sorri feliz, pra mim. - Eu sou o Charles, mas pode me chamar de Chaz!

Sorri tímida pra ele.

- Ei, você pode falar. - Ele brincou comigo. - Eu só mordo se você pedir.

Gargalhei alto e todos eles olharam para mim.

- Desculpa. - Corei de vergonha.

- Relaxa garota. - Um dos outros garotos disse. - E a propósito, eu sou o Chris.

- Sou a Ariana. - Me apresentei, timidamente.

- Eu sou o Ryan. - O loiro dos olhos azuis, disse. - Mas você pode me chamar de gostoso.

- Você é tão gostoso quanto um jiló né Butler. - Chris brincou e todos rimos, menos Ryan.

- Cala a boca, Beadles. - Ele resmungou.

- E eu que sou a única garota desse bonde, me chamo Caitlin. - A garota que estava com eles, disse. - Mas pra você é Cait.

- E vocês podem me chamar de Ari, se quiserem. - Sorri.

Brian provavelmente já tinha ido embora e eu poderia me soltar um pouquinho sem precisar ser reprimida por ninguém.

- Na verdade, nós te chamaríamos assim mesmo que você não tivesse dito isso. - Chaz disse, sincero.

E novamente, todos rimos.

Pela primeira vez em muito tempo eu estava rindo verdadeiramente. Eu mal os conhecia, mas eles já estavam me fazendo bem.

- O papo tá bom, mas nós podemos continuar ele em casa. - Justin disse, olhando para todos. - Eu levo a Ari, e vocês já sabem como vão, a gente se encontra em casa.

- Fechou, nos vemos lá. - O resto do pessoal disse enquanto se deslocava para fora da escola.

Entramos na Ferrari do Justin e eu fiquei em silêncio, eu não sabia como puxar assunto com ele ou o que eu deveria fazer. Meu coração batia rápido e eu estava com um pouco de medo, eu sequer o conhecia direito e ele me deixava nervosa, um nervosa bom.

Ele não podia ser como Brian, certo?

- Eles costumam ir muito na sua casa? - Perguntei, resolvendo quebrar o silêncio.

- Quem? - Ele pareceu confuso..

- Sabe, o pessoal.

- Nós todos moramos lá. - Ele disse, tranquilo. - A casa não é só minha.

- Então, todos vocês moram na mesma casa? - Sorri imaginando a bagunça que eles deveriam fazer naquela casa. - Isso é muito legal.

- É sim. - Ele disse, me olhando de relance. - Mas não pense que quando chegar lá, vai ter uma pilha de louças na pia ou muitas meias e cuecas espalhadas pela casa.

Ri com sua fala.

- Não, eu nem pensei nisso. - Sorri.

- E o que pensou?

- Que se vocês moram na mesma casa, por que não vem todos no mesmo carro? - Questionei e ele riu.

- Porque se algum de nós arrumasse uma garota e quisesse ir para outro lugar, daria problema. - Explicou.

- Ah, entendi. - Disse, tranquila.

- Ja acabou o interrogatório? - Ele me olhou e eu fiquei meio desconcertada.

- Oh, me desculpe.. - Ele me cortou.

- Tava só brincando, Ari. - Ele riu, o que me deixou mais tranquila. - Você pode ter mais em si mesma, eu não vou te machucar.

Apenas assenti sem saber o que dizer.

Então ele simplesmente começou a estacionar o carro, na garagem de uma mansão.

- Você mora aqui? - Perguntei, impressionada.

Ele desligou o carro.

- Moro sim. - Saiu do carro e eu fiz o mesmo.

- Isso é incrível! - Disse a ele, assim que parei ao seu lado.

Ele tocou o meu ombro sem nenhuma brutalidade, mas eu soltei um gemido de dor.

- Espero que você saiba que eu ainda não engoli essa história de você aparecer roxa. - Olhou em meus olhos e abaixou a mão. - Eu sei que foi ele e isso não vai ficar assim.

Engoli seco.

O que Justin vai fazer?

The Protector [1] Onde histórias criam vida. Descubra agora