The Protector [1]

• Capítulo Vinte-Quatro - Tráfico?

• Ariana Grande •

Era de madrugada e eu tentava inutilmente dormir, a chuva lá fora estava muito forte, isso estava me incomodando profundamente. Para piorar tudo, a chuva forte começou a render fortes trovoadas e eu preciso beber água.

Eu não consigo descrever o quanto eu sou sortuda.

Tiro o cobertor de cima das minhas pernas, as deixando completamente descobertas, e me sento na cama deixando meus pés pra fora da mesma, eles tocam o chão que estava meio gélido.

Suspiro e me levanto.

Abro a porta do meu quarto dando de cara com aquele corredor escuro.
Respiro fundo e começo a andar pelo mesmo, na direção das escadas

Eu estava morrendo de medo.

Desço as escadas calmamente e caminho até a cozinha, assim que entro na mesma, corro até a geladeira e abro a mesma, tirando uma garrafinha de água de lá de dentro. Abro a garrafa e bebo um pouco do conteúdo que lá havia, matando de vez a minha sede.

Fecho a porta da geladeira devagar, mas não me novo.

Tinha algo estranho, eu me sentia observada. Me viro para trás com o intuito de sair dali o mais rápido possível, voltando pelo caminho de onde eu vim, mas dei de cara com alguém, era uma figura masculina, estava escuro, antes que eu pudesse gritar minha boca foi tampada.

— Shhh.. — Eu ouvi a voz de Justin.

Eu estava tão assustada que comecei a chorar compulsivamente, várias imagens começaram a passar em minha mente.

Brian me pegando de novo, um sorriso diabólico em seus lábios e eu, sem chances para a fuga.

— Justin. — Digo, entre as lágrimas.

— Não sabia que você ficaria tão assustada. — Ele limpa minhas lágrimas. — Me desculpa, Ari.

— Eu estava com medo de ser o Brian, dele me pegar. — Digo, ainda chorando e ele me abraça forte.

— Me desculpa. — Ele pede.

— Não deixa ele me pegar, não deixa ele me machucar mais. — Eu imploro a ele, praticamente. — Por favor.

— Calma, eu estou aqui. — Justin segura o meu rosto. — Eu não vou deixar ele te machucar nunca mais.

— Eu tenho medo, ele mexe com drogas, — Conto a ele, sem arrependimentos. — Ele pode te machucar, eu não quero que ele te machuque.

Justin me olhava com atenção.

— Tráfico? — Perguntou.

— Sim, ele é forte aqui. — Eu estou a beira de começar a chorar novamente em seus braços. — Não deixa ele te machucar, não deixa ele me machucar.

— Com tráfico ou não, eu nunca vou deixar ele te machucar. — Ele assegura e eu o abraço forte.

— Obrigada. — Minha voz está falha.

— Vamos dormir. — Ele me guia por sua casa.

— Eu não vou conseguir.

— Podemos deitar e conversar, o que você acha? — Ele sugere.

— Deitar com você? — Pergunto, meio sem graça e ele ri.

— É só deitar, Ari. — Ele diz assim que começamos a subir as escadas. — Não vai ser nada mais que isso.

Andamos pelo corredor e eu paro na frente do meu quarto, mas Justin me impede de entrar.

— No meu. — Ele diz tranquilamente e eu assinto.

Continuamos a andar até o fim do corredor, onde era o quarto dele.

Entramos em seu quarto e eu me deito timidamente ao lado dele, na cama.

— Sinto que você está com vergonha daqui, Ari. — Ele ri.

— Estou sem graça. — Digo, enquanto sinto meus olhos querendo se fechar.

— Pode dormir, Ari. — Ouço sua voz calma, assim que meus olhos começam a pesar. — Nada vai te acontecer, eu estou aqui.