The Protector [1]

• Capítulo Seis - Isso eu não posso prometer

• Ariana Grande •

Eu não conseguia achar palavras para conseguir descrever o quão maravilhosa era a casa em que ele vivia junto com os meninos. Havia algo em tudo isso que não se encaixava, se ele tinha esse casarão, por que se contentava com uma escola pública?

- Se você tem essa casa enorme, parece ter bastante dinheiro. - Olho para ele. - Por que está estudando naquela escola?

- Eu não faço o tipo de garoto que estuda em escola particulares e é levado para a escola por um motorista. - Ele ri.

- Desculpa. - Sorri fraco. - Eu não queria ser indiscreta.

- Suas perguntas não me incomodam, Ari. - Ele deu os ombros, tranquilo. - Pode continuar.

- Por que vocês vieram pra cá? - Olho pra ele, novamente. - É que, vocês não eram daqui, certo?

- Nós morávamos no Canadá. - Diz, sem importância. -Mas desde muito pequenos, sempre fora um combinado com os meninos, dominar o Canadá e depois vir pra cá.

- Dominar? - Franzi a testa.

Ele olhou em meus olhos por um tempo e depois respondeu.

- No sentido de conhecer. - Ele riu, de um jeito estranho. - Viajamos por todo o Canadá e depois vamos fazer o mesmo por aqui.

- Vocês não passam muito tempo em um lugar só? - Pergunto e ele nega.

- A vida é para ser vivida, Ari. - Ele sorriu.

- Entendo. - Digo simples. - Acho que com toda essa informação, eu poderia escrever uma matéria no jornal da escola sobre você.

- Você faz parte do jornal? - Indaga e eu nego, rindo.

- Eu não gosto quando a atenção está em mim. - Ri.

- Você deveria gostar. - Ele olhou em meus olhos. - Porque você é linda.

- Ham.. Obrigada. - Desviei o olhar, com vergonha.

- Sente ai, Ari. - Ele apontou para o sofá. - E fique a vontade.

Me sentei e ele fez o mesmo.

- Me desculpa pelas perguntas, eu só estava tentando te entender. - Sorri, sem graça.

Talvez eu estivesse sendo incomoda e nem notei.

- Tudo bem.- Deu os ombros. -Mas, agora eu quero saber sobre você.

- Os meninos vão chegar logo, não vão? - Pergunto.

Eu não queria falar sobre mim.

- Eles devem ter passado em algum lugar, nós temos tempo. - Me olhou.

- Não há o que saber de mim. - Olhei para o chão.

- Tenho certeza que há. - Afirmou.

- Não há nada de importante em mim. - Engoli seco. - A minha vida é uma merda e tudo só fica cada vez pior.

- E por que sua vida é considerada uma merda? - Questionou. - A vida é sua, e você pode fazer o que quiser. O mundo pode ser seu se você quiser que ele seja!

- Eu queria que fosse tão fácil como você diz. - Nego com a cabeça e torno a encara-lo. - Não posso fazer o que eu quiser e o máximo que eu consigo, é implorar para que tudo isso acabe.

- O que você quer que acabe, Ari?

- Não quero falar sobre isso. -Neguei com a cabeça.

- Se você não me falar, não tem como eu te ajudar. - Disse e eu suspirei.

- Eu não quero a sua ajuda. - Neguei com a cabeça. - Você vai sair machucado e a culpa será minha e eu não quero ver ninguém se ferindo por minha causa, não vale a pena.

- Novamente você está falando dele, não é? -Ele afirma. - Ele fez isso com você, ele te machuca assim e é por isso que você é isolada de todos.

- Você não pode fazer nada! - Senti vontade de chorar. - Ele vai te machucar e depois vai me machucar, Justin.

- Eu não vou deixar ele te machucar, nunca mais. - Justin assegurou.

- Você não está comigo o tempo todo, não vai saber quando acontecer e nem vai ter como me proteger. - Eu não queria me iludir.

-Eu estarei cuidando de você sempre, Ari. - Ele pegou minha mão e olhou em meus olhos. - Eu não vou deixar ele tocar em você, mas para isso você precisa me ajudar.

Que chances eu tinha? Até hoje ele foi o único que se importou e se ofereceu para me ajudar. Ele é bom, ele se importa comigo.

- Só promete que não vai deixar ele te machucar! - Pedi. - Por favor.

- Ele não vai me machucar. - Ele sorriu. - Não vou deixar ele machucar nenhum de nós.

Eu não sei de onde tirei coragem, mas eu o abracei. O peguei totalmente de surpresa, mas ele retribuiu.

- Eu prometo que vou cuidar de você anjo. - Disse.

Eu me sentia segura em seus braços.

- Promete que não vai se prejudicar por minha causa? - Perguntei para ele.

Ele olhou profundamente para mim.

- Isso eu não posso prometer, Ari.