• Capítulo Cinquenta-Três - Reportagem

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• Ariana Grande •

Assim que meu namorado chegou na escola acompanhado do Ryan, Caitlin foi induzida a me tirar de lá, o que fez com que eu ficasse ainda mais perdida.

— A polícia está vindo? — Eu pergunto ao Justin.

— Sim. — Ele garante. — Nós só vamos conversar com eles, ver se conseguimos que eles assumam suas reais intenções com você.

— Deixe isso com a polícia. — Eu digo a ele. — Apenas a atividade suspeita deles e o fato de não serem alunos daqui já será necessário para que eles sejam mantidos para um interrogatório.

— Vá para casa e fique segura. — Ele me olha nos olhos. — Vá com a Caitlin.

— Vamos comigo. — Eu estou praticamente implorando a ele. — Eu não quero que você se machuque.

— Não vou me machucar, eu prometo.

Justin fez um sinal para a minha melhor amiga e ela me puxa para longe dele, eu não resisto, porque eu sei que não importa o que eu diga, ele não vai mudar de ideia.

O caminho até em casa foi rápido, mas nada que Caitlin me dissesse faria com que a angústia que eu estava sentindo fosse passar.

— Você vai acabar abrindo um buraco no chão se continuar andando de um lado para o outro desse jeito, Ari. — Minha melhor amiga suspira. — Nada de ruim vai acontecer, a polícia deve estar ajudando os meninos a lidarem com isso, sem contar que Chaz e o meu irmão estão de prova que estávamos sendo seguidas.

— Mas eu quem estava sendo seguida, eu poderia ajudar. — Digo a ela. — Eu não queria que eles ficassem lá, eu sinto medo por eles, eu sei do que o Brian é capaz.

Caitlin e os meninos sabiam as histórias que eu havia contado, mas o meu ex namorado abusivo conseguia ser muito pior do que eu sou capaz de contar a eles.

Eu talvez nunca deixe de sentir medo por eles, porque eu me preocupo, afinal, não faço ideia de até onde o Brian iria para me ter de volta quando ele passou parte de sua vida completamente obsecado por mim.

— Eles vão se sair bem, Ari. — Ela parecia tranquila.

Isso estava começando a me estressar.

Eles estão correndo perigo, como ela pode estar tão calma?

— Tomara. — Eu estou quase apelando para todas as orações que eu me lembro.

— Não falei? — Ela sorri assim que ouve a porta se abrir.

Os meninos entram, eles estão normais, da mesma forma que eu me lembro de ter deixado eles na escola, eles estão brincando e rindo.

— Vocês estão bem? — Eu estou afobada.

— Sim. — Dizem juntos.

— Eu falei que nada ia dar errado, Ari. — Justin sorri de lado. — O que importa é você estar segura.

— Mas eu fiquei com tanto medo. — Eu praticamente me jogo em seus braços para abraça-lo.

Não consigo mais me imaginar longe dele.

— Não precisa, está tudo bem. — Ele abraça o meu corpo.

Agora que estão todos aqui e eu estou com o Justin, meu coração parece finalmente se acalmar.

— Eu preciso é de um lanche. — Chaz vai para a cozinha.

— Acho que eu também. — Eu murmuro.

— Então vamos, babe. — Justin sorri.

Acabamos que todos fomos para a cozinha, mas ao contrário do Chaz que já estava na mesa fazendo seu sanduíche, eu foquei a minha atenção na televisão ligada no jornal.

Havia uma reportagem de última hora, em que um carro havia pegado fogo duas ruas atrás da nossa escola, em que três corpos foram encontrados carbonizados.

Não havia sinal se isso havia sido um acidente ou assassinato.

— Que horror. — Eu comento. — Você e viram aquilo quando estavam na escola?

— Acho que depois que levaram os caras, os policiais foram para lá. — Ryan diz.

— Chega de coisas ruins. — Caitlin desliga a televisão.

Por que eu ainda sinto que tem algo errado nessa história?

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