• Capítulo Doze - Um protetor

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• Ariana Grande •

Meu corpo estava todo dolorido por conta das cintadas. Eu estava deitada no chão frio, mas eu ao menos conseguia me levantar dali.
Sentia como se todos os meus ossos estivessem quebrados, minha pele estava sensivel e eu com certeza estava roxa. Como sempre, Brian havia conseguido me deixar marcada.

A janela do meu quarto foi aberta com cuidado de repente e por ela entrou uma pessoa.

Meu corpo gelou.

Quem seria essa pessoa?

-Por favor, não me machuque. -Pedi.

O olhar dele parou em mim.

- Ari.. -Sua voz morreu, assim que me viu deitada no chão do meu quarto.

Eu sabia quem era.

Sabia que era ele, mas eu não conseguia nem pronunciar uma palavra sem desabar em lágrimas.

- Justin.. - Senti meu rosto molhar ainda mais, pelas lágrimas que haviam escorrido.

- Shh.. - Ele diz se aproximando de mim e me pegando no colo. - Eu estou aqui.

Ele me colocou com cuidado na cama e eu o encarei, seu rosto estava embaçado pra mim por conta das lágrimas que estavam em meus olhos.

- Você veio. - Digo baixo e ele sorri fraco.

- Eu disse que viria, sempre que você precisasse de mim. - Justin diz.

Tento sorrir para ele.

-Obrigada. -Sussurrei, fraco.

-Eu quero matar aquele filho da puta, ele te bateu de cinto. - Ele analisa o meu corpo.

Após ouvir suas palavras eu choro ainda mais alto.

-Por favor, não faça nada. - Pedi em meio às lágrimas que agora desciam descontroladamente. - Ele vai descontar em mim.

- Calma, eu não vou fazer nada com ele, ainda. - Ele se deitou ao meu lado, na cama. - Eu não quero que ele te machuque mais.

Deito em seu abdômen e ele passa a mãos por meus cabelos.

- Justin. -O chamo, sentindo a dor em minhas pernas amenizarem.

- O que?

- Será que um dia eu vou conseguir ser feliz? - Pergunto, baixo.

- Com certeza. - Ele garante.

Nós dois estavamos deitado juntos.

- Eu acho que nunca serei feliz, olha a minha vida. - Digo, triste. - Eu só tenho meus pais e o Brian, e nenhum deles não se importam comigo.

- Eu estou com você. - Ele sussurrou.

Ao ouvir suas palavras, meu coração parece ter pulado dentro de meu peito. Cada célula do meu corpo parecia fazer uma festa e eu senti minha pele entrar em combustão quando ele acariciou minha bochecha limpando qualquer resíduo de lágrima que havia ali.

- Por que está comigo? -Perguntei.

- De alguma forma, eu sinto como se tivesse que te proteger, me sinto como se eu fosse uma espécie amigo, um irmão, ou quem sabe até um protetor. - Ele disse, devagar.

Ele se aproximou de mim, e sem que eu pudesse pensar direito ou sequer planejar algo, ele me beijou.

Era um beijo calmo e tranquilo, havia sentimento ali, não era como quando eu beijava o Brian, porque por Justin eu sentia algo.
Agora eu realmente queria beijar, mas queria beijar o Justin. Pela primeira vez, eu estava beijando alguém que eu realmente queria.

- Um protetor. - Sussurrei para ele, assim que paramos o beijo.

- O que? - Perguntou, confuso.

- Você deve se sentir como meu protetor. - Digo a ele. - Não se pode beijar um irmão.

- E um amigo? - Indagou.

- Tudo o que você ja fez por mim, te torna mais um anjo do que um amigo, Justin. - Sou sincera e ele sorriu.

- Eu posso ser seu protetor, mas nunca um anjo. - Ele diz.

- Talvez não para outros, mas para mim, sim. - Digo. - Você é o meu anjo.

- Como seu protetor, eu tenho algo pra te dizer. - Ele olha em meus olhos.

- O que? - Questionei.

- Eu vou te tirar daqui nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida Ari. - Ele disse por fim, enquanto ainda me encarava.

Eu não contive o sorriso.

The Protector [1] Onde histórias criam vida. Descubra agora