• Capítulo Trinta-Sete - Jardim

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• Ariana Grande •

Abri meus olhos devagar por conta da luz que preenchia o quarto, eu puxei o lençol quando me sentei na cama e sorri.

Eu ainda me lembrava do que havia acontecido aqui com o Justin.

Ele não estava mais na cama, mas talvez não existisse nada que pudesse tirar o sorriso do meu rosto.

Olhei ao meu redor e notei que havia um bilhete de Justin na cabeceira da cama.

"Ari, a nossa noite foi incrível, você é incrível. Tudo o que eu mais queria era passar o resto do meu dia cama com você, mas eu tive que trabalhar.
Espero que possamos almoçar juntos, não se esqueça que eu te amo."

- Eu também te amo. - Murmuro sozinha no quarto.

Me levanto da cama com cuidado, e ainda enrolada no lençol eu caminho até o banheiro.

Tomo um longo banho e visto uma das melhores roupas que eu tenho, tudo o que eu quero é estar bonita para o Justin.

Deixo o quarto de Justin quando estou pronta para o nosso encontro, desço as escadas com um enorme sorriso em minha face, mas ao contrário do que eu imaginava encontrar, não há ninguém em casa.

Decido andar um pouco pelo jardim, eu estou reluzente e para ser sincera, nunca pensei que pudesse ser tão feliz quanto estou sendo.

- Olha, parece que uma das vadias do Justin está perdida. - Um cara alto comenta com outro.

A verdade é que tudo nele me assusta, o modo como ele se comporta, o seu jeito de falar.

Vadia do Justin?

O que diabos isso significa?

- Não é possível que ela esteja perdida, todas elas tem ordens claras de servir o patrão e pegar o primeiro táxi. - O outro fala. - Seu carro já está chegando?

- Deve estar havendo um engano. - Eu limpo a minha garganta antes de falar com eles. - O Justin não tem nenhuma vadia, que horror, chamar alguma garota assim.

- Essa deve ser uma das vadias novas, não é possivel que ela seja tao burra ao ponto de achar que vai ganhar mais do que uma foda do patrão. - Ele ri na minha cara.

Eu estou me sentindo completamente perdida e humilhada.

- Se ela é uma vadia nova e burra, ele não vai se importar de nos divertimos com ela. - Um deles sorri malicioso.

Eu conheço essa expressão, era o mesmo modo como o Brian me olhava e isso me dá arrepios.

- Eu não tenho certeza. - O outro diz.

- Qual é? - Um deles ri. - É só um momento e não é como se ela fosse mulher dele, é apenas uma garota burra e descartável.

Eu não espero a resposta do outro cara que está no Jardim, eu sequer sei quem eles são, porque estão aqui ou porque raios estão falando assim de mim e de Justin, tudo o que eu faço e começar a correr na direção da porta que me levará de volta para dentro da casa.

Mas eu sou surpreendida quando um deles consegue me segurar, eu caio no chão e ele consegue subir em cima de mim.

Eu agora me sinto ainda mais frágil e pequena com ele nessa posição, as lágrimas inundam meus olhos e toda a felicidade que eu estava sentindo vai embora.

Por favor, eu só espero que alguém me salve.

- Não faça isso, por favor. - Eu imploro a ele, num frio de voz.

- Vadias estão acostumadas com isso, eu não preciso ser gentil. - Ele sorri abertamente.

Eu fecho meus olhos e viro meu rosto, seu corpo pesado me impede de me mexer.

Já espero que o pior aconteça, mas tudo o que eu escuto é um tiro.

- Saia de cima dela agora ou o próximo tiro será na sua cabeça. - A voz do Justin é clara para mim.

Eu estou salva.

The Protector [1] Onde histórias criam vida. Descubra agora