Capítulo 2

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Dias se passaram e eu não  tive nenhuma coragem de sair do quarto  depois do acidente, eu não conseguia levantar da cama eu entrava em crise(existencial, de insuficiência, de ansiedade, de culpa). Estou com medo do que as pessoas iriam dizer como " a  ela era filha daquele cara que vivia no bar o dia todo e que batia na mulher quando chegava em casa" eu estou evitando isso, pois eu acabo perdendo o controle.
- Filha. Nós precisamos conversar. - minha mãe estava encostada na porta de braços cruzados e percebi que era uma bronca.
- Fala mãe. - Disse revirando os olhos.
-Olha querida eu sei que é difícil, é uma perda muito grande, ele era seu pai e eu sei que por mais que ele era aquele cara escroto sei que no fundo isso mexe um pouco com você, mas não deixa de viver. Você  tem o mundo la fora, pessoas vão  e vem é o ciclo da vida nem tudo é pra sempre meu amor.
- Eu sei mãe, você  é maravilhosa quando fala essas coisas por experiência  na vida e sabe eu  me esforço o máximo que eu posso pra tentar seguir, pra tentar me recompor e ter o meu  futuro você  sabe muito bem que o meu maior sonho é ser uma grande Delegada.
- Então mocinha, voce tem que correr atras dos seus sonhos, eles não  vão  correr por você. Então  pode ir arrumando que hoje você vai a aula.- ela disse saindo do meu quarto.
Não estava muito afim, estava no desânimo, mas preciso começar a investir na minha vida, no meu futuro, nos meus sonhos.
Tomei um banho e me arrumei, só  faltava tomar café e acordar o Fábio  a parte mais dificil do dia, ele não gosta de acordar.
- Fábio você vai perder hora.-as vezes me acho que sou muito delicada com ele, mas ele é fofinho.
-Só mais cinco minutinhos irmãzinha.- ele disse virando pro outro lado.
-Muito folgado depois não fala que eu avisei. Desci e fui tomar café.
No caminho encontrei Juli a gorota mais insuportável da escola, metida acha que só  porque é rica pode ficar pisando nos outros,  eu detestava ela
- Ei Liny. Fiquei sabendo que seu pai faleceu, meus sentimentos.
-Acha mesmo que meu pai precisa dos seus sentimentos falso? Bom meu pai não prescisa dos seus sentimentos e do de ninguém.... - fui interrompida por uma garota.
-Acho melhor vocês irem andando garotas, ja não acha que ja falaram de mais por aqui? E não quero ver vocês  de novo mexendo com, se não  vão  se ver comigo.-Ela disse em um tom auto e claro, meio brava.
Então elas foram andando na frente, e eu continuei andando sem falar nada, com as mãos no bolso da blusa de frio e ela atrás sem dar uma palavra, parecia que me vigiava. Eu não  conseguia prestar atenção  em nada, estava meia voada, só  conseguia pensar no acidente do meu pai e olha que eu nem estava com ele na hora, mas minha mente ficava me auto sabotando, imaginando as cenas de como tudo aconteceu.

IntensidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora