Quem é Jéssica?

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Tamires me levou para casa, ainda estava muito cedo para eu ir para delegacia. Na entrada do prédio, eu desci da moto e já ia subindo como sempre fazia, mas hoje ela fez diferente, segurou minha mão, desceu também da moto.
- Eii, vem aqui - disse pegando a minha outra mão, sentou-se de frente para mim e ficou olhando nos meus olhos com aquele meio sorriso que amo. Me puxou, tocou delicadamente meu rosto com uma das mãos e me beijou os lábios devagar, me abraçou com tanto carinho, me senti segura em seus braços.
Mas eu tenho que deixa-lá, Cris esta lá em cima, esperando a mim e a minha explicação.
- Tenho que entrar... - disse fazendo uma careta - Tenho que conversar com Cris, ela deve estar chateada com meu sumiço.
- Não era nem para ela estar lá... - disse Tamires revirando os olhos com voz debochada.
- Ah não? - perguntei também com deboche.
- Não! - disse ela com ar confiante erguendo uma sobrancelha.
Deus minha vontade era agarrar ela agora, aqui mesmo na rua arrancar as suas roupas e... Interrompi meus pensamentos, antes que fizesse uma besteira, que me faria ter uma suspensão do meu cargo por atentado violento ao pudor.
Mas parece que Tamires não estava se importando muito com isso. Me puxou encaixou mais meu corpo no dela, me deu um beijo, mas agora era quente, suas mãos apertando minha cintura e mordeu meu lábio inferior um pouco forte de mais.
- Aaii - disse me afastando um pouco, mas sem deixar seus braços.
- Você é minha, e isso é só para você se lembrar! - disse e seus braços me deixaram.
Virei as costas e entrei, quando abri a porta de casa, Cris estava na janela de braços cruzados olhando pra fora.
- Estava me esperando?- Perguntei tentando quebrar o gelo.
- Imagina... Eu adoro ficar nessa cobertura sem ninguém - disse com ironia em sua voz.
- Me desculpa, eu não tenho culpa de ter sofrido um acidente ou sei lá o que aconteceu - disse tentando ser sincera.
- Mas precisa chegar com ela? - Me perguntou irritada.
-Ela quem? - Me fiz de desentendida
- Acha que eu sou idiota Liny? - A irritação estava clara em seus olhos e voz. - Acha que eu não vi você chegando de moto? - perguntou se aproximando.
Me assustei com as palavras dela e me calei por alguns minutos.
- Bom Cris, se você estivesse la quem sabe eu não teria vindo contigo. Mas desculpa se foi ela que cuido de mim enquanto você não fazia nada. - disse tentando me esclarecer e acalma-la.
Cris virou as costas pra mim e foi esfriar a cabeça.
- Virando as costas para mim Cris? Isto é covardia sabia? Querendo fugir do assunto, por mim tudo bem mas nunca fale dela comigo. Pois sempre vou defende- la! - disse estas palavras sem pensar, nas foi impulso.
- Isso Liny defende, e quanto mais você defender mais ela vai matar, mais pessoas serão vitimas. - disse ela cuspindo as palavras, me me fizeram gelar.
- Quem você pensa que é pra falar assim dela? - disse irritada.
- Eu sou uma pessoa normal. Que quer os mesmos direitos. E acorda pra vida Liny sabe que ela só ta te usando - disse muito maus irritada e muito próxima de mim.
- Que nem você? - disse por impulso.
Ela me deu um tapa na cara e subiu para o quarto.
- Mas não era ela que estava aqui quando você estava sozinha - disse ela no meio das escadas e logo seguiu para o quarto.
Dei um soco na parede para descontar a raiva, subi para o quarto e vi Cris deitada na banheira com o champanhe na mão. Parei na porta e fiquei olhando
- Vai ficar ai olhando ou vai se juntar a mim? - disse Cris com malícia, me provocando.
- Bom é uma proposta tentadora, mas to de boa aqui do lado de fora - disse também com sorriso maliciodo e sai da porta.
Fui para o quarto e o celular de Cris estava tocando, quando vi que era uma mensagem de Jéssica.
JÉSSICA:. Não é apenas trocas de favores Cris, eu amo você você não entende... Eu vou fazer o que você mandou, mas eu queria que você deixasse Line e ficasse comigo!
O que Cris mandou Jéssica fazer? Preferi não dizer nada e investigar mais, esperar e ver qual será a resposta de Cris.
Quando Cris entrou no quarto tomou um susto ao ver que deixou o celular encima da cama, mas tentou disfarçar veio querendo carinho, me rendi aos teus carinhos mesmo não querendo.
Tamires estava saindo de um bar que ela frequentava, quando percebeu que outra moto a seguia, entrou em uma rua que ela sabia que não tinha saída, totalmente deserta, atraindo a moto que a estava perseguindo para o local onde não havia mais ninguém.
A moto que a perseguia percebendo que era uma rua deserta acelerou e cercou a moto de Tamires. Tamires parou a moto e a pessoa que estava na outra moto agora na frente desceu da moto sacou uma arma e apontou sem tirar o capacete, Tamires levantou as mãos para se render.
- Calma você deve estar me confundindo com alguém... Quem é você? - disse Tamires retirando o capacete.
- Olha eu realmente não queria fazer isso mas, eu preciso matar você... Estou apenas cumprindo ordens, espero que entenda - a voz de Jéssica abafada dentro do capacete Tamires não a reconheceu.
- Bem já que vou morrer, posso ao menos saber quem é que está querendo me matar - disse Tamires dando um passo à frente e abaixando as mãos.
- Afaste-se! Só o que tenho de dizer, é que logo logo você vai encontrar a sua policialzinha para onde você vai do outo lado - respondeu.
Jéssica engatilhou a arma para atirar, Tamires deu um tapa em sua mão jogando a arma longe, deu uma joelhada em seu estômago ia tirar o capacete e ver que era Jéssica, mas ela reagiu dando uma cabeçada com capacete em Tamires, que caiu no chão, tempo suficiente de Jéssica montar na moto e fugir.
Tamires correu pegou a arma que estava no chão e disparou, mas os tiros não acertaram, Jéssica já estava distante.
Na mesma hora Tamires me ligou.
- Princesa você está bem? - disse ela assustada.
- Princesa? Eu to bem. O que hove Tamires porque ta com a respiração ofegante? - perguntei preocupada mais com um pouquinho de ciumes.

Não sabia o que tinha acontecido, mas só vinha coisas ruins em minha mente. Logo Cris me aparece sem roupa em minha frente e fiquei sem reação ao vê-la daquele jeito.
Deixei meu telefone cair de surpresa, Cris veio em minha direção tocou com a mão no meu rosto, e começou a me beijar, me levando levemente até a cama. Meu telefone tocou novamente, nos surpreendendo.
- Deixa tocar - disse Cris sussurrando ao meu ouvido.
- Não, pode ser importante, eu tenho que atender - disse esticando a mão e tentando pegar o celular que estava no chão.
Apertei o botão de atender o telefone e coloquei no ouvido mas, antes que pudesse ouvir alguma coisa, Cris suavemente pegou o celular que estava na minha mão e colocou na cabeceira da cama depois você retorna ligação, fica comigo agora.
Cris estava me envolvendo em seus abraços quando de repente a porta do meu quarto se abre, entra uma garota que eu nunca vi na vida e nos surpreende.
- Jéssica, o que você está fazendo aqui? - disse Cris assustada ao ve-lá dentro do quarto.
- Jéssica? Quem é Jéssica? - perguntei sem entender nada.
De repente estava eu semi nua, com uma mulher nua em cima de mim e uma mulher que eu não faço a mínima ideia de quem seja parada na porta de entrada do meu quarto.
- Cris me ajude - disse Jéssica, colocando as mãos sobre a barriga se curvando e desmaiando.

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