Intensidade

Verdades

Tudo começou quando eu tinha 10 anos. Meu pai havia morrido a dois anos e minha mãe se casou novamente.
Ele me assustava, mas minha mãe o amava então começei a aceita-lo em minha casa, após meses vendo ele morando conosco, certo dia acordei pela manhã corri para dar um abraço em minha mãe e ela gemia de dor.Perguntei o que havia acontecido, ela disse que não era nada, mas quando meus braços se afrouxaram ao seu redor logo vi a mancha de sangue em sua roupa. Me assustei, ela disse que era apenas um acidente e que não era nada. "Mas esses acidentes" começaram a ficar mais frequentes.

Eu observei que seus olhos estavam distantes naquele momento enquanto ela contava. Seus olhos estavam brilhando de ódio ela deu uma breve pausa e depois continuou.

Em uma madrugada, acordei com sons de gritos abafados. Corri até o quarto da minha mãe, quando cheguei ate aporta do seu quarto exitei por um momento, e logo vi a cena mais aterrorizante da minha vida. Vi minha mãe coberta de sangue com uma faca em sua garganta e meu padrasto tampando sua boca, por um relance me viu na porta e se desesperou, meu padrasto olhou para trás e abriu um sorriso maquiavélico e cortando a gartanta de minha mãe. Neste momento a dor me consumiu, eu não acreditava que podia existir compaixão no mundo, todo mundo deveria experimentar a dor de perder um ente querido. Naquela mesma noite eu fugi e passei a noite na rua, na noite seguinte voltei a minha casa e ele estava lá bêbado, o amordacei, amarrei as tuas mãos e quando ele acordou vi o desespero em seus olhos ao me ver com uma faca na mão.
Começei a corta-lo, ranquei um dos seus dedos e ouvi seu grito sufocado, e o mais estranho eu gostei disso. Sentir prazer em cada grito de agonia, ouvir sangra-lo até a morte, depois disso veio as outras pessoas que eu não gostava até que virou uma diversão pra mim, mato quando tenho tédio.

Neste momento ela se aproxima e olha no fundo dos meus olhos, e diz:
- Eu estava intediada quando te conheci. Eu ia te matar,na verdade ainda não sei se quero. Quando eu acordei na manhã daquela madrugada em que dormimos juntas, você seria apenas mais uma vítima. Mas te vi durmindo e algo não me deixou continuar, não sei porque eu simplesmente não consigo mais querer te matar, por isso mandei que se afastasse, mas ao mesmo tempo não consigo ficar longe de você. Em toda minha vida, os momentos que eu tive com você eu tive paz e a muito tempo eu não sabia o que era isso, por isso pedi que se afastasse para sua própria segurança. Eu não sou uma boa pessoa, mas te quero comigo.

Ela tocou meu rosto delicadamente, e vi que em seus olhos que tudo era  verdade. Se aproximou mais e beijou minha testa e pediu que eu fosse embora, e que não a procurace mais.
- Não.- apenas disse
- Não o que Liny?
- Não vou te deixar assim. Se quiser me matar,mata mais eu vou ficar aqui do seu lado.

Ela me beija intensamente, foi um beijo diferente, mais delicado e ao mesmo tempo quente, seu toque era doce.Tudo era diferente, não era como a primeira vez. Era melhor não sei porque, eu só queria estar ali ao lado dela. Passamos a noite juntas.
Na manhã seguinte vou pra minha casa.
E mãe pergunta onde eu estava naquela noite.
- Agora é assim? Você sai de manhã e volta só no outro dia. Isso não ta certo Liny ja acha que é de maior?
- Mãe estava chuvendo, eu não iria vir embora na chuva. Estava na casa do Diego a mãe dele deixo eu durmir lá por causa da chuva.

Subi para meu quarto e liguei imediatamente pra ele.
- Di?
- Oi Liny
- Faz um favor pra mim?
- Manda a bomba.
- Se minha mãe te ligar perguntando algo diga que sim ok.
-Ok.

Depois de um tempo deitei em minha cama e durmi tive um pesadelo com tudo que ela me contou, acordei assustada, mas mesmo assustada eu queria ela, eu precisava dela, queria sentir-lá novamente, voltei a dormir.
Quando amanheceu, fui para escola no meio do caminho sentir uma vontade louca de vê-la novamente. Então resolvi mudar a rota e fui ate seu apartamento, chegando no apartamento abrir a porta, como sempre ela deixava aberta. Mas desta vez foi diferente o apartamento estava vazio até mesmo o porão, sem saber o que fazer.
Sentir um vazio dentro de mim, não sabia o que estava acontencendo, me veio um aperto no coração e começei a chorar e fui para minha casa.
Não acreditava que ela tinha feito isso comigo, depois de tudo que passamos, depois de tudo que ela me falo.
Minha mãe veio me perguntar o que estava acontecendo.
Eu disse apenas que não era nada, ela virou as costas e fechou a porta. E depois disso pensei o que eu esperava que eu iria mudar a mente de uma assassina? Que duas noites de sexo mudaria toda sua vida?
Não eu so fui apenas mais uma que ela teve piedade e não matou.
Chorei até dormir, sonhei que ela me visitava durante a madrugada e que me olhava a dormir e delicadamente beijava minha testa como despedida e saia pela janela.

Pela manhã percebi que a janela estava aberta e percebi que tinha um bilhete em cima da mesa.
Não foi um sonho ela de fato esteve aqui o bilhete dizia apenas: FUI COVARDE, NÃO FUI CAPAZ DE ENFRENTAR TEUS OLHOS. VOCÊ NUNCA MAIS IRAR ME VER.