O que estou me tornando?

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Ela veio até a mim e olho no fundo dos meus olhos.
E apenas disse:
- Me desculpa, por tudo e principalmente por ter me afastado de você.
- Desculpa Tamires? Sério isso? Depois de cinco anos sem nem uma notícia sua,você aparece e vem me pedir desculpas me poupe.
- Eu não tive escolha Liny apenas fui obrigada a ir.
- Ok. Faça o que quiser.

Me virei para sair,até que ela me puxa e me prende. Minha respiração tava ofegante, meu coração tava acelerado ela passou sua mão em todo meu corpo, eu não conseguia reagir por mais que eu tentava lutar ela me tinha totalmente.

- Eu podia não estar do seu lado Liny mais sempre estava lá.
- Não você não estava. Quem esteve durante cinco anos ao meu lado foi Cris e você sabe disso. - Empurrei ela pra parede.

- Eu fui idiota de mais pra achar que você me amava. -disse ela abaixando a cabeça virando-se em direção a porta.
Seguerei o braço dela, ela me lançou um olhar de ódio
E disse apenas:
- Me solta.
Eu continuei segurando. Tão rapido quanto se pode se perceber ela me encostou na parede, ainda com aquele olhar misto de ódio e paixão, me assustei e saquei minha arma e apontei em baixo do seu queixo.
- Não dê nenhum passo.
Ela continuo a olhar nos olhos e cada vez mais perto
- Não se atreva Tamires.
Ela segurou minha mão,tirando a arma do seu queixo e me puxou para uma das cabines do banheiro e me beijou, eu a empurrei ela sorriu com malícia e me beijou novamente me prendendo contra a parede.
Eu encostei a minha arma na sua cintura e disse:
- Por que eu não consigo resistir a você?
Ela apenas continuou com aquele sorriso malicioso e me deu um beijo.
E de repente um susto... minha arma disparou. Na mesma hora Tamires colocou a mão sobre o ferimento em sua cintura, eu me assustei e disse :
- Aí meu Deus. Me desculpe, me desculpe. Eu não atirei, a arma disparo não tive culpa.
Ela começou a respirar forte, estava sangrando muito.
- Você precisa ir ao médico. - eu disse a ela.
Ela me olhou com medo e disse bruscamente:
- Não eu não posso.
-Por que não?
- É complicado.
Ela pressionou com as duas mãos o ferimento e saiu do banheiro atravessando o bar e saiu pela porta dos fundos, fui atrás dela. Quando ela atravessava a rua para montar em sua moto ela tropeçou e ficou ali mesmo no chão. Corri ate meu carro e parei perto dela e puxei ela para dentro do veículo, estava indo em direção ao hospital, mas ela susurrou com voz fraca no banco de trás
-Por favor não me leve ao hospital.
Eu sabia o que deveria fazer, mas fiz o que ela pediu, então dirigi ate o meu recente apartamento.
Ao sair do carro ela quase não conseguia ficar de pé, seus labios estavam branco, sua pele estava pálida. Coloquei seu braço em volta do meu pescoço para ajuda lá a caminhar da garagem ate o meu apartamento.
-Meu Deus Tamires você precisa ir ao médico.
- Liny você não entende eu não posso. Você vai ter que tirar essa bala.
-Claro que não. Tamires eu não posso fazer isso.
-Se você não fizer Liny eu vou morrer.
-Mas se eu fizer você também vai.
-Liny então tenta.
Engoli seco, respirei fundo,tirei a sua blusa e começei apalpar sua ferida, ela gemeu de dor. Depois de horas procurando,finalmente encontrei a bala. A dor era tanta que desmaiou, era estranho ver ela tão frágil com a vida entregue as minhas mãos, ela que ja teve tantas vidas em suas mãos, vidas que foram interrompidas precocemente. Algumas horas depois ela abriu os olhos, eu estava deitada ao seu lado...o sol ja entrava pela janela, ela apenas sorriu de lado e disse com voz fraca:
- Eu morri ?? Você é tão linda que eu pensei que estava no céu ou mais pensando bem eu não morri porque provavelmente eu iria pro inferno.
-Como você está se sentido?- eu apenas perguntei.
- Dói um pouco. - ela deu uma pausa e continuou.- Obrigada
- Obrigada por quase tirar sua vida e salva-lá depois?
- Não, obrigado por acordar do meu lado.
Eu não conseguir dizer nada, então apenas a bejei. Ficamos ali naquele momento durante quase todo o dia, mas de repente o telefone toca quando atendo era Cris. Havia me esquecido de que iria encontar com ela hoje.
- Bebeu de mais ontem e esqueceu de mim?
Fui obrigada a concordar ou então iria ter que dizer " não Cris saí as pressas do bar carregando uma pessoa que eu dei um tiro."
-Tudo bem então estou indo aí conhecer seu novo apartamento.
Na mesma hora por impulso respondi:
- Não, você não pode vir aqui.
- Nossa Liny precisa responder assim?Você deve estar com alguém aí.- Cris ja iria desligar o telefone quando eu falei quase gritando
- Não, é porque combinamos de ir ao cinema ver aquele filme lembra?
- A é verdade. Que horas eu te pego aí?

Na realidade eu nem queria ir. Queria ficar ali do lado dela, apenas isso...
-Bom pode ser as oito e meia.- disse com uma voz triste. - E desliguei.
Tamires me jogou um olhar triste levantou pegou sua camisa e disse:
- Não se preocupe Liny eu ja estou indo embora, não precisa adiar seu compromisso por minha causa.
Ela estava abotoando o ultimo botão da camisa quando eu a puxei e abracei e depois a beijei e disse:
- Eu vou ficar com você.
Ela sorriu e me puxou pra perto dela, segurou meu cabelo e começou a beijar meu pescoço, enquanto eu abria novamente os botões da sua camisa. Ela me levou para o quarto e me deito na cama delicadamente, ela era incrível, tão doce mais ao mesmo tempo tão má.
Eu faria qualquer coisa por ela, principalmente morreria por ela.
Então me dei em conta que eu realmente a amava e que iria protegela de tudo o que ela estivesse me escondendo, não importa o risco que eu correria mas eu quero ela e mais nada.
Sentir sua pele encostando na minha, nossos corpos totalmente suados. Depois de muito tempo nos amando, ela adormeceu, eu a cobri e me levantei, vesti meu roupão e fiquei olhando pela janela pensado
" O que ela fez comigo? Quem eu me tornei? Por que eu não consigo ficar sem você?"
Essas dúvidas estavam me matando, ela tinha total controle do meu corpo.

IntensidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora