Duas noites sem comer, estou fraca, não choveu mais esses dias pro meu azar. Ninguém entra aqui a dias, sinto Falta de Jhimy, tenho medo do que possam fazer com meu pequeno, minha mae apezar de ser como ė, cuida bem dele mais nunca inpedio os maltratos de Rich contra ele, Minha mae não pode com Rich.
Ouço os passarinhos cantando e ė assim que eu diferencio os dias das noites, viro pro lado e choro, sim, eu choro por não ter mais esperança alguma de que as coisas algum dia melhorem, as correntes nos meus tornozelos estão fazendo novas feridas em cima das outras cicatrizes, elas ardem quando ando por isso não me movimento muito.
Ouço duas batidinhas na porta, levanto em um susto e espero outra vez.
- Hanna? - Escuto a voz do meu irmãozinho sussurrando e saiu correndo até a porta sem ligar pra dor que as correntes causam.
- Oi... Jhimy você ta bem? Onde a mamãe ta? - pergunto colocando a mao por baixo da porta, ele logo pra na minha e sinto uma paz, os dedinhos de Jhimy.
- Ela dormiu, e o homem mal não está aqui Hanna, abri a porta. - comecei a chorar baixinho, eu queria muito abraçar meu pequeno e dizer que tudo ia ficar bem... mais nem eu sabia, eu não sabia se ficaria tudo bem.
- Nao posso abrir Jhimy, você vai ficar bem ta bom, eu tô aqui. - Eu queria ter forças pra conseguir sair da droga desse quarto, mais era trancada por uma enorme porta de ferro com mais de três cadeados e duas fechaduras, eu sabia disso por ter passado dias arquetetando um plano de fuga que no final não deu certo e acabei ganhando correntes grossas nos tornoselos.
- Jhimy? - chamei baixinho.
- Oi.
- Voce pode fazer uma coisa pra mim? - perguntei e ele apertou firme minha mao em sinal positivo.
- Voce pode procurar as chaves? Elas devem estar em algum lugar no quarto da mamãe.
- Se eu achar você vai ablir a porta? - ele perguntou me fazendo rir .
- Sim meu pequeno, se você achar vamos poder sair daqui. - Eu disse com uma pitada de esperança, Jhimy so tinha 5 aninhos mais era muito esperto.
- Se você achar Jhimy, toma cuidado e escondi ta bom? Não deixe Rich te ver.- Sussurei enquanto ouvia os passinhos dele descendo as escadas, eu tinha fé que ele achasse, pois era pequeno e ninguém devia prestar muita atenção nele já que Rich vivia bêbado e mamãe dormindo.
Esperei...
Esperei... e esperei.
Ouvi passos, mais nao eram de jhimy, me escondi no canto do quarto enquanto Rich entrava furioso.
- Venha até aqui !!! - Ele gritou quase me fazendo pular, caminhei até ele calmamente arrastando as correntes com cuidado, fiquei parada na frente dele escondendo meus olhos dos dele.
- Voce quer fugir não ė desgraçada! Não está feliz aqui?- ele falava e meu coração apertava, ele tinha descoberto sobre as chaves, lembrei de Jhimy e lembrei do choro que ouvi mais cedo, e a raiva seguida pelo desperto tomaram conta de mim.
- O que você fez? - falei encarando ele com ódio puro.
- O que você fez Rich? Onde está Jhimy ? - gritei desesperada, sem me inportar com as consequencias de falar sem que ele permitisse, ele me deu um tapa no rosto fazendo sangrar meu nariz, coloquei a mao no rosto tentando estancar todo aquele sangue.
- A culpa foi sua sua vadia! Tudo que fiz com ele foi culpa sua, e não fale sem que eu permita novamente, essas correntes não ensinaram o quão ė errado sequer pensar em sair daqui Hanna ? - ele cuspia as palavras na minha cara .
- O que você fez? - gritei sem me importar com o que ele faria comigo, minha voz estava trêmula, eu queria matar Rich por ter tocado em Jhimy, Rich bateu em meu rosto mais algumas vezes mais eu não me importei e continuei de pé eu aguentava a dor eu tinha me acostumado com ela, o que eu não aguentava era que machucassem meu irmão, avancei em Rich com toda a força que me restava e bati em seu peito, esmurrei chingando e gritando, fui empurrada contra a parede batendo com a cabeça e apagando completamente.Acordei com uma enorme dor na cabeça, minha barriga doia e não conseguia mecher minhas mãos, tinha correntes grossas nelas, elas sangram e ardem, tentei sentar mais nao consegui.
- Jhimy... Jhimy me Disculpa... me Disculpa. - Sussurei entre soluços.
Não deveria ter pedido pra ele pegar as chaves como pude ser tão burra? Os dias que se passaram foram dolorosos pois minha mae fazia questão de jogar na minha cara o que acontecerá com meu irmão e que a culpa era toda minha, eu nutria um ódio e uma mágoa por ela tão grande quando eu sentia por Rich.
Finalmente O monstro tirou as correntes dos meus pulsos, chorei a noite inteira com dores, tinha cortes profundos em toda região dos meus pulsos minhas mãos aquilo ardia como o inferno.
- Ta na hora de acordar minha Litle. - recuo com a voz de Rich no meu ouvido,odeio quando ele me chama assim, sento na cama me escondendo entre meus cabelos.
- Voce tem que tomar um banho, e logo mais tem visita para você. - ele disse puxando braço me fazendo sair pela porta que eu sempre quis passar e nunca mais voltar, me levou até o banheiro escuro e trancou a porta. Liguei o chuveiro e deixei que a água fria e suja me levassem, samgue escorria dos meus tornoselos, Rich segurava a corrente por baixo da porta e fazia questão de puxa-la a cada minuto so pra ouvir meus gemidos de dor. Terminei de me lavar e fui levada de volta ao quarto.
- Deixa o resto comigo querido. - minha mae falou pegando no meu braço me conduzindo até a cama, enquanto Rich amarrava a maldita corrente no pé da cama.
- Nao demorem! - Olhei pra minha mae entre meus cabelos molhados e vi o que ela tinha nas mãos.
- Vou arrumar você Hanna. - recusei dois passos e ela deu mais dois na minha direção.
- venha, isso ė so uma tesoura e um vestido novo o que acha? - ela falou me mostrando o vestido azul segurando na minha frente.
- Vista-se! Não temos muito tempo - fiz o que ela pediu, e tirei o vestido antigo que agora era um trapo rasgado e sempre sujo.
- ficou linda, ele vai adorar! - Eu a odiava em todos os sentidos imagináveis mais ao mesmo tempo via arrependimento em seus olhos quando me olhava.
- Agora vamos dar um jeito nesse cabelo. - fiz que nao com a cabeca e dei mais alguns passos pra trás, não queria que mechesem nos meus cabelos, era onde me escondia dos olhos dos visitantes e dos de Rich também.
- Vamos Hanna, não temos tempo e ele está enorme. - desviei dela mais uma vez até ela finalmente desistir e sair do quarto.
- Porque faz isso? - sussurei baixinho com esperança de ganhar uma resposta.
- O que você disse? - ela se virou na porta me olhando. Não respondi so me escolhi na cama.
Tentei ficar calma, tentei não mexer muito os pés já que a cada passo doía mais os cortes. Não demorou muito a porta se abriu e um senhor entrou acompanhado por Rich e mamãe.
- Senhor Conde, essa ė Hanna! Ela irá servi-lo. - Rich falou mudando o tom de voz. O homem me olhou e sorriu.
- Podem sair agora. - os dois saíram me deixando sozinha com o velho que veio logo até mim e começou a me encarar de perto.
- Voce fala? - ele disse pegando no meu queixo me fazendo estremecer com seu áspero toque.
- Ande! Eu ordeno que fale comigo. - ele disse, e pude sentir eu halito ruim no meu rosto, virei o rosto e ele se afastou um segundo, voltando logo em seguida com uma pequena maleta preta retirando la de dentro duas coisas redondas e pretas, eu não sabia pra que servia, mais tinha certeza que nao eram coisas boas, assim como esse homem não era.
- Encoste na cabeceira da cama . - Eu fiz o que ele pedio, e ele veio ate meu lado direito pegando minha mao com força e a colocando junto com a coisa preta e em um estalo meu pulso estava preso a cama, me desesperei tentando me soltar com a outra mão mais foi inútil o velho tinha uma força desumana e prendeu minha outra mão também.
- agora sim está do jeito que eu quero ruivinha. - Eu realmente me desesperei com aquele olhar demoníaco, o que ele ia fazer? Pensei em gritar mais ele foi mais rápido colocando um pano amarrado na minha boca quase me sufocando.
- Vai ficar quietinha, não gosto de gritos! - Ele sussurrou no meu ouvido depois de lamber ali, me contorssi o empurrando com a cabeça.
- Arisca! Assim que eu gosto. - E tirando a roupa toda ele rasgou o meu vestido ao meio me deixando sem nada por baixo, eu não tinha como me cobrir nao tinha domínio sobre minhas mãos nem meus pes.
Ele retirou uma coisa preta e comprida da mala e passou pelo meu corpo, era macio e frio, me fazendo congelar no lugar.
-Voce vai gostar disso querida. - ele disse e bateu com aquele negócio em mim, gemeu de dor, e ele bateu mais uma vez.
Ele não entrou em mim como os outros faziam, ele só me bateu com aquele negócio o tempo todo até estar satisfeito e eu sangrando em todo o corpo, eu não conseguia me mecher e nem respirar direito, cada vez que ele batia ele sussurrava o nome de uma mulher e cada vez era mais forte, aquele homem era doente.
- ainda não terminei com voce... - ele disse beijando minha testa, e acendendo um cigarro ao meu lado.
- Agora irei marca-la como minha. - e com o cigarro acesso ele me marcou na barriga até o cigarro apagar e eu quase quebrar no meio me contorcendo de dor.
Ele fez mais uma vez com outro cigarro, apagando ele na minha perna, e logo depois nas minhas mãos, e por último e mais dolorido na minha nuca.
Não sei quanto tempo durou aquilo tudo, só sei que eu já estava quase desmaiando de dor quando a porta se abriu em um chute, Rich e mamãe me olharam horrorizados presa na cama e coberta de samgue.
- Mais que inferno você fez? - Nao conseguia manter os olhos abertos, ouvi Rich tirando o velho de cima de mim, me senti agradecida por um dois segundos e logo depois ouvi minha mae chorando ao me soltar das amarras que o homem colocou em meus pulsos, não sei o que aconteceu depois, só sei que dormi... Nao foi o sono que me fez dormir foi a dor, ela era insuportável doía em todos os lugares.
- Voce vai ficar bem. - ouvi a voz de mamãe, e a vi sentada do meu lado com a mão na minha testa.
- a febre ja passou, logo logo estará novinha em Folha. - virei o rosto para não ve-la enquanto lágrimas caíam dos meus olhos eu não conseguia controlar.
- Jhimy quer ver você, consegui fazer Rich deixar, então enxugue esse rosto e o receba. - Ela disse saindo do quarto.
Limpei o rosto, mais nao consegui sentar na cama meu corpo não me obedecia ainda, tinha muitas marcas junto com samgue por todo ele, e meu pescoço doía.
- Hanna! - ouvi a voizinha de jhimy que vinha correndo em minha direção, sorri ao ve-lo mais o sorriso sumiu assim que vi seu rostinho marcado pelas mãos sujas de Rich, ele me abraçou e eu chemi.
- Dói? - ele perguntou me olhando com cuidado.
- esta tudo bem meu pequeno, vem aqui. - Eu disse batendo na cama ao meu lado, ele veio correndo e se agarrou a mim ficando quietinho pra não me machucar, ele não entendia que ele era o único que me curava.
- Vou tirar a gente daqui Jhimy, eu juro pra você. - sussurrei pra ele que sorrio esperançoso, eu não sabia se era esperança o que eu tinha lá fundo, so sabia que me agarrava a uma fé absurda em um dia conseguir fugir daqui e não olhar pra trás.
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Amargo Pesadelo
Novela Juvenil(Nunca senti o sol na minha pele, nunca senti o cheiro da terra ou vi um pássaro de perto. E o mas próximo que já cheguei da chuva foi através das goteiras no teto.) Me chamam de Hanna, não sei se tenho sobrenome ou minha idade, não sei de muita coi...