3 Capítulo

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Nao ė que eu nao sinta dor, ė que eu ja senti tanta e de todas as formas que se possa imaginar, que pra mim a dor ė so mais uma coisa ruim,entre tantas outras que existem por ai..
Minha mãe veio mais cedo avisar que hoje era o dia da visita de Chris, fazia dias que ele não vinha.
- Hanna? - ouvir meu nome sair da boca dele era bom, Chris sorriu pra mim antes de me dar um beijo na testa como sempre fazia, ele vinha me visitar desde sempre, me acostumei com sua presença e sentia falta de sua voz, Chris me trazia carvão e Flores escondidas de Rich, ele me contava histórias e passava as tardes comigo sentada em seu colo, nunca aconteceu nada mais que isso, ele era diferente dos outros visitantes.
- Olha o que trouxe pra você . - Tirou de dentro da bolsa uma flor branca, fazendo meus olhos brilharem de alegria, a peguei com cuidado e a cheirei.
- Venha até aqui Hanna. - fui até ele devagar, enquanto o observava me olhar por inteira, ele me deitou na cama, e tirou os cabelos do meu rosto colocando a flor na minha orelha sorrindo pra mim.
- Linda! Você ė a criatura mais magnífica que já vi. - Sorri pra ele colocando as maos no rosto.
- Ei... Nao tenha vergonha de mim, não vou fazer mal a você. - Ele apertou minha mão e eu estremeci, ele tinha apertado bem no lugar que o velho tinha apagado o cigarro e aimda não tinha curado, puxei a mao.
- O que foi? - ele sentou pedindo pra ver minha mao, fiz que não com a cabeca e sentei virada de costas pra ele que veio ate mim e se ajoelhou na minha frente.
- Deixe-me ver. - coloquei minha mao sobre a dele e quando viu minhas marcas no pulso junto com a marca da queimadura Chris levantou furioso batendo na parede com força me assustando, sentei no chao com mas maos no rosto deixando cair a flor, Chris sempre fazia isso quando via o que os visitantes faziam comigo.
- Me disculpa... me Disculpa Hanna, não quis te assustar, ė que isso ė horrível, olha so pra você, nem quero ver o resto. - ele disse me abraçando, Chris era o único que eu realmente permitia chegar perto de mim, os outros so chegavam e me atacavam, me deixei ser abraçada enquanto sentia as lágrimas de Chris no meu ombro.
- Esta tudo bem agora... - Eu disse fazendo ele me olhar sorrindo.
- Adoro a sua voz Hanna, me perdoa por não poder impedir eles de fazerem isso, eu sinto muito. - ele disse recolocado a flor na minha orelha, me sentia bem perto de Chris, ele nunca tocou em mim sem que eu não permitisse, e eu adorava ouvir como era o mundo la fora me fazendo sonhar.
- Truxe carvão pra você, guarde direito pra Rich não ver. - Ele disse e me entregou os chavões, que escondi debaixo do cochão.
- Me dê isso aqui. - ele tirou a flor do meu cabelo e beijou minha testa mais uma vez.
- Voltarei mais vezes, me espere. - ele disse saindo.
As visitas de Chris eram sempre assim, ele surtava com as minhas marcas, sempre trazia carvões pra eu desenhar, e me trazia flores brancas que deixava o quarto cheiroso por dias, ele se inportava comigo, mais tinba medo de Rich tanto quanto eu.
Passei os dias desenhando o rosto dele, Chris tinha olhos redondos e castanhos, tinha uma barba que fazia cosegas e cabelos negros sempre bem penteados, ele se vestia bem e estudava plantas, ele sempre me falava delas e como era milagroso o nascer de uma flor.
Ouvi passos na direção da porta e escondi meu desenho colocando a cama no lugar.
- Hanna... Mais tarde tem um visitante pra você, estejá pronta. - minha mae falou e logo fechou a porta, quase não ouvi o que ela falou, eu estava contente como não ficava a dias, guardei meus carvões e me escondi no escuro, esperando mais um pesadelo.
A porta se abriu, um homem bem arrumado entrou e fechou a porta, me encolhi no canto enquanto o homem se aproximava devagar.
- Venha até aqui gracinha. - ele disse tirando logo a roupa e com uma enorme mão me jogou na cama de costas. E subindo emcima de mim levantou meu vestido passando a mao na minhas costas, e logo em seguida vieram os tapas, e mais e mais.
- Isso aqui vai doer so um pouquinho, mais você vai gostar - ele disse amarrando meus pulsos me fazendo ficar imobilizada.
- fique quietinha ruiva. - Me desesperei e comecei a gritar e me contorcer, ele colocou uma coisa quente me marcando, me queimando me fazendo gritar...
- Para! Para! - Gritei com toda minha força enquanto o homem tentava tapar minha boca.
Graças a Deus a porta abriu e Rich pulou emcima do homem, batendo nele com toda força, bateu tanto nele que não dava pra reconhecer o rosto.
- Mais que droga! - Rich gritou me olhando, não me mechi, estava com os braços pressos, eu so chorava.
- Calma minha Litle, vou soltar voce. - Rich disse me soltando das amarras e me ajudando a sair da cama, minhas costas ardiam com as queimaduras.
- Tudo bem? - ele perguntou, e fiz que sim com a cabeca, fiquei parada no canto enquanto via Rich se curvar pra arrastar o homem pra fora, vi as chaves na calça dele e em um segundo de coragem peguei com cuidado e rapidez o ferro com o qual fui queimada que aimda estava quente, dei alguns passos devagar e bati com ele na cabeça de Rich não esperei nem ele se recuperar e bati mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez até ele estar cheio de samgue e totalmente apagado, não pensei duas vezes e peguei as Chaves na calça dele e imediatamente abri o cadeado que fechava as correntes nos meus tornoselos, essa era minha hora. Quando meus pes estavam finalmente livres corri aos tropeços abri a porta e a tranquei rich e o homem la dentro, me abaixei ao ouvir a voz da minha mae la embaixo, desci as escadas devagar segurando firme o ferro e as chaves na mão, minhas costas sangravam e ardiam mais nao liguei a minima estava decidida a não olhar pra trás e passar por cima pode quem entrasse no caminho. Minha mae estava de costas segurando Jhimy no colo, ele dormia e eu paralizei sem saber o que fazer, como eu tiraria ele do colo dela? Eu a mataria? Teria coragem? Por um segundo estrmeci e tive medo, mais nao demorou muito tempo pra esse medo passar, o medo nunca mais né dominaria.
- Me entregue ele. - falei em Alto e bom som fazendo ela se virar me olhando assustado e se agarrando a Jhimy que acordou me olhando.
- O que? Como você saiu? Hanna o que você fez? - ela falava olhando de mim pras minhas mãos, levantei o ferro na direção dela fazendo ela recuar.
- solte ele agora Hiley ! - Gritei o nome ela com raiva.
- Nao Hanna, deixe ele aqui, so tenho ele minha filha.- ela falava entre lágrimas que não me abalaram nenhum pouco, bati com o ferro na mesa com pressa pra sair dali.
- Jhimy venha ! - chamei Jhimy que tentava se soltar dela, ouvi as batidas na porta, era Rich ele tinha acordado droga! Eu tinha que ser rápida, não podia ser pega avancei na minha mae e puxei a mao de jhimy pra trás de mim.
- Nao Hanna! - Ela gritou quando foi empurrada derrubando a lamparina fazendo cair álcool por todo lugar, o fogo começou a tomar conta do lugar.
- Venha Jhimy ! Você consegue. - gritei chamando ele que estava preso em um círculo de fogo perto da minha mae que estava desacordada, o fogo tomou conta de tudo muito rápido e eu fui obrigada a recuar cada vez mais perto da porta.
- Jhimy venha! Corra. - gritei mais uma vez e alto,ele chorava com medo, não dava pra passar e a qualquer momento Rich arrebentaria a porta, corri pra fora pra pegar algo que parasse o fogo, a luz do dia me fez parar de uma vez, olhei pro céu pela primeira vez na vida, senti o sol na minha pele a primeira vez e teria sido tudo mágico se a casa não tivesse explodido na minha frente.
- Jhimy! Jhimy! Não, não meu Deus não... - gritei desesperada sem poder entrar na casa que agora estava em chamas, me ajoelhei gritando e chorando pelo meu irmãozinho, eu não tinha conseguido tira-lo de la, o que eu faria agora? Pra onde eu iria?
Ouvi os gritos de Rich chamando por mim, e corri pra floresta, já estava escuto pra minha sorte, não parei de correr até estar realmente segura de estar bem distante da maldita casa, so então percebi se estava perto de um lago a água era limpa... tirei meu vestido rasgado e o lavei, entrei na água sem roupa e fiquei ali chorando por um longo tempo. Chorei pelo meu Jhimy, por não ter conseguido tira-lo de la a tempo, chorei de ódio por Rich e mamãe. Chorei por estar sozinha e sem saber pra onde ir e o que fazer... Nao teria sido mais fácil morrer com Jhimy ? Meus fedimentos nas costas doiam mais doía mais meu coração.
Ouvi um barulho entre as árvores, sai as pressas e me vesti pegando o ferro nas mãos e rezando pra nao ser Rich.
Comecei a andar rápido sem saber a direção certa,minhas costas e pés ardiam, eu estava descalça e acabei pisando em Espinhos, me ajoelhei pra retirar.
- Tudo bem ai? - ouvi uma voz grossa vinda de trás de mim, levantei de uma vez pegando o ferro e partindo pra cima.
- Droga! Você ė maluca ou o que? - abri os olhos e vi o samgue na testa do homem que se afastava de mim com uma mistura de medo e raiva nos olhos, ele estava vestido com roupas de caça iguais às de Rich, e me olhava curioso.
- Eu não ia machucar você mocinha, so ouvi gemidos e vim ver o que era. - ele disse, e eu recuei dois passos e levantei novamente o ferro na direção dele.
- Calma ta bom! Não vou fazer nada. - a voz dele era rouca, ele levantou as mãos enquanto olhava minhas roupas e tentava ver me rosto coberto pelos meus cabelos, aproveitei que ele estavadestraido e corri, corri o máximo que pude, não deixaria mais nenhum visitante malvado tocar em mim, cada passo que eu dava meus pes doíam mais nao parei, não parei um minuto até dar de cara com uma cabana, era escura e cheia de buracos, so então vi que eu sangrava o tempo todo, por isso estava tão fraca resolvi me esconder ali eu precisava dormir precisava respirar. Me aconchegado entre umas folhas e deitei me escondendo de tudo, ninguém me acharia ali, era o que eu achava até ouvi vozes.
- Aqui senhor, ela está aqui. - aqueles deviam ser os maiores homens que já vi na vida, me encolhi no canto enquanto duas armas enormes eram apontadas pra mim.
- Vocês estão assustando ela, guardem isso! - o homem da voz rouca que eu bati chegou perto de mim apontando uma luz na minha cara, me encolhi aimda mais.
- Peguem ela e alguns cobertores ela deve estar congelando. - ele disse e saiu, um dos homens grandes me pegou no colo mesmo eu batendo e esperniando ele parecia nem ligar, e naquele instante me senti tão indefesa e desprotegida, o outro me enrolou em um cobertor quente e me colocou dentro do carri fechando a porta, um dos homens dirigia e os outros dois conversavam entre si.
- Senhor o que vamos fazer com ela agora? - o homen não respondeu e continuamos o caminho em silêncio.
Quando paramos o mesmo homem me colocou no colo sem esforço algum, e me levou pra uma casa enorme, eu não conseguia mais manter os olhos abertos, estava exalta, so do que tinha certeza era de que estava viva... Nao sei por quanto tempo.

Amargo PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora