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- Shawn! - exclamo um pouco alto de mais.

Ele abre os olhos de repente e olha para mim alarmado.

- Chegamos! - digo a sorrir e aponto para a janela.

O meu namorado inclina-se levemente para cima de mim e olhamos os dois pela janela. Apesar de ser para aí uma da manhã consigo perceber os campos verdes, as casas, os prédios. Não é muito diferente do Canadá e isso deixa-me contente, de certa forma. E é nesse momento que o meu telemóvel vibra e eu pego-lhe.

<<Já deves ter chegado a Portugal. Mal posso esperar que voltes, flor.>>

Estremeço e guardo o telemóvel de novo. Acho que Shawn não reparou em nada.

✖️✖️

(Isto vai ser esquisito de escrever e de ler. Eu sei que estou a escrever a fic em português mas é como se estivesse escrita em inglês por que eles são do Canadá. E agora que vieram para Portugal, vai ser complicado mesmo... Por isso não me culpem se os capítulos ficarem estranhos. Vou tentar que sempre que alguém fale em português esteja a itálico.)

Shawn agradece ao taxista e pegamos nas nossas malas. Estamos em frente a um hotel enorme. Consigo ver um rio e um pouco mais à frente a sua foz. Há uma ponte sobre o curso de água e lembro-me que se chama Ponte de Dão Luis. Estamos em Gaia e do outro lado do ria vejo a cidade do Porto, a minha cidade durante dez anos. Avançamos para o hotel The Yeatman e fico surpreendida com a sua dimensão e luxo.

- Shawn... - chamo baixinho.

Ele olha para mim.

- Obrigada. - digo e beijo-o.

- Shawn Mendes? - ouvimos um homem chamar com um leve sotaque português.

Ele pega nas nossas malas e coloca-as num carrinho. Seguimos o homem até ao interior do hotel, onde fazemos o check-in e é-nos dado um cartão para entrar no quarto. Vamos para o elevador e descemos para o andar dos quartos, até vermos uma pequena placa indicar o número 101, o número do nosso quarto, e entramos.

- Uau. - dizemos os dois ao mesmo tempo.

O quarto é muito espaçoso, com uma janela enorme. As paredes são de um amarelo levemente torrado e o chão está coberto por uma carpete branca.

- Ugh... Shawn, não era preciso. - resmungo, apesar de estar comum sorriso rasgado no rosto.

- Sim, era. - ele responde.

Shawn ajuda o homem do carrinho a pousar as nossas malas num pequeno banco preto em frente à cama e dá-lhe uma pequena gorjeta.

- Então... O que fazemos primeiro? - ele pergunta entusiasmado.

- Shawn, tu estás habituada ao jet lag, eu não... Preciso de dormir, desculpa...

Ele abraça-me por trás e beija-me a bochecha.

- Claro, não faz mal, Jo.

✖️✖️

- Shaaaaaawn! - grito a sussurrar, se é que isso é possível.

Ele senta-se de repente na cama.

- Que foi?

- Aranha! - desta vez grito mesmo e corro para fora da cama.

Ele resmunga para si próprio e olha em volta.

- Onde?

- Ali! - grito de olhos fechados.

- Caramba, Jo! Ali onde?! - Shawn pergunta irritado.

Abro os olhos aos poucos e fito todas as paredes do quarto durante muito tempo.

- Acho... Acho que se foi embora. - murmuro embaraçada.

Shawn suspira pesadamente e volta a enfiar-se na cama. Eu continuo paralizada a olhar para as paredes.

- Jo, provavelmente foi só impressão tua. Deita-te e dorme. - Shawn diz.

- Tudo bem, se queres ignorar a aranha e ser encontrado amanhã morto por que ela te comeu o cérebro, o problema é teu. Eu fico acordada até ela aparecer outra vez. - digo enquanto me deito.

Shawn passa a mão pelos meus cabelos e diz antes de adormecer:

- És tão adoravelmente irritante.

Esforço-me por ficar acordada e acabo por dormir mais ou menos 10 minutos, antes de Shawn me acordar, já vestido.

- Então... Achas que ainda estás viva ou a aranha comeu-te o cérebro? - ele pergunta a sorrir.

Reviro os olhos e atiro-lhe uma almofada. Esta bate-lhe na cara e eu solto umas gargalhadas.

- Ai queres guerra? - Shawn pergunta e corre a pegar numa almofada para me atirar.

- Não! Páraaaa! - digo a rir.

Ele põe-se em cima de mim e agarra os meus pulsos para não lhe poder atirar mais almofadas.

- Ganhei. - diz com um sorriso triunfante.

Encolho os ombros.

- Como queiras.

Ele levanta-se e eu atiro-lhe uma almofada para as costas.

- Eu ganhei! - digo e corro para a casa de banho para tomar um banho.

An All New LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora