Capitulo 34

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Kim Pov
Minha cabeça doía demais, e ainda com os olhos fechados, tentei regularizar minha respiração, pois acabará de acordar de um pesadelo horrível, apesar de lembrar apenas de detalhes, eles eram os piores, pois estava sentindo um aperto enorme em meu coração e uma sensação de mal estar.

Me ajeito para sentar na cama, e quando abro os olhos, bato de frente com o pesadelo em pessoa, Melina.
- Teve um pesadelo horrível, não?!. Disse com um pequeno sorriso, ela estava toda de preto, com os braços cruzados, em cima da pequena barriga.
- O que está fazendo aqui?.
- Ué, eu vim te fazer uma visita...
- Deixa de ser cínica Melina, a quanto tempo está aí...
- Tempo bastante, pra saber que sua filha está internada neste mesmo local, e que sua gravidez é arriscada...
- E como sabe que...
- Sei, porque eu tenho minhas fontes...escute...
- Não...escute você, não vou aceitar que venha até aqui, e fique me irritando, sei que sua intenção, não é ajudar, mas também não pode me atrapalhar, não vou permitir...e se encostar a ponta desse seu dedo em qualquer um dos meus...eu mato você. Ela me olhou surpresa, pelo que tinha dito, eu mesmo estaria me olhando de olhos arregalados se fosse possível, de onde saiu tanta coragem?.
Ela se aproximou mais de mim e apontou o dedo em minha direção. "Ai como eu odeio isso".
- Você... Começou.
- Não aponte esse dedo pra mim. Disse com desdém.
- Eu vou aponta-lo para onde quiser...e outra coisa, não poderá fazer nada se eu tocar em um dos seus...sabe porque Kim?...vou destruir você, aproveitar cada segundo dessa sua gravidez arriscada...você não terá essa criança...
- MELINA. Gritei.- Saia daqui... Não consegui continuar a frase em um tom mais alto por conta de uma pontada que me atingiu, causando a mesma dor de um dia atrás. Melina vendo-me contorcer de dor saiu do quarto rapidamente, apertei o pequeno botão que dava o alerta, para que alguma enfermeira viesse me ajudar.

A porta do quarto foi aberta, graças a Deus, pela pequena enfermeira do primeiro dia, ela veio até mim e com palavras tentou me acalmar, ela procurou minha veia, e injetou a medicação que faria a dor insuportável passar.
- O que aconteceu?. Perguntou com um tom preocupada.
- Eu...eu...tinha uma pessoa aqui, uma mulher...não a deixem entrar, nunca mais, não deixem que ela chegue perto da minha filha por favor... As lagrimas voltaram ao meu rosto, eu estava imploramdo a ela, só faltava colocar os joelhos no chão e juntar as mãos.
- Pode me dizer mais características dela eu...
- O nome dela é Melina, deve ter algum registro dela aqui, ela também está gravida...
- Fique calma...vou ver o que posso fazer. Logo depois dessa frase já não estava enxergando mais nada, os sons foram ficando mais baixos, e um sono tomava conta de meu corpo.

Rick Pov
Acordei cedo para poder ir ao hospital, antes de sair de casa cuidei de Floquinho e tomei um café reforçado.
No hospital, o lugar estava meio movimentado, fui até o andar em que kim estava e fui avisado de que kim ainda dormia, então fui para área da pediatria, onde consegui ver Sofia, mas o melhor de tudo foi  que desta vez eu pude pega-la em meu colo, ela choramingava um pouquinho, a apertei com cuidado contra meu corpo, ela estava um pouco murcha, não mais fofinha como antes, fui informado de que ela estava se alimentando, mas bem pouco.

Fiquei com Sofia mais um pouco, pelo menos até que ela dormisse, seu médico me disse que seu coração apresentou uma melhora, e se continuasse assim, até o final do dia poderia levá-la pra casa. Meu coração estava alegre o que faltava para completar era saber sobre kim

Fui novamente para a direção do quarto de Kim e no caminho, passei em frente a uma das salas de espera, essa era do ultrassom, estava meio cheia, mas consegui notar a presença de apenas uma pessoa familiar, Melina, quando tive certeza de que era ela, passei meio correndo até o outro lado sentindo que ela erguera a cabeça e tivesse me visto, e sim ela viu, mas rapidamente me encostei contra a parede deixando que a porta de uma sala ficasse em minha frente. E implorei pra que ninguém mexesse na porta, ela ficou um tempinho observando as pessoas no corredor a minha procura. "Essa mulher não desiste". Ela voltou para sala, e eu sai rapidamente de atrás da porta a procura do quarto de Kim, onde finalmente ela tinha acordado, estava um pouco sonolenta, mas conseguimos trocar algumas palavras.
- Como está se sentindo?. Perguntei passando a mão em seu cabelo.
- Você foi ver a Sofia?. Perguntou em cima, ignorando minha pergunta.
- Fui, e...
- Ela está bem?. Me olhou, seu semblante estava preocupado.
- Sim está, o médico dela disse que se continuar melhorando até o fim do dia poderemos levá-la para casa.
- Que ótimo. Sorriu pela primeira vez desde que tinha entrado no quarto.
- O que você tem?. Perguntei vendo Kim se ajeitar na cama, colocando as mãos sobre a barriga.
- O que?. Me olhou confusa.
- Eu sei que não é a coisa mais legal do mundo estar aqui neste lugar, mas eu estou aqui com você, e logo você vai poder sair daqui também, trouxe uma ótima notícia da nossa filha e você...
- Rick...Melina esteve aqui...
- É eu sei, vi ela lá em baixo, acho que ela vai fazer um ultrassom...
- Não Rick, ela esteve no meu quarto...
- O que como assim? Como deixaram ela entrar?.
- Não sei, mas ela sabe que Sofia está aqui e que minha gravidez é de risco.
- Mas como?.
- Não sei...mas ela começou a falar algumas coisas pra mim e minha pressão subiu, eu senti dores novamente... Ela estava chorando.
- Calma meu amor...
- Rick eu não posso ficar passando por momentos assim, se isso continuar o bebê não vai aguentar...aí. Grunhiu, fechando os olhos com força.
- Kim, eu estou falando sério, se acalme, respira.
- Como é que...
- É difícil, mas você precisa, se acalmar... Ela se encostou, e começou a respirar fundo, de olhos fechados, peguei em sua mão, e ela a apertou.
- Está sentindo dor?.
- Não, está passando. Disse enquanto abria os olhos.

A esperança (Em revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora