Capítulo 2

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Kim

Uma semana depois.

já era de manhã, e eu sabia disso porque o despertador anunciava em alto e bom som a chegada de um novo dia, me estiquei na cama, bocejei enquanto coçava os olhos, desliguei o despertador repassando o que faria o dia todo.

Não demorei muito para me levantar, fui ao banheiro e fiz todas aquelas coisas que todo mundo faz logo que acorda, ouvi minha filha chorar e a babá eletrônica me avisar, andei até seu quarto feliz por simplesmente estar ali com minha filha, entrei no quarto e a peguei no colo eu a acalmei, e como já sabia que aquilo tudo era fome, fui até a cozinha e preparei uma mamadeira para ela e enquanto tomava, eu a acompanhava com pão e geleia, nós duas como sempre, sentadas a mesa, não precisávamos de mais nada.

- Quer filha? Ofereci um pedaço de meu pão, e ela estendeu as mãozinhas pegando o pequeno pedaço, levou até a boca, mastigou e sorriu.

- Pelo sorriso você deve ter gostado não é meu amor?! Me levantei da cadeira terminando de comer, e a peguei, fui até meu quarto onde a coloquei em cima da cama para que eu pudesse me arrumar.

Enquanto me vestia, Sofia me olhava com seus olhos doces e puros, seu rosto fazia lembrar o de Rick, e que péssima hora para lembrar do grande idiota que se dizia pai.

Antes de ir para o trabalho, deixei Sofia na casa da senhora Elise, ela cuida de Sofia desde os seus sete meses. Infelizmente como precisei levar a vida sozinha tive que me desgrudar muito cedo da minha filha. Elise era como uma avó para Sofia, cuidava dela como se fosse da família, eu e principalmente Sofia a adorava, uma senhora muito doce, gentil e confiante, eu devia muito a ela.

Chegando no restaurante em que trabalhava, cumprimentei algumas pessoas e fui até meu armário para colocar meu avental por cima do vestido rendado que tinha escolhido para o dia, peguei meu bloquinho de anotações, e fui para as mesas pegar alguns pedidos.

O restaurante é um estabelecimento muito interessante que serve café da manhã, almoço, café da tarde, e janta servíamos todos os tipos de alimentos, tinham pessoas lá o dia todo, era um estabelecimento que tinha referencia na cidade, e graças a Elise que fazia parte da família que administra o lugar eu consegui uma vaga, era a única que não era da família trabalhando lá, mas todos eram carinhosos e afetivos me sentia parte deles. Não ganhava mares de dinheiro, dava para sustentar minha filha e eu, meus pais mandavam um dinheiro que era para pagar o apartamento, eu tinha um carro que graças a Deus já tinha terminado de pagar, então eu só gastava com manutenção e gasolina.

Eu gostava daquele emprego, meu horário era tranquilos, os patrões eram tranquilos e os fregueses também, e nós tínhamos fregueses que não falhavam nunca em comparecer, aqueles que a gente sabe até o nome e o que vai pedir, entravam muitas pessoas novas também, mas logo se tornavam frequentadores fiéis.

- Olá senhor Holland. Ele sempre era o primeiro freguês do dia, e eu sempre o atendia.

- Olá menina, como vai? Perguntou educado, era um senhor de uns cinquenta e seis anos.

- Vou bem, e o senhor?

- Estou bem também, e vou querer o de sempre, por favor.

- Uma xícara de café forte e dois pães de queijo?!

- Isso mesmo menina linda. Disse abrindo o jornal e confirmando.

Fui na cozinha peguei o que Holland queria e voltei até sua mesa.

- Aqui está, uma xícara de café forte e dois pães de queijo.

- A obrigado, está com uma cara agradável... Falou, enquanto observava o prato a sua frente.

A esperança (Em revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora