- O que?...é sério?. Perguntei meio incrédulo.
- Claro que é...carro vermelho insufilme escuro espelhado, tem que ser ele.
Rob tinha acabado de me dar a notícia que me deixará ainda mais feliz e ao mesmo tempo muito ansioso, a notícia que tinha uma porcentagem significativa na minha vida, o cara do carro vermelho, que até onde achamos é um cara, que pode ou não ser o pai do bebê da Melina, está neste hospital e nós estamos a pouco de descobrir quem é.Andamos pelos corredores, descemos as escadas e chegando no estacionamento procurei pelo carro vermelho, entre os demais carros que ali estavam, e o medo de que ele tivesse ido embora começou a tomar conta.
- Achei. Gritou Rob, com um sorriso de orelha a orelha.
Fui até lugar onde ele está, Rob parecia fazer uma revisão no carro, observava tudo, onde repentinamente, deitou o corpo no chão, para olhar em baixo do carro.
- Rob, só precisamos saber quem é ele, e se por um acaso ele vai ter um bebê, cuja a mãe seja a Melina, levanta daí. Falei tentando não rir.
- Ok, mas não custa dar aquela supervisionada em tudo né... Parou vendo que o que dizia não fazia sentido algum.Paramos por um instante em volta do carro, e observamos cada detalhe em busca de algo que dissesse alguma coisa sobre o tal cara, ou sobre a Melina.
- Tá, e agora?...o que a gente faz?. Perguntou Rob com as mãos na cintura.
- Não sei, vamos observar tudo mais uma vez...Observamos então, que o vidro da frente não tinha uma droga de um insufilme espelhado. Agora tínhamos um pouco da visão de dentro do carro, tinha um banco de couro preto, alguns sapatos de salto alto, que nos indicavam que poderia ser da Melina, tinha uma jaqueta que também parecia ser dela, e um jaleco.
Olhamos cada detalhe na medida do possível, e nada, quando de repente, na quinta passada de meu olho sobre o carro, meus olhos frisaram no jaleco branco pendurado no banco de couro da frente.
- Jaleco. Falei, fazendo meu amigo intercalar seu olhar entre eu e o jaleco, várias vezes até se pronunciar.
- E o que tem?. Deu de ombros.
- Ele é médico ou alguma coisa daqui...estamos em um hospital e...
- Tudo bem, eu entendi, mas como vamos descobrir quem ele é....
- Bom...não da pra ler o nome daqui mas...se ele tem um jaleco precisa dele...então daqui a pouco vira atrás, vamos esperar...Encostamos juntamente no carro, e esperamos como dois ótimos cobradores de respostas que éramos.
Depois de cinco minutos de espera, Rob estava impaciente como nunca.
- Quando ele vier, e se ele vier...vamos dizer o que a ele?. Perguntou virando-se para mim.
- Cara...ainda não pensei nisso. Entortei o lábio em um meio sorriso.
- Eu sei que não pensou, afinal a cabeça pensante aqui sou eu...
- A claro... Ironizei.
- Então...pensei em sermos diretos, e partir logo para o que interessa, mas ele pode se assustar e chamar a polícia pra gente...
- Acho que ficaria assustado, mas não chamaria a polícia. Falei unindo as sobrancelhas.
- Então...a gente pode começar a perguntar sobre seus horários aqui no hospital, se ele tem um horário disponível...
- Isso é ridículo!. Comentei.
- Tem razão...é extremamente ridículo. Concordou com a cabeça baixa.
- O que falaremos?. Perguntei em um suspiro. Rob ao meu lado se desencostou do carro repentinamente, e começou a andar de um lado para o outro, em minha frente. Me escorei ainda mais no carro, esperando o que viria de meu amigo.
- Já sei... Disse com o dedo indicador para o alto, ele me olhava como se esperasse algo.
- Pode dizer Rob. Ri.
- Bom...sabemos mais dele do que imaginamos, ele tem uma relação com Melina e trabalha no hospital...
- E o que isso tem haver?.
- Não atrapalhe a linha de raciocínio...
- Desculpa.
- Continuando...não sabemos até agora o que dizer, pelo fato de que sabemos demais sobre ele...temos que chegar nele como dois desconhecidos que somos para ele, e perguntar as coisas como quem não quer nada...podemos começar com...com, "seu carro é novo?".
- É tudo bem, tem um pouco de sentido...
- Pelo menos eu usei a cabeça de cima e pensei em algo. Disse voltando a encostar no carro ao meu lado, nos rimos como duas crianças divertidas.
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A esperança (Em revisão)
RomansaRick ganhou uma nova responsabilidade, mas não se sentiu a vontade de toma-la para si. Embora soubesse o quanto isso lhe custaria, ele arriscou tudo e se foi. Mas ele não contava com sua consciência, e no momento ela era pesada, toneladas e tonelad...