Capitulo 44

10.7K 588 36
                                    

Rick Pov
Aproveitando a saída de Kim, a sala era apenas minha, e de meu amigo Rob, por pouco tempo, Kim só tinha ido ao banheiro, acho que era tempo o suficiente.
- Rob. Joguei uma bolinha de papel amassado para chamar sua atenção.
- O que?. Perguntou enquanto olhava pra mim, e jogava a bolinha de papel amassado no lixo.
- Na hora do almoço, vou pra casa com a Kim, quando der meu horário, eu passo aqui pra te pegar, pra gente poder ir em uma joalheria, tudo bem?! Vou pedir mais trinta minutos ou uma hora pro chefe...
- A sim, tudo bem...você vai comprar jóias...relógios?. Perguntou distraído.
- Rob presta atenção vai.
- Desculpa...mas eu não to conseguindo finalizar isso aqui. Falou enquanto apontava para a tela do computador.
- Deixa eu te ajudar. Fui até ele, puxando uma cadeira pra me sentar.
- Vai comprar o que?. Franziu o cenho.
- Um anel. Disse obviamente.
- Ok...mas o anel...
- Cala a boca. Kim entrou pela porta da sala, observou nós dois e foi para o seu lugar, achei que ficaria por isso mesmo, mas eu estava errado.
- Do que vocês dois estavam falando?. Perguntou nós olhando.
- Nada. Falei de supetão.
- Rick, quer comprar jóias depois do almoço, e...
- Jóias?. Perguntou.
- É, ele quer ir a uma joalheria, sabe...
- A, tudo bem...ele não me falou nada!. Disse me olhando com uma cara emburrada.
- A sim. Finalizou Rob com o tom quase inaudível.

Depois do acontecimento mais cedo, Kim não abriu a boca para dizer mais nada, quando eu falava me ignorava, apenas respondia a Rob, a sala ficou em silêncio na maior parte do tempo, meu amigo sabia que tinha feito coisa errada, não falou mais nada e também não me encarou.
Quando a hora do almoço chegou, Kim se levantou, guardou algumas coisas na bolsa, se despediu de Rob, e saiu da sala.
Peguei minhas coisas, lembrei Rob do que tinhamos que fazer depois do almoço, e sai atrás de kim, e pra uma grávida de quase oito meses, ela andava rápido, já estava dentro do elevador, no final do corredor, e as portas estavam se fechando, não adiantaria correr.

Peguei o outro elevador, desci até o estacionamento, e a encontrei encostada em nosso carro.
- Por que está agindo assim?. Me olhou, mas não me deu nem um suspiro.- Kim...
- Abri logo esse carro!. Ordenou.
- Não sem antes me dizer...
- Pare de se fazer de sínico, e abre logo, você precisa ir a joalheria ainda.
Eu sabia que era isso, mas eu queria ouvi-la, quando soubesse o que tinha planejado pularia em meu pescoço, no bom sentido. Não respondi, apenas acionei o alarme, fazendo o carro abrir, ela entrou, posicionou a bolsa sobre as coxas, colocou o cinto de segurança, e cruzou os braços em cima da barriga. Entrei no carro, ela me olhava com seriedade, esperava que eu dissesse alguma coisa mas eu não falaria nada, dei partida no carro, e sai do estacionamento.

O caminho todo até em casa, foi em silêncio total. Chegando, ela saiu primeiro do carro, abriu a porta de entrada, e adentrou, estava logo atrás dela, ela começou a esquentar as coisas para o almoço, fiz o de sempre, peguei pratos, talheres, coloquei sobre a mesa, nós também comemos em silêncio, depois de ajudar com a louça, ou melhor, lavar a louça sozinho, porque ela simplesmente colocou as coisas na pia e saiu em direção ao quarto, fui na mesma direção, quando terminei, e a peguei trocando de roupa.
- Seu horário de almoço vai acabar... Falou com desdém.
- Eu já estou indo. Falei indo para o banheiro, escovar os dentes. Eu nem a olhava, mas sabia que ela estava furiosa demais.

Sai de casa deixando uma Kim brava, faltava sair fumaça de suas narinas. Fui em direção a
Empresa, Rob já me esperava na frente, parei o carro, e ele entrou em silêncio, tinha cara de culpado.
- Cara. Começou.- Deixei você mal com a Kim né!?.
- Pois é, você e essa língua grande.
- Me desculpe eu não tinha entendido de início.
- Tudo bem, é bom ela ficar assim, quando souber de tudo vai explodir de felicidade. Ele assentiu, mas ainda tinha uma dúvida no ar, eu sentia, mas não falei nada.

Na joalheria, entramos e o barulho de um sino tocou, levando a atenção de todos que estavam lá dentro até nós.
Fomos até o balcão para sermos atendidos, e pra nossa surpresa, a atendente era familiar, familiar demais.
- Boa... Kate começou, mas não continuou, assim como nos ela ficou paralisada.

A esperança (Em revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora