A esperança (Em revisão)

Capitulo 19

Rick Pov
Acordo pela manhã como todos os dias, mas minha alegria de hoje era saber que amanhã é sábado, passaria mais um tempo com Sofia, e tentaria beijar Kim mais vezes, era como se eu precisasse daquilo, é como oxigênio, não dava mais pra viver sem, e eu já tinha passado tempo demais sem seu beijo, desde a primeira vez que a beijei depois de tempos, o desejo só aumentou. Me arrumo para mais um dia quando meu celular começa a tocar e no visor aparece uma foto de Kim. "O que será?".
-Alô, aconteceu alguma coisa?. Perguntei preocupado atendendo a ligação.
- A babá eletrônica me acordou, fui até o quarto de Sofia para saber o que era, e ela estava deitada em cima do seu próprio vômito, ela está muito quente, quase quarenta graus de febre. Disse eufórica e com uma voz de choro.- Estou de saída pro hospital, não sei que horas vou sair de lá, será que vai ter algum problema lá na empresa?.
- Não se você levar atestado, e também eu resolvo, não se preocupe, quer que eu vá junto?. Me ofereci.
- Não, não precisa, tudo bem, já estou indo.
- Qualquer coisa não pense duas vezes antes de ligar pra mim, e me mantenha informado.
- Está bem, tchau Rick.
- Tchau Kim. Ela desligou.

Comecei a me arrumar para o trabalho e sem mais demora sai de casa, lá, justifiquei a falta de Kim para nosso chefe e ele disse que tudo bem desde que trouxesse um atestado, se Kim tivesse aparecido hoje ela já estaria completando duas semanas em seu novo emprego, já tinha algumas amigas das quais ela preferia chamar de colegas. Executa muito bem seu serviço, e não faz corpo mole, almoça todos os dias na empresa mesmo, na companhia de Rob e das colegas, ela se adaptou muito bem.

Em minha sala Rob estava com os olhos grudados na tela do computador.
- Kim não vira hoje. O avisei.
- Sério? Minha amiga de almoço, agora vou ficar apenas com duas. Disse com cara de desgosto.- O que aconteceu?.
- Sofia não está muito bem.
- O que a garotinha tem?
- Febre alta. Disse me sentando na cadeira.

Na hora do almoço decidi que não iria almoçar com Melina, liguei para avisar.
- Oi Mel, tudo bem?
- Tudo sim meu amor, e você?. Disse melosa.
- Estou mais ou menos, liguei pra dizer que não vou almoçar com você hoje, porque minha filha está no hospital com muita febre, e eu vou gastar meu horário de almoço lá. Acabei de dizer, e o telefone ficou mudo, com certeza ela não tinha gostado nada disso. - Melina, tudo bem?.
- A, sim tudo, e que hospital ela está?. Perguntou curiosa.
- Naquele que é a duas quadras a cima do seu restaurante. Expliquei.
- Entendi, melhoras pra ela, e não se esqueça de comer meu amor.
- tá, tchau amor.
- Tchau. Desliguei.

No hospital entrei e segui o corredor até a área dos bebês, cheguei em uma sala de espera, onde tinham vários pais mas sem seus filhos, logo em um dos sofás estava Kim com o rosto bem abatido, e ao seu lado estava o grande, romântico e veterinário, senhoras e senhores Adam Simon, " Esse cara só atrapalha".
- Oi Kim, oi Adam.
- Olá. Os dois disseram em coro.
- Como minha filha está?. Perguntei enquanto olhava para Kim.
- Ela está com pneumonia, a febre abaixa e depois aumenta novamente, está tossindo muito e com dificuldades pra respirar. Disse Kim.
- E agora? Acha que tem haver com o último final de semana que ela passou comigo. Falei preocupado.
- Acho que sim, vocês nadaram e o tempo virou pra chuva e muito vento, ela estava molhada e tomou toda aquela friagem, desde semana passada está com o nariz escorrendo e tossindo muito, e hoje de madrugada piorou do nada.
- Acho que você deveria tomar mais cuidado com a sua filha. Disse Adam Simon se intrometendo.
- Acho que você deveria cuidar da sua vida. Rebati. "Folgado, quem ele pensa que é?".
- Eu...
- Parem vocês dois, todas as vezes que se encontram ficam se alfinetando, não adianta isso tudo, agora já foi, ela vai ficar bem. Disse Kim com os braços apoiados no joelho e com o rosto afundado na mão.
- Com certeza, ela é uma criança forte. Adam Simon passou os braços por trás das costas de Kim, eu quis tira-lo de lá com chutes.
- Ela vai melhorar sim, não tenho dúvidas. Disse.
O silêncio tomou conta do lugar me lembrei que tinha que almoçar quando minha barriga reclamou.
- É, vocês já almoçaram?
- Não, mas agora que você falou estou com fome. Disse Adam Simon. "Mas você pode morrer de fome meu amigo".
- Não quero comer. Manifestou Kim que ainda estava com o rosto afundado nas mãos.
- Mas vai, porque não comer não vai adiantar de nada, e você precisa estar forte para acompanhar Sofia, vamos tem um restaurante perto daqui. Disse enquanto me virava.
- Se for o qual eu trabalhava não vou. Se levantou.
- Não é, vamos logo.

Almoçamos nos três no restaurante, que não era e nem podia ser o de Melina, Adam e eu tentávamos uma conversa saudável, mas a Kim sempre tinha que interferir, ele é um mesquinho.

Voltei pra empresa e decidi conversar com o meu chefe para poder sair mais cedo, afinal ficaria um pouco com Sofia e Kim no hospital, meu chefe aceitou e disse que não teria problema.

Antes de ir ao hospital, fui até em casa, onde tomei um banho e me arrumei, segui até o hospital e chegando lá Kim estava sozinha chorando em uma das poltronas.
- Aconteceu alguma coisa com a Sofia?. Perguntei eufórico.
- Ela vai ter que ficar aqui internada, seu pulmão está com pus, a pneumonia é muito forte. Ela veio até mim me abraçando e chorando com o rosto enfiado em meu peito.
- Kim. Disse enquanto passava a mão em seus cabelos.- Vamos pra casa, você precisa tomar um banho, descansar e comer, vamos.
- Não Sofia vai ficar sozinha sem ninguém. Disse ainda com rosto em meu peito.
- Ela está dormindo não está? Provavelmente vá dormir até amanhã, e você não vai poder fazer nada por ela, se acontecer alguma coisa com ela durante a noite alguma enfermeira irá cuidar muito bem dela.
- Não quero ir, e deixá-la aqui?.
- Nós voltaremos quando estiver descansada, não se preocupe ela está em boas mãos, você não paga o convênio atoa, vai ficar tudo bem e amanhã ela já vai estar melhor.
Antes de ir, passamos no quarto onde Sofia estava, e ela dormia como uma pedra, mal se mexia, parecia um anjinho que precisava mais do que nunca de muita proteção, na verdade queria pega-lá em meu colo e abraçá-la bem forte até que estivesse totalmente curada, os olhos de Kim estavam vermelhos e sua fisionomia cansada.

Fomos até a seu apartamento, e lá me sentei no sofá, enquanto ela tomava banho, escutei que ela havia acabado o banho e decidi ver o que havia na cozinha pra poder levar para Kim.

Kim Pov
Meu banho foi um pouco demorado, minha mente estava em Sofia naquele hospital sozinha, que tipo de mãe era eu? Era pra estar lá, mesmo que ela apenas dormisse, mas outra parte me dizia que eu realmente precisava descansar, para poder ficar mais com ela o quanto Sofia precisasse, estava tentando me convencer que ela estava em boas mãos. Após  sair do banho me troquei, e quando ia me deitar um pouco lembrei que Rick estava ali.
- Kim. O ouvi batendo na porta.- Já acabou?
- Claro, desculpa, já vou abrir. Disse me levantando da cama.- E o que é isso?. Perguntei enquanto abria a porta.
- Eu fiz, você merece, está cuidando muito bem da nossa filha, é uma ótima mãe.
- Que delicia, estava morrendo de vontade de comer isso, nem lembrava mais que tinha em casa. Disse enquanto ia em direção à cama e me sentava, ele colocou a bandeja sobre a cama e começou a sair em direção à porta.-Fica. Disse o olhando.- Come junto comigo, tem bastante aqui, e você...você também precisa comer.
- Não, eu to legal.
- Quero que você fique.
Ele se sentou na cama ao meu lado e pegou uma batatinha mergulhando a no ketchup. "Porque pedi pra que ele ficasse? Às vezes não sei o que faço nem o que falo quando estou perto de Rick, ele me beijou a duas semanas atrás, e desde aí o beijo não saia mais da minha cabeça, ficava se repetindo e repetindo, às vezes parecia que inconscientemente eu criava situações pra que nos ficássemos sozinhos".

[...]
No dia seguinte acordei olhei para o lado e dei um pulo.
- Rick, o que esta fazendo aqui?. Ele estava esparramado na cama ao meu lado.
- O que foi?. Perguntou dando um pulo da cama.
- Dormiu na mesma cama que eu, porque fez isso?.
- Não fiz porque quis, a gente comeu e pegou no sono, só isso.
- Aí meu Deus. Disse entrando no banheiro, me troquei, sai e ele ainda estava sentado na cama. - Vai ao hospital comigo?
- Sim, mas vamos comer e passar em casa primeiro.
- Seja rápido.

Já no hospital, ainda era bem cedo, fomos até a recepção para pegar algumas informações sobre Sofia.
- Como Sofia está?. Perguntei eufórica.
- Sofia? Você é a mãe dela? Kim? Perguntou olhando nas fichas meio confusa.
- Sim...
- Ela saiu ontem... Nossa informante também estava confusa.
- Como assim ela saiu ontem? ela ficou internada aqui...
Meus olhos já estavam com lágrimas.
- A mãe dela veio até aqui e a retirou, disse que levaria em outro hospital. Dizia com alguns papeis nas mãos, olhando freneticamente para eles e para nós.
- Eu sou a Kim, eu sou a mãe, deixou uma estranha levar a minha filha?. Me alterei.
- Não, ela veio até aqui e...
- Entregou minha filha, a minha Sofia para uma estranha.
Rick estava do meu lado com uma das mãos na cabeça e a outra apoiada no balcão.
- Senhora se acalme. Estendeu as mãos para mim.
- Me acalmar? Vocês estragaram minha filha para uma estranha que se passou por mim, eu quero a minha filha, onde ela está? Gritei.

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