Capítulo Trinta e Seis - Penúltimo

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Leia a nota final!


Candice

Foi um baque, vê-la novamente.
Eu tentei me fazer de forte e e orgulhosa, mas nada adiantou. Ouvi-la contando o que aconteceu antes do acidente, me fez deixar todos os pensamentos maldosos que eu tinha, e fiz aquele sensação de ter vivido uma mentira ir embora, afinal ela me ama de todo o coração e eu tenho vontade de me bater só por ter duvidado disso, mas agora ela está aqui e só me resta amá-la. Amar essa mulher que teve a adolescência roubada, que teve uma filha ainda muito jovem, que teve o mundo caindo aos seus pés nos últimos tempos.

_ Você sabe que eu te amo, né? _ Minha mãe afagava meus cabelos.

_ Sei. _ Respondo, apertando-a. _ Você me perdoa por ter sido uma péssima filha?

_ Você nunca foi uma péssima filha, você sempre foi ótima!

_ Até parece viu! _ Digo rindo.

_ Apesar da sua implicância e carta amarrada vinte e quarta horas por dia, você nunca me deu motivos para achar isso de você.

_ Mesmo quando pensei coisas absurdas de você depois daquelas palavras no carro?

_ Candy! Olha aqui. _ Ela coloca a mão em meu queixo e levanta meu rosto. _ Não fique se culpando por coisas que aconteceram, eu te dei motivo para pensar tais coisas e eu não ligo, só quero esquecer tudo isso e recomeçar.

**

Inacreditável. Essa é a palavra que define esse momento.

Após o café da manhã onde minha mãe bombardeou Peter com perguntas a nosso respeito, ele respondeu tudo com tanta certeza. Apesar de achar que foi demais, vi que minha mãe queria o melhor para mim, e ela viu que eu sou melhor com ele ao meu lado.

Lembro-me das palavras que ele soprou ao dar uma resposta máster a minha mãe: Não basta só querer que dê certo, tem que lutar por isso. E Candice sabe que conseguiremos enfrentar qualquer obstáculo e barreira que vier somente se estivermos juntos, em sintonia com o nosso amor. Com ela eu me sinto satisfeito e realizado, e eu mostro a ela o quão agradecido sou por tê-la ao meu lado.

Eu não sei descrever como me senti ao ouvir essas palavras. Mas de uma coisa eu tenho total certeza: eu escolhi a pessoa certa para me entregar de corpo e alma.

_ É a sua vez. _ Disse Lillia ao meu lado.

_ Tá bom. _ Joguei o dado. E avancei as casas de acordo com os números do dado.

_ Você está na minha propriedade. _ Diz Peter à minha frente. _ Vai pagar o aluguel!

_ Onde ficou o homem que disse que tudo que era dele, era meu também? _ Resmungo pegando as notas necessárias.

_ Boa garota. _ Diz pegando as notas de minha mão. _ Obrigado amor. _ Ele responde com um sorriso maroto no rosto.

_ Isso vai te custar caro depois. _ Respondo olhando em seus olhos intensos.

_ Eu pago feliz. _ Ele dá uma piscadela. Vejo deliciosas promessas em seus olhos azuis.

_ Parem com isso! _ Andrew reclama. _ Vão logo para o quarto, consigo ouvi o pensamento de vocês daqui. _ Ele passa a mão nos cabelos, bagunçando-os.

_ Me respeitem aqui, por favor. _ Minha mãe diz séria. _ Vamos voltar ao jogo.

E nós decidimos encerrar o jogo quando Peter e minha mãe tinham praticamente todas as propriedades do tabuleiro. Droga! Eles são muito bons nesse jogo. Tenho que arrumar outro jogo favorito, pois banco imobiliário foi cortado. Ficar ouvindo minha mãe e Peter se gabando foi o 'Ô', o pior foi a dancinha da dupla, revirei os olhos mas fiquei muito feliz em ver que depois da conversa esclarecedora que tiveram. O clima ficou límpido, sem qualquer resquício de desapontamento ou insatisfação da parte dela.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora