Capítulo Vinte e Oito - Parte Dois

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Sem revisão.

Me desculpem por demorar para postar, estou passando muito muito mal, e estou assim desde sexta. Foi uma dificuldade fazer esse capítulo, meus olhos doem muito, por isso não estava conseguindo ficar no celular por muito tempo. Esse capítulo foi construído em partes... Enfim, não sei quando posto o outro, mas vou fazer o possível para sair até no fim de semana.

E percebi que vocês não gostaram muito do último capítulo mas infelizmente foi isso que planejei para os dois, e daqui para frente as coisas vão ficar tensas... Mas tudo se ajeita!

Tento me concentrar na comida ou na conversa ao meu redor, mas não consigo, não importa para onde eu olhe, seu olhar encontra o meu automaticamente. Eu não gosto disso. Seu olhar é duro e parece que ele sabe de algo, quando ele me dá um sorriso sínico tenho a sensação de ter levado um soco no estômago.

_ Eu fiquei sabendo o que houve com você e sua mãe! _ Steve diz e instantaneamente todos a mesa se calam e ele tem a deixa para continuar: _ Deve ser horrível ser quase estuprada pelo pai. _ Ele balança a cabeça, como se lametasse mas não é o que ele sente, pois consigo ver o vislumbre de um sorriso. Olho para todos à mesa e tenho vontade de enfiar a cabeça em um buraco, todos me olham com pena.

Se esse cara queria me humilhar, ele conseguiu.

_ Com licença. _ Digo, jogo o guardanapo que estava em meu colo sob a mesa. Faço o caminho para o banheiro o mais rápido que minhas pernas conseguem, ao entrar no mesmo, tranco a porta. Deixo o meu corpo deslizar até encontrar o chão frio, não me importo com roupa e nem nada do tipo. Choro por ter essa vida, por ser uma pessoa fadada à sempre ter algo de ruim por perto. Choro também por tudo que aconteceu à minha mãe e a mim, e rezo para que nada do tipo aconteça com meu bebê, eu não vou deixar que nada disso aconteça com ele, essa praga que assola minha família acaba aqui. Não vou deixar que nada de ruim aconteça ao MEU recomeço, à minha chance de ser feliz, ao meu bebê.

_ Amor! Abre a porta... _ Peter pede, e eu não faço nada. _ Você está bem?

_ Não... Eu quero ir embora. _ Digo contra a porta.

_ Eu não posso levá-la, mas posso pedir ao motorista de minha mãe. _ Ele diz.

_ Não quero incomodar. _ Respondo. _ Nós ficamos, assim que a cerimônia acabar, você me leva embora e depois volta.

_ Eu não vou te deixar sozinha em casa, e eu tenho que ficar, devo isso ao meu irmão, não posso dar as costas à ele no momento mais especial de sua vida.

_ Eu sei. _ Suspiro. _ Já vou sair. _ Forço o meu corpo para cima e me levanto.

_ Abra a porta para mim. _ Ele pede.

_ Só um minuto. _ Me olho no espelho e não gosto do que vejo, meus olhos estão vermelhos e borrados, rímel escorre por meu rosto, não sabia que havia chorado tanto até me ver no espelho.

_ Candice?

_ Eu estou horrível! Não quero que me veja assim.

_ Vou pegar sua bolsa. _ Ele diz, e eu ouço seus passos se afastando. Abro a troneira e molho meu rosto, utilizo as toalhas de papel para secá-lo, retiro o que resta de uma maquiagem. Um tempo depois Peter bate na porta, e entra no banheiro.

_ Amor, desculpa! Eu não sabia que ele iria fazer algo assim. _ Peter coloca suas mãos em meus ombros.

_ Eu sei... _ Sinto as lágrimas novamente.

_ Vem cá. _ Ele me puxa para si, me dando um abraço apertado. Ele deixa que eu chore enquanto ele afaga minhas costas.

_ Desculpa. _ Digo por que molhei o paletó de seu terno e amassei a flor que estava em seu bolso.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora