Capítulo Quatro - Delícia

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Sai do banheiro e fui trancar a porta do quarto, para que ninguém entrasse. Embora eu estava torcendo para que Peter viesse aqui e me fizesse sua, porém a parte consciente do meu cérebro me alertava sobre o quão errado isso era. Coloquei o mesmo conjunto em que eu estava quando sonhei, tentei ficar o mais próximo entre a realidade e a fantasia. Quando me deitei tentei não pensar nele, mas só de saber que ele estava na parede ao lado, me deixava inquieta. E o mais legal é que quando comecei a pegar no sono, meu subconsciente me levou diretamente a um sonho completamente ousado, acordei assustada quando ele iria me penetrar com força, fui tomada por uma sensação estranha. Fiquei com medo de sonhar mais alguma coisa e acabar gemendo seu nome, como fiz mais cedo, sendo assim fazendo com que ele e minha mãe escutem, caso isso acontecesse, eu teria que dar uma bela explicação, pois minha mãe não deixaria passar batido o fato de eu estar tendo sonhos eróticos com o meu padrasto.

Quando me levantei, evitei me olhar no espelho, tomei meu banho, vesti um cropped listrado com um zíper na frente, um short de cintura alta, preto desfiado próximo à barra, calçei uma sandália de tiras e peguei minha bolsa preta. Soltei os cabelos, que estavam ondulados devido ao coque, quando chegou a hora de me olhar no espelho, morri de medo, mas até que eu não estava tão ruim assim, mas também não estava em minhas melhores condições. Passei uma maquiagem leve, mas carreguei os cílios de máscara e passei meu habitual batom vermelho. Desci para tomar café.

_ Bom dia! _ Digo ao entrar na cozinha, e encontrar somente Peter.

_ Bom dia! _ Ele estava de costas para mim, mexendo em algo na pia. Ele estava sem camisa, e vestia somente uma samba canção azul que caia perfeitamente sobre aquela bunda redonda, e sinceramente, quis dar uma mordida ali.

_ O que faz aí? _ Pergunto, me sentando na bancada.

_ Estou tentando preparar o café, mas essa cafeteira idiota, não faz um simples café. _ Ele fala com raiva e rio.

_ O homem das cavernas! É você que não sabe mexer. _ Me levantei e fui até ele. _ Deixa que eu faço isso, sai daqui.

_ Tudo bem. _ Ele sai sorrindo, e vai para o fogão.

_ Ah! e cuidado pra não colocar fogo na casa hein! _ Digo com deboche.

_ Vou tentar! _ Ele solta uma risadinha, nunca ouvida por mim antes. Coloquei a quantidade de água e pó necessário na cafeteira e apertei ligar e ela funcionou sem dificuldade alguma. Um cheiro bom invade a cozinha.

_ O que você está fazendo? _ Pergunto tentando olhar por cima de seus ombros, mas não dá ele é grande.

_ Surpresa! _ Ele diz em um tom brincalhão.

_ Ok, desde que eu não morra engasgada comendo isso aí, tá de boa. _ Dou de ombros e pego o café pronto na garrafa. Arrumo a mesa. _ Cadê a minha mãe?

_ Saiu cedo. _ Ele fala sem se importar. _ Acabei!!

_ Hum... Aí meu Deus! Não sei se tô pronta. _ Fechei os olhos.

_ Não sei pra que todo esse drama. _ Ele ri e ouço o barulho de um prato sendo colocado sobre mesa. _ Fiz panquecas!

_ Panquecas? _ Abro os olhos e me deparo com três panquecas feias. Ri ao ver.

_ O que foi? _ Ele pegunta sem entender.

_ Essas são as panquecas mais feias que já vi. _ Digo enquanto pego o garfo e corto um pedaço.

_ Ah! Eu me esforcei né, mas garanto que o gosto está bom. _ Ele coça a cabeça. _ Deixa eu pegar o suco de laranja pra ajudar a descer. _ Ele vai para a geladeira e pega o suco. _ Aqui. _ Ele coloca um copo para mim.

_ Hora da verdade! _ Tampo o nariz e coloco um pedaço da panqueca feia na boca.

_ Boba! _ Ele diz com um ar descontraído, ele joga o pano de prato sobre o ombro e cruza os braços me olhando, bebo um pouco de suco, está docinho do jeito que gosto, despejo um pouco de mel em cima das panquecas, e como outro pedaço.

_ Delícia! _ Digo o encarando.

_ Você está falando de mim ou da panqueca? _ Ele ergue uma das sobrancelhas.

_ Claro que eu estava falando da panqueca, eu hein. _ Eu disse isso, mas meu subconsciente gritava: É CLARO QUE É VOCÊ! Olho para o meu prato e volto a comer.

_ Você pensa que me engana! _ Ele diz com a voz atrás de mim.

_ Falei a verdade, acredite se quiser. _ Digo o olhando indiferente.

_ Sabe no que acredito? _ Ele pergunta dando um passo a frente, meus joelhos encostam em suas coxas.

_ Não sei. _ Digo olhando para minhas pernas, sigo-as com o olhar até que paro admirando o volume que se encontra a minha frente.

Acho que babei!

_ Eu julgo que você me quer! _ Ele fala de um jeito sexy.

_ Que? _ Deixo de olhar o volume em sua cueca e olho para seu rosto.

_ Eu julgo que você me quer! _ Ele repente, só que dessa vez ele se abaixa, nossos rostos ficam a centímetros.

_ Ah! Olha só já deu a minha hora! Tchau! beijo, até nunca mais. _ Me levanto rapidamente, cato minha bolsa e saio de casa.

Esse homem ainda vai me deixar louca! E se continuarmos assim acho que vou enlouquecer feliz.

Sai tão apressada de casa que esqueci de pedir para que Peter me levasse ao curso. Peguei o celular na bolsa e liguei para a Lil.

_ Obrigada! _ Digo quando me sento no banco do carona.

_ Quais são as novidades, gatinha? _ Ela me pergunta enquanto dirige.

_ Vou me mudar! _ Digo. E ela dá uma brecada no carro. _ Caramba! Lillia!

_ Sua mãe enlouqueceu? _ É a primeira coisa que ela fala. _ Desculpa.

_ Pelo visto, acho que sim! Tá desculpada, mas não faz isso de novo, ok?

_ Tá bom! E agora? Como vou ficar sem você aqui? _ Ela pergunta, colocando o carro em movimento novamente.

_ Eu não sei, vou ver se consigo conversar com minha mãe.

_ Tenta fazer com que ela mude de ideia. _ Ela sugere.

_ Isso não vai rolar. Ela está decidida! _ Digo com convicção.

_ Tem que ter um jeito, Candy! _ Ela fala em um desespero que até parece que estou morrendo.

_ Vou ver se posso ficar aqui, sei lá, arrendo um apartamento ou coisa assim! _ Digo.

_ Isso!!!! _ Ela grita animada. _ Você é um gênio garota! _ Ela me dá um beijo na bochecha. _ Se você quiser, posso ver com meus pais se você pode ficar lá em casa.

_ Você faria isso por mim? _ Pergunto e ela estaciona o carro e me olha.

_ Claro garota! _ Nós nos abraçamos e saímos do carro.

15/10/2015

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora