Capítulo Vinte e Um - Oh merda!

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Sem revisão!


Curtimos o outro dia, fizemos trilha, caiaque e nadamos em um rio de águas muito azuis com peixes nativos. Já a noite, pegamos o avião. A chegada na casa da Lil foi tranquila, chegamos bem cedo, tia Lucy e tio Mark ainda estavam dormindo, queríamos ficar, mas Peter teria que elaborar uma prova e corrigir alguns trabalhos. Depois de muita insistência, Drew foi embora conosco; a viagem de volta foi certeira e não houve nenhum imprevisto.
Chegamos no comecinho da noite em casa.

**

Após a noite quente que Peter e eu tivemos, mudamos nossas coisas de lugar, não conseguimos conter a felicidade de que iríamos mesmo ficar juntos, após colocarmos todas as nossas roupas no closet e outras coisas a mais, ele ficou encarregado de arrumar tudo direitinho, sou a pessoa mais desorganizada do mundo, fui arrumar a bancada do banheiro, do nosso banheiro. Não consegui ficar muito tempo acordada, estava esgotada, Peter me esgotou!

Acordei feliz ao ver onde estava, nada disso foi uma alucinação da minha cabeça, olhei para os lados ainda sem acreditar. Sorri feito boba enquanto olhava o travesseiro vazio de Peter, peguei o mesmo e o cheirei. Cheiro de homem, meu homem! Me sentei na cama e ajeitei o lençol branco em volta de meu corpo, sorri ao ver nossas roupas espalhadas pelo chão do quarto, me levanto e pego a camisa que Peter vestia ontem e a visto.
Eu bem que tentei, mas o sorriso não deixava meu rosto, ele estava esculpido.

Alguém me beslica? Parece que estou sonhando mas não quero acordar. Caminho pelo quarto, paro ao ver a nossa estante, cheia com os nossos livros, passo o dedo por cada exemplar enquanto leio os respectivos títulos, sorrio ao ver como ele os arrumou. Passo rapidamente pelo banheiro, não quero me olhar no espelho e dar de cara com meu estado lastimável devido a agitação da noite passada. Caminho para o closet, estou louca para ver o resultado, olho como ele foi cuidadoso ao separar minhas roupas em cada nicho, e vejo suas camisas sociais, igual a esta que estou usando, penduradas do jeito que ele gosta. Lembro-me de quando ele sempre falava na minha cabeça sobre como eu deveria deixar suas camisas, e é claro que eu nunca fiz o que ele pediu, ele não manda em mim, mas agora, tocando uma por uma, já me imagino as guardando, terei prazer em arrumá-las. Pego sua camisa cinza e sinto o seu cheiro nela, seu perfume amadeirado que eu tanto gosto. Sorrio ao ver que eu gosto de tudo nele e tudo o que ele faz, tudo vindo dele me agrada, sua implicância, seu sorriso e os seus lábios são definitivamente o que me deixam mais apaixonada por ele a cada dia.
A um tempo atrás, eu iria rir e depois daria um soco na cara de quem falasse que eu me apaixonaria por ele, meu padrasto.
Eu deixo esse fato por fora, eu sou mulher e ele um homem, pronto.
Deixo sua camisa de lado e caminho até uma coisa que vi de reflexo e me chamou a atenção.

_ Candice? _ Ouço ele me chamando ao longe, provavelmente ainda está lá em baixo. _ Amor?

Meu coração se derrete cada ver que ele me chama assim.

_ Já vou! Estou ocupada! _ Grito e espero que ele me ouça.

Afasto os cabides com suas roupas e vejo o que chamou minha atenção, uma mala. Olho para onde as nossas malas estão e essa está totalmente fora do lugar, mas por quê? Olho com atenção e sinto uma pontada de curiosidade dentro de mim. Sinto minha diaba e meu anjo interior se enfrentando em minha cabeça.

_ Não mexa! Não invada o espaço dele! Essa é só mais uma mala! _ Meu anjo interior fala.

_ Não a escute! Abra a mala! Que mal tem? O que é dele é seu também! Por que essa mala está separada das outras? _ Minha diaba interior confronta minha ética.

_ Mas e se eu der só uma espiadinha? Ele nem vai ficar sabendo! _ Digo as duas.

_ Não! _ O meu lado mais sensato fala. Meu anjo.

O PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora