Boa noite!
Não vou dizer nada, chegar de enrolar.
-Senhorita Dani.
Tiro o óculos escuros e encaro Luiza umas das empregadas da mansão, uma senhora baixinha de pele morena e cabelos escuros e divertida, tive muita sorte ao sair do quarto e a encontrá-la no corredor, foi ela que me mostrou essa piscina aquecida dentro dessa enorme casa.
-Já pedi para me chamar só de Dani.
-Desculpa, vim lhe trazer um suco... – me entrega um enorme copo de suco de abacaxi com hortelã, pego tomando um grande gole dessa delicia. – E avisa que como sempre a casa esta enchendo de gente.
-Como?
-Sempre que os patrões estão em casa, eles fazem festa para os amigos.
-Que tamanho e essa festa? –pergunto já me levantando e me enrolando na toalha que ela havia me dado mais cedo e voltando a encará-la.
-como posso dizer? –ela coloca uma mão sobre o peito apoiando a outra em cima segurando o queixo em um modo pensativo. – Grandiosa.
-Droga, você viu Bill por ai.
-Acho que ele esta no quarto de hospede o mesmo que ele ficou ontem.
-Ele perguntou por mim?
-Pra mim não
-Obrigada Luiza, por favor, mas tarde me leva um lanche no quarto.
-Claro, mas a senhora não vai descer para a pequena recepção?
Solto uma risada com o jeito debochado dela falar da festinha dos seus patrões, pego meu celular sobre a mesinha e me viro para ela em seguida.
-Não sei se e uma boa idéia.
-A senho... – olho a reprovando antes de ela continuar – Você vai ficar trancada naquele quarto enquanto rola o maior festão no andar de baixo. Por favor, aproveita um pouco já que esta aqui. Ninguém ira percebe sua presença, e gente demais. – se vira e sai me deixando sozinha naquele paraíso escondido dentro da casa. Volto para meu quarto me jogando na enorme cama com toalha e tudo decidindo se ligava ou não para minha mãe, procuro o nome dela em minha agenda no celular e em seguida apertando o verde. Chama por alguns segundo, até eu escudar a voz aveludada dela.
-Querida, esta tudo bem?
-Ola mamãe. – limpo as lagrimas do meu rosto, não imaginava que estava com tanta saudade dela.
-Meu Deus, você não esta bem pra você me chamar de mamãe e não dona Lucia.
-Mãe – sorrio com seu jeito espontâneo e único de falar, minha mãe sempre foi muito liberal e sempre foi super amiga comigo, mas muito protetora e isso atrapalhou muito nossa convivência. –Como está a senhora e o tio Regis?
-Muito bem, acabamos de volta de viagem do Brasil, filha que lugar lindo foi divertido e muito quente.
-Brasil e um lugar super tropical.
-Você tem que ir filha, vai adorar. Mas me fale quando você ira vir me ver?
-Então... – caminho ate o enorme closet, percebendo que Bill havia passado por ali estava faltando algumas peças de roupas e alguns acessórios. – Estou viajando, mas assim que nos voltarmos ti visitarei.
-Como assim viajando e o que você quis dizer com nos? – afasto o telefone do ouvido ao escutar seus gritos, pelo jeito isso vai ser bem mais difícil do que eu imaginava.