Assim que chego a porta, sou recebida pela empregada que pede para esperar no escritorio que seu patrão ja havia avisado da minha chegada. Agradeço preferindo ficar na sala mesmo, coloco minha bolsa sobre o sofa a vendo sair resmungando alguma coisa. Observo o comodo bem decorado e moveis impecaveis de limpos. Só havia entrado aqui rapidamente que nem tive tempo de admira. Tudo bem organizado e masculino, composto por uma enorme estante na parede com cds alinhados em ordem. No centro um enorme sofá de coro branco e uma mesinha de centro de tampo de vidro preto, na parede em sua frente uma enorme Tv de plasma pendurada em um fundo branco.
-Dani.
Dou pulo ao escutar a voz profunda de Jared ao meu lado. Me viro o encarando parado na porta impecavelmente lindo em um terno cinza sem gravata, seus cabelos soltos caidos sobre seus ombros.
-Que susto - levo a mão ao peito.
-Desculpa.
-Espero não ter atrapalhado vindo ate aqui.
-Você nunca atrapalha.
-Obrigado.
-O que e tão importante para você aparecer aqui depois de quase um dia e meio sumida.
Jared caminha ate o bar atras de mim totalmente equipado com as melhores bebidas, passa por mim sem me olhar se servindo de uma taça de Martine.
-Apesar de eu jà saber o motivo. -Me olha tomando um grande gole de seu copo, passa a lingua pelos labios carnudos me deixando constrangida.
- Não sei por onde começar.
-Eu sei. -Se volta para mim com seu olhar queimando de tristeza e odio, involuntariamente dou um passo para tras ao ver vindo em minha direção. Para em minha frente sem desviar nossos olhares bebe mais de seu copo.
-Aposto que você voltou com ele e veio ate aqui terminar comigo. Quer dizer terminar o que se nunca tivemos nada.
-J.
-Não, não... -balança a mão em minha direçao me evitando de continuar. - Sem desculpas, mas quando ele te machucar novamente não me procure, pois não estarei aqui como sempre.
- Como assim? - encaro com as lagrimas escorrendo pelo meu rosto.
- Irei trabalhar fora do país, não havia aceitado por causa... - se cala e me encara com os brilhos da lagrimas em seus lindos pares de olhos azul. - Não vem ao caso. Te desejo boa sorte e espero que esteja certa dessa vez.
-Deixa eu te explicar.
-Não precisa, se não se importa tenho muita coisa para organiza antes de viajar.
Jared vira as costas para mim se servindo de outro copo e encarando o nada. Pego minha bolsa no sofá e olho para trás uma ultima vez me deparando com Jared me olhando com lagrimas caindo pelo seu rosto. Meu peito doi como nunca havia doido, não era assim que queria deixa-lo, mas também fui burra em pensar que ele iria aceita tão facil depois de tudo que lhe fiz.
Rapidamente caminho para fora, mas não o suficiente para não o ouvir quebrando tudo la dentro. Corro para meu carro e assim que me sinto sozinha e segura choro feito criança, não sei por quanto tempo permaneci naquele carro e nem como cheguei em casa e nem que momento Tom apareceu.
- Calma Dani.
Suas mãos acariciam minhas costas enquanto minhas lagrimas molham sua camisa. Levanto meu rosto de seu ombro o encarando e limpando as lagrimas com a mão.
- O que faz aqui? Vocês não estão em turnê?
-Tive um contra-tempo. - me responde olhando para trás, sigo seu olhar vendo umas de suas filhas em pé do lado da minha porta queitinha.
-Por Zeus, me desculpa eu aqui chorando e você com problemas.
-Eu que peço desculpas aparece assim, mas preciso de um favor.
-Favor? - encaro pensativa e curiosa com seu pedido.
-Pai
-Queita Bianca.
-Tom não fala assim com a menina. Vem ca minha linda.
Ela olha para o pai pedindo permisão.
-Não olhe para seu pai, venha não vou te machucar.
Meio desconfiada ela vem e senta ao lado de Tom, reparo seu rosto moreno manchado pela lagrimas e os olhos vermelhos de tanto chorar.
-Não sei como posso ajudar? Se nem consigo organizar meus pensamentos.
- O que aconteceu? -Tom pergunta me olhando preocupado.
-Porque machucamos quem mais nos ama?
- Por que não mandamos no coração e ele sempre faz merda.Respiro profundamente perante sua resposta, me perguntando se e mesmo o coração ou a gente que insiste em ir contra ele.
-Mas me diz como posso ajudar?
-Pai, por favor, não precisa disso.- Bianca implora no ouvido de Tom para eu não escutar, mas em vão.
-Tom - o chamo fazendo presta atenção em mim.
- Preciso que converse com ela sobre algumas coisas.
- O senhor ja conversa comigo. - diz emburrada se jogando para tras com o braço cruzado sobre o peito.
- Acho com outra mulher você entendera melhor.
- Porque ela?
-Bianca - a repreende se virando para ela ao seu lado.
-Ela só sabe machucar meu tio.
-Bianca que isso.
- Não se preocupe... - seguro em seu braço o tranquilizando. -Ela tem razão.
-Só que não da o direito de ser mal educada com você.
- Desculpa se dizer a verdade e falta de educação. Mas senhor sabe que tio Bill passou dias triste no quarto por causa dessa mulher.
- Acho que você e muito nova para entender o que acontece entre eu e seu tio.
-Concordo.
-Afff, pai podemos ir embora.Bianca se levanta indo ate a porta ignorando seu pai. Encaro Tom ao meu lado que nem se mexe em seu lugar, ela se vira encarando com desgosto para mim e depois para seu pai que sorri.
- Sabe que não iremos a lugar nenhum.