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Boa noite. Aqui estou eu com o primeiro capítulo da Home!

Tentarei definir os sábados como dia de publicação, por agora. Mas não prometo nada...
Espero que gostem! Não se esqueçam de deixar a vossa opinião, é muito importante!
Boas leituras!

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Capítulo um

Louis observou Harry a apertar alguns botões da sua camisa preta enquanto o olhava através do espelho que estava à sua frente. O mais velho permanecia deitado na cama, desejando que o tempo tivesse parado algures na noite anterior e que a realidade permanecesse aquela para sempre. Nada mais lhe importava. Tudo o que ele queria era poder ficar nos braços de Harry e esquecer toda a confusão em que a sua vida se tornara. Queria poder esquecer que, às custas de realizar o seu sonho de se tornar cantor, tinha que abdicar de uma parte de si que tinha começado a aceitar melhor quando toda aquela mentira começou.

- Louis... - Harry começou com um suspiro ao ver os olhos azuis do outro a fitá-lo através do espelho enquanto deixava os primeiros botões desapertados, o que resultava na visão de parte do seu peito, marcados pelas tatuagens que tinha feito nos últimos dois anos. As pequenas antenas da borboleta espreitavam por entre o tecido, como se o desenho quisesse ser todo mostrado. – Isto não pode mesmo voltar a acontecer.

- Dizemos sempre isso, Hazza. – o mais velho riu-se e levou as mãos ao seu estômago, fitando agora o teto. Ainda se encontrava completamente anestesiado, usufruindo o efeito que Harry Styles tinha sob si. Tudo era Harry e nada mais importava. – Andamos a dizer isso desde a primeira vez. – mordeu o lábio inferior.

- Pois. – o outro revirou os olhos. Acabavam sempre por cair nos braços um do outro, desculpando-se de como era apenas uma recaída. Mais uma. E que era a última vez. E mesmo que Harry fosse aquele que menos procurava o outro, isso também acabava por acontecer, como na noite anterior. E ele gostaria de poder dizer que se arrependia de quando dava parte fraca e cedia, mas a verdade é que ele sentia tudo menos arrependimento. – Mas é a última vez. – abanou a cabeça, obrigando-se a focar na realidade enquanto fixava os seus cabelos compridos e ligeiramente encaracolados. Tinha decidido deixar que os seus cachos crescessem e estava a gostar do resultado da sua decisão, apesar daquela fase estranha pelo que o cabelo passava quando estava em crescimento, o que obrigara Harry a usar bandanas. – Temos que voltar à realidade, Lou. Isto já não é a realidade.

O mais velho sentou-se na cama e olhou para o rapaz que estava à sua frente e que estava a observá-lo também. Harry tinha crescido nos últimos dois anos, passando por fases de mudança que o tornaram ainda mais maravilhoso. Louis continuava irremediavelmente apaixonado por aquele rapaz doce e carinhoso de olhos verdes, que se tornara num homem responsável e ideal. Nem o facto de agora ele ter decidido deixar os seus cachos crescer tinha mudado o quanto o mais velho se sentia atraído por ele. Harry era um ser humano incrível e isso nunca ia mudar, nem a dor que sentia no peito sempre que se via a ser abandonado perante a necessidade de Harry em voltar a ter os pés bem assentes na Terra.

- Ao menos dá-me um beijo para a despedida. – Louis deu por si a dizer quando Harry não abriu a boca para lhe dizer mais nada. Não gostava de ficar com a ideia de que aquilo não tinha envolvido sentimentos, porque era mentira. Aquilo acontecia porque ainda haviam sentimentos fortes a uni-los, apesar de tudo. Louis sabia que tudo o que sentia por aquele rapaz, era sentido de volta, e era isso que o mantinha são, de certa forma. A ideia de que, um dia, eles podiam voltar a ser como eram, há dois anos atrás, e ficar juntos.

- Louis. – Harry suspirou mas encaminhou-se até à cama onde o ex namorado ainda estava sentado, a olhá-lo; debruçou-se e beijou os seus lábios carinhosamente, tentando resistir ao impulso de deitar o rapaz naquela cama e repetir a noite anterior. – Sabes... - começou ao afastar-se. – Quase que me esqueço que a beijas. – o rapaz murmurou e afastou-se, não deixando que o outro visse o quanto aquela ideia o magoava e o deixava com vontade de chorar. Harry sentia-se desmoronar sempre que pensava em Louis e Eleanor, mesmo que aquela relação fosse falsa. – Deixo-te o pequeno almoço na cozinha. – avisou, abrindo a porta do quarto. – Até logo. – abandonou a divisão e deixou o outro sozinho.

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