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Capítulo trinta e seis

As duas semanas seguintes foram de loucos. Sempre que Louis tentou encontrar em contacto com Eleanor, a rapariga não lhe respondia, e nunca aparecera em tribunal, já que, tecnicamente, ela não fazia parte da equipa oficial de Jeanine, uma vez que os contratos existentes, se bem analisados, acabavam por não ser legais.

Harry tinha voltado ao trabalho e ocupava parte dos seus tempos livres com o blog. Contudo, de vez em quando, arranjava algum tempo no seu horário e aparecia nas sessões do tribunal para dar apoio aos rapazes, que já tinham começado com reuniões com outra equipa e, assim que estivessem completamente livres de Jeanine, iriam assinar contrato, já que todas as suas condições tinham sido aceites e estavam expressas nitidamente.

- Ela diz querer trinta porcento de todas as vendas para o resto da vossa carreira. – o advogado disse calmamente. – Ou quarenta porcento das vendas de tudo o que fizerem até à suposta data de fim de contrato, que era daqui a um ano.

Os três rapazes olharam-se entre si, como se discutissem o assunto. Teriam de ceder se queriam poder assinar um novo contrato e começar a trabalhar em novos projetos.

- A segunda opção. – Zayn disse calmamente. – Já tínhamos falado sobre a possibilidade de ela falar em algo deste género. É preferível a segunda opção.

- O advogado dela, pelo que me pareceu, obrigou-a a colocar esta segunda opção, defendendo que nem o juiz iria aceitar que não houvesse uma escolha. – confidenciou. – Estou confiante que, em mais algumas sessões, isto ficará tratado e vocês estarão livres do contrato.

- Muito obrigado. – Niall disse calmamente e, depois de se despedirem do advogado, Harry entrou na sala em que eles se encontravam. – Olá. – cumprimentou o amigo, apontando para a cadeira que tinha acabado de ficar vaga.

- Preciso de uma cama, mil cobertores e uma almofada. Sinto que vou dormir por mais de quarenta e oito horas. – o rapaz desabafou, deitando a cabeça em cima dos braços. – O Sam, o vosso futuro agente, é simpático. – levantou a cabeça. – Ficou bastante indignado quando viu que me estavam a seguir quando eu me cruzei com ele aqui à porta. Ameaçou processá-los a todos. – fez uma careta.

- Ele é assim. Foi bastante fácil chegar a um acordo com ele. – Zayn concordou calmamente, recostando-se na cadeira. – Veremos é se isto com a Jeanine acaba de uma vez. – suspirou.

- Vai correr tudo bem. – Harry esboçou um sorriso cansado e esfregou os olhos, soltando depois um bocejo.

- A que horas foste para o estúdio? – Louis perguntou já que, de manhã, quando acordara, Harry já não estava em casa.

- Cinco. Uma parte da sessão foi no exterior e o cliente queria o nascer do sol incorporado nas fotografias. – abanou a cabeça. – Ficaram bem, mas estou a morrer aos bocados, e a Jess não estava a sentir-se muito bem, estava com enjoos matinais.

- Porque obrigaram uma mulher grávida de quatro meses e meio a ir trabalhar a horas assim? Quem é que fez tal coisa? – Niall perguntou, indignado.

- Ninguém. Ela apareceu sem ninguém lhe ter pedido. Insisti que ela fosse para casa descansar, que eu dava conta do recado, mas ela diz que gravidez não é doença e que gosta de trabalhar. – Harry abanou a cabeça. – Não quer ser a razão da má disposição dela, acredita. Já aconteceu a semana passada e eu jurei que nunca mais. Ela fica uma fera. – mordeu o interior da bochecha. – Vim buscar-te, Lou. – virou-se para o rapaz, voltando a chamar a sua atenção.

- Eu conduzo. – o rapaz disse, levantando-se do seu lugar e tirando as chaves da mão de Harry, que estava demasiado cansado para protestar. – Até amanhã, rapazes. – despediu-se dos amigos com um abraço e esperou que Harry fizesse o mesmo.

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