15. Detention

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Sherlock acabou ficando deitado em sua cama por muito tempo sem nem perceber. Estava tentando entender o que era aqueles sentimentos estranhos em relação ao loiro, mas seus pensamentos foram cortados quando escutou uma porta abrindo e seus pais o chamando. Era só o que faltava. Pensou, se levantando de sua cama desajeitado, e indo para a sala logo em seguida.

— Sherlock, querido - a mulher tinha um sorriso enorme estampado no rosto, se aproximando para abraçar seu filho mais novo - Eu soube que seu amiguinho ficou aqui em casa de tarde.

— Deixe-me adivinhar, Mycroft? - o moreno revirava os olhos com raiva do irmão, que, graças a deus, não havia chego em casa ainda.

— Ora, não fique com raiva de seu irmão! - a mãe de Sherlock foi em direção à cozinha, para fazer o jantar - Quer comer o que querido?

— Não estou com fome. - Sherlock jogou-se no sofá, colocando suas mãos em forma de um triângulo em baixo de seu queixo, indo para seu palácio mental, mas foi interrompido por seu pai, que se sentou ao seu lado.

— Mycroft me disse que você foi ver um caso hoje. Na hora da aula.

Sherlock percebeu que iria entrar em uma grande confusão se seu pai contasse para sua mãe sobre o caso e sobre ele ter cabulado algumas aulas, então sussurrou implorando para que o mesmo não contasse para a mulher.

— Você sabe que eu não me importo com isso. Se é o que você quer fazer, então não vou reclamar. - O pai colocava sua mão no ombro de seu filho, apertando de leve - Mas você sabe o quanto sua mãe se preocupa com você, então tome cuidado. Sua curiosidade pode acabar te machucando algum dia. - O homem deu um sorriso fraco e se levantou indo em direção à cozinha - E venha comer, é importante.

— Certo - Sherlock suspira e se levanta, sabia que era perigoso o que fazia, mas não seria tão tolo a ponto de se machucar. Pelo menos era o que ele achava.

Depois de comer Sherlock subiu para seu quarto, percebendo que Mycroft não iria voltar para casa tão cedo. Provavelmente iria trabalhar até tarde hoje.

Sherlock se deitou em sua cama, mexendo em seu cabelo desarrumado, encarando o teto. Ficou assim por alguns minutos, até seus pensamentos serem cortados por um som irritante vindo de seu celular. Irritado, tirou o aparelho do bolso e deu um sorriso fraco quando leu a mensagem

Achei que seria legal te enviar uma mensagem.
—JW

É só isso? Certo. Uma mensagem não tão útil, mas mesmo assim, obrigado.
—SH

Não é só isso, idiota ('Д' )
—JW

Emojis John? Sério? Tudo bem, o que mais você tem para me falar?
—SH

Foi bom passar a tarde com você. Boa noite.
—JW

Sherlock leu e re-leu a última mensagem várias vezes, com um sorriso bobo no rosto. Como podia estar feliz com uma simples mensagem de boa noite? Não, não era a mensagem. Era a pessoa. E Sherlock sabia muito bem disso. Ainda sorrindo, Sherlock o respondeu com um "Boa noite" e guardou seu celular em cima de sua cômoda, e então foi dormir, esperando ansiosamente pelo dia seguinte.

Na manhã seguinte Sherlock acordou mais cedo do que o normal, antes mesmo de seu irmão, que estava dormindo em seu quarto cansado por ter trabalhado a noite inteira ontem.

Se vestiu e comeu qualquer coisa que havia na geladeira, indo correndo para o ponto de ônibus logo em seguida. Certo. Por que estou correndo feito uma adolescente apaixonada às 6:30 da manhã? Pensou, enquanto diminuía seus passos percebendo o quão estupido estava. Iria só ir com John para escola, como todos os dias; nada fora do normal.

I don't need friends, I have you・Teen!lockOnde histórias criam vida. Descubra agora