33. It's not a game anymore

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Depois de alguns dias se recuperando - e também algumas horas escutando todo o falatório de John. -, Sherlock finalmente decidiu que iria voltar para escola. Ele não queria ficar próximo de Moriarty, mas precisava fazer isso pelo seu passado. Pelo seu próprio bem, e para o bem de todos.

Já no ponto de ônibus, o cacheado se encontrava impaciente, olhando para os lados a todo momento. Seu irmão tinha oferecido uma carona para o casal até a escola, mas ambos recusaram. John queria que Sherlock se sentisse normal em relação à voltar para escola; como se aquele dia fosse um dos outros dias comuns, sem nenhuma preocupação.

Quando o ônibus chegou, o pequeno detetive consultor praticamente arrastou seu namorado para dentro do ônibus, indo em direção de um dos bancos vazios do fundo.

— Sherl, você está preocupado. - disse observando seu namorado. - Não precisa ficar assim.

— Desculpe, John. - disse com um suspiro. - Ele já deve ter percebido, então eu preciso tomar cuidado.

O loiro não entendeu ao certo o que o garoto já devia ter percebido, então ficou em silêncio, esperando alguma resposta brilhante vindo de Sherlock.

— Desculpe, não expliquei direito. - Observou. - Moriarty é inteligente, acho que até mais do que eu. Ele sabe o que fazer, e sabe quais são os pontos fracos das pessoas. Ele percebe quando alguém está fugindo, com medo de algo. Ele sabe que eu estou o evitando, para te proteger. Porque ele sabe que você é meu ponto fraco, e ele obviamente vai tirar vantagem disso. - disse rapidamente, evitando olhar diretamente nos olhos de seu namorado para não começar a se arrepender de tudo. - Me desculpe, John.

— Você anda se desculpando muito ultimamente, Sherlock. - disse preocupado.

— Me desculpe. - disse e passou as palmas de suas mãos em seu rosto. - Pedir desculpas é a única coisa que eu posso fazer agora. É tudo minha culpa, se eu não tivesse me apaixonado por você, nada disso iria acontecer e você iria estar a salvo e...

— Sherlock! - disse um pouco mais alto do que o comum, recebendo alguns olhares dos outros passageiros. - Não diga isso. Não se culpe por isso. Não faça isso com você. - respirou fundo. - Olha, Sherl, eu te amo. Eu realmente te amo. Eu estou perdidamente apaixonado pelo garoto mais arrogante e bonito que eu já conheci. Eu aguentaria tudo por você, apenas para te deixar feliz e para você entender que você é uma pessoa maravilhosa, diferente do que todos dizem.

— Você foi a melhor coisa que aconteceu comigo, John. - disse com um breve sorriso, descansando sua cabeça no ombro do loiro.

— Não. Você foi a melhor coisa que aconteceu com si mesmo. - disse enquanto acariciava os cabelos encaracolados do detetive.

...

Se fosse possível no momento, Sherlock gostaria de se jogar de um prédio, de tão nervoso que estava. Quando chegou nas escolas, obviamente fora cumprimentado com alguns xingamentos e piadinhas vindo de alguns alunos; mas esse não era o problema em questão.

O problema era que, surpreendentemente, todos os alunos - e, quando eu digo todos, significa praticamente a escola toda. - estavam andando pelos corredores falando sobre Moriarty. O quanto ele era legal, bonito, e gentil com os outros. Sherlock não conseguia entender como os alunos gostavam daquela pessoa repugnante. Escutar todos aqueles elogios era enjoativo.

— Incrível como esse garoto ficou tão popular praticamente da noite pro dia. - comentou Molly na aula de história, observando Moriarty sentado em volta de algumas garotas.

— Pois é. - Greg disse. - Quando você ficou fora por um tempo, Sherlock, ele começou a ficar amigável com todos. Ou algo assim, não sei dizer exatamente. Foi tudo tão rápido.

I don't need friends, I have you・Teen!lockOnde histórias criam vida. Descubra agora