31. What a nightmare

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Sherlock passou o resto da semana tentando relembrar de algo e encaixar os fatos para descobrir quem era o garoto. Era muito estranho ele ter aparecido assim, do nada, logo depois de prenderem o assassino. Mas não contou para John, para Mycroft e nem para ninguém. Não queria arranjar problemas e esperava resolver isso sozinho, sem machucar ninguém.

Watson estranhava seu namorado, que parecia mais agitado que o normal. Molly e Greg o davam apoio, dizendo que iria ficar tudo bem, e provavelmente era algo besta sem nenhuma importância. Mas John sabia que não podia ser algo do tipo, não tinha nenhuma chance. Conhecia bem seu namorado a ponto de saber que ele não se preocuparia com algo insignificante. Mas esperou, até o moreno querer lhe contar algo. Não queria lhe fazer pressão nem nada, apenas queria que tudo aquilo acabasse logo. Afinal, o natal estava chegando e queria ter um momento de paz com o namorado.

/...

Sherlock chegou em casa cansado depois de uma manhã longa aguentando os alunos idiotas que estudavam na escola. E, novamente, não conseguiu nada sobre Moriarty. Suspeitava de algo, mas não tinha certeza. Pensava que Moriarty poderia ser alguém... Não, não podia. Aquele garoto havia desaparecido e se lembrava muito bem que não se chamava Moriarty. Estava apenas pensando em coisas estúpidas novamente, atrapalhando sua verdadeira investigação. Achava que iria ficar tudo bem depois que encontrasse o assassino, mas parece que a história desenvolveu um trama inesperado. E o pior de tudo, estava sozinho dessa vez.

Deixou seus pensamentos de lado e decidiu brincar um pouco com Redbeard; com tudo acontecendo tão rápido não interagia tanto quanto antes com o animal, e sabia que o mesmo deveria estar se sentindo solitário. Chamou-o diversas vezes, sem nenhum latido como resposta. Estranhou, e pensou que seus pais poderiam ter o levado para o veterinário ou algo do tipo, mas ficou preocupado. Subiu as escadas lentamente, com medo, sua voz se transformando em gritos de horrores. Chegou a porta de seu quarto e colocou a mão na maçaneta, parando em seguida. Tinha medo do que podia ver, tinha medo do que podia ter acontecido e aquilo não estava o ajudando a pensar direito. Abriu a porta lentamente, percebendo um cheiro diferente no local. Sangue. Colocou sua mão livre na boca, deixando lágrimas escaparam de seus olhos. Não quis ver a imagem ao certo, por isso fechou a porta rapidamente e correu escada abaixo, ligando para Mycroft logo em seguida. Aquilo estava indo longe demais.

O irmão mais velho chegou em poucos minutos, junto com os pais e todos correram para cima para ver o que havia acontecido. Enquanto Mycroft examinava as pistas de quem poderia ter feito aquilo com o cachorro, o pai fazia chá enquanto a mãe tentava acalmar o filho que parecia estar se afogando em lágrimas.

John abriu a porta com uma certa força, assustando todos presentes e deixando a mãe de Sherlock feliz pelo loiro estar no local para ajudar. A mulher deixou o casal sozinho, percebendo que o mais baixo rapidamente foi de encontro com o namorado e o abraçou, enquanto o mesmo apenas conseguia chorar.

— John, - dizia com certa dificuldade entre os soluços. - Ele fez isso, como ele pode...

— Shhh... - sussurrou enquanto acalmava o moreno. - Vai ficar tudo bem, Sherl. Quem fez isso? - ousou perguntar. Iria fazer de tudo para ajudar.

— Ele. - disse enxugando as lágrimas. - Aquele garoto esquisito. Moriarty. Só pode ter sido ele; ele acha que isso é algum tipo de jogo e quer que eu perca!

Mycroft desceu as escadas com um feição triste e ao mesmo tempo zangada, por ter deixado isso acontecer. Também ouviu o irmão falando sobre o Moriarty e se irritou mais ainda, culpando-o.

— Como você deixou ele te machucar de novo, Sherlock!? - parou em frente do casal. - Achei que tinha dito para nunca mais prestar atenção nele.

I don't need friends, I have you・Teen!lockOnde histórias criam vida. Descubra agora