23. A consultive detective

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Desde o dia em que John pediu Sherlock em namoro, o moreno ficava às vezes muito tímido e desastrado perto do loiro. John, por outro lado, não entedia muito bem o porquê. Achava que iriam ficar mais próximos, fazendo todas aquelas coisas que namorados fazem, mas não. O relacionamento dos dois era normal, mas sempre que John tentava beijar o moreno, o mesmo fingia que tinha outra coisa para fazer; ou tentava se afastar, por timidez, principalmente por estarem na escola. John compreendia isso e não sobrecarregava o moreno, para poderem ter uma relação saudável.

Algumas semanas se passaram e Sherlock estava na casa de John, estudando - frequentemente ia lá, principalmente agora que os pais do loiro voltaram de sua viagem e Harriet voltou para a casa -, quando escutou um barulho de celular tocando.

Olhou em sua mochila e percebeu que era seu irmão, Mycroft. Olhou para John - que estava quase morrendo para fazer uma atividade de Química - e suspirou, mostrando a tela bloqueada do celular, mostrando a chamada.

— Atenda logo. Ele é seu irmão - disse.

— Aposto que me ligou só porque sabe que eu estou na sua casa, - atendeu a chamada e começou a falar alto e claro para que Mycroft pudesse escutar - Às vezes eu não acredito que meu querido irmão seja mais inteligente do que eu, já que é tão infantil.

John riu. Iria começar outra 'briguinha' dos irmãos Holmes. Já presenciou várias discussões dos irmãos, mas foram sobre coisas tão bestas que na hora não sabia se tentava separar os dois ou se ficava se segurando para não rir.

— Ora, querido irmãozinho, isso é jeito de tratar seu irmão mais velho? - disse, com um tom sarcástico na voz.

— Fale logo o que quer, Mycroft. Espero que não seja mais uma de suas piadas sem graças.

— Achamos mais pistas sobre o caso.

Os olhos de Sherlock brilharam quando escutou aquilo; faziam semanas que não estavam encontrando nada. Finalmente algo apareceu para tirar o pequeno detetive consultor do tédio.

— E o quê é? - perguntou, um tanto excitado.

— Encontramos o homem que matou a senhorita Hill. - ficou em silêncio por alguns segundos, pegando algo que pareciam ser papéis, pelo barulho - Robert Scott, não tem nenhuma ficha criminal e aparentemente nenhum motivo para matar a senhorita Hill. Perguntamos ao ex-marido dela e o mesmo disse que ambos nunca o viram na vida. Achamos que alguém mandou ele matá-la, mas são só suposições, já que ele não abre a boca de maneira alguma.

— Interessante, - disse, com um sorriso estampado no rosto - Se sua suposição estiver correta, então significa que ele tem um Mestre. O verdadeiro psicopata. Além do mais, pode haver outras pessoas trabalhando para ele, isso não é um caso fácil.

— Se quiser pode vim até aqui. Tenho certeza que o sr. Lestrade iria adorar te ver.

Sherlock ficou pensando por alguns segundos se devia ou não ir até a Scotland Yard para ver o suposto assassino, mas estava preocupado com John. Não queria deixar o loiro sozinho, justo hoje que havia prometido ajudá-lo em Química. Mas instintos são instintos, e seus instintos estavam o mandando ir imediatamente à Scotland Yard.

— Vou estar em Scotland Yard em alguns minutos, - disse, em quanto John o observava com uma expressão séria. Sabia que iria irritar o loiro, mas iria dar um jeito depois - Me espere.

— Como quiser irmãozinho.

Com isso, Sherlock desligou o celular e se virou rapidamente para John que parecia estar um pouco... triste?

— John, eu sei que prometi te ajudar mas... - parou de falar quando foi interrompido pelo loiro, que começou a fazer carinho em seus cabelos.

— Eu sei. Assassinos são mais importantes, - riu - Se eu tivesse que escolher entre estudar e ir atrás de um psicopata, - parou, pensando no que responder - Não sei se sou capaz de escolher entre um dos dois.

I don't need friends, I have you・Teen!lockOnde histórias criam vida. Descubra agora