Capítulo 9

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 Então ele tinha uma irmã? Interessante. Virei minha cabeça em sua direcão e ele ainda estava olhando pra rua a sua frente, batendo os dedos indicadores no volante.

Tai mas uma coisa que já sei dele, a mania de ficar batendo os dedos no volante. Não sei se isso so acontece quando está irritado ou só quando estava  ao meu lado.

- Bom então vou indo.

 Queria sair daquele carro, pois ficar com ele irritado também começava a me deixar irritada.
Ele não falou nada apenas ficou me encarando, deixando-o com cara de confuso e naquele momento pouco me importava o que ele me falaria depois quando a gente se visse.

Entrei em casa e fui tomar um banho pra depois ir dormir.  Estava cansada e olha que não fazia nem um mês desde que William me fez sua proposta. Faltava apenas um dia para minha mãe chegar e eu tentar de algum jeito dar uma versão convincente, de como eu consegui um namorado em apenas quatro dias.

Conhecendo-a bem sabia que ela ficaria desconfiada, e me faria trilhões de perguntas, até por que se tem uma pessoa que descobre as coisas rápido essa pessoa é a minha mãe. Ela chegaria de manhã e eu estaria na faculdade. Mas um tempinho pra inventar uma mentirinha de nada, e que com certeza não iria durar muito tem já que William estava levando a serio esse negócio de reconquistar a ex. E vendo como eles se ralacionam nossa farsa não passaria de um mês.

...

Como sempre meu querido e amado despertador, com aquele horrível e estrondoso som me acordou, fazendo-me pular de susto na cama. Ah nossa. Meu cérebro reclamou com a pior dor de cabeça da face do mundo das dores de cabeça. Já vi que meu dia não começou nada bem.
Fui pro banheiro, fiz minha higiene e me arrumei, não ia tomar café mesmo então resolvi ir em direção a garagem pegar minha bicicleta.

William não me mandou mensagem e nem amanheceu batendo em minha porta, acho que ele ainda deve ta com raiva  por eu ter perguntado a Camila sobre o relacionamento deles. E isso pouco me importa. Ele decidiu não me falar então eu resolvi descobrir por conta própria.

Coloco meus fone e vou pedalando. Tenho um resumo das provas que irão acontecer daqui à alguns dia e eu preciso estudar, mas em quanto meu cérebro se recusar a prestar atenção nas coisas e só ficar pensando no atual estado de William e Camila já vi que isso vai ser impossível.

Não estou pedalando rápido, estou a uma velocidade considerável na rua que me serve de atalho pra faculdade. Até que ao dobrar uma esquina, meus olhos se arregalam e vejo um carro tentado sair de ré de um lugar na beira da rua que penso eu estava estacionado lá.

Sorte, muita sorte . Essa é a frase que  me resumiria naquele momento. Sorte  por estar com um capacete para ciclistas , sorte por não ter voado a vários metro do carro e ter me espatifado no chão, sorte  pelo carro estar dando de ré devagar e varias outras coisas que não pensei naquele momento, pois logo que vi o carro dando a ré tentei desviar mas a traseira bateu um pouco em minha bicicleta, mas especificamente na roda de trás me fazendo perder o controle e caindo logo em seguida.

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