Capítulo 33

384 42 10
                                    





Depois que saímos do zoológico, ele foi me deixar em casa. Durante o caminho todo William estava falante, parecia não se importar de estar conversando sobre sua empresa comigo. Não me importei, ao contrário, eu estava gostando daquilo, pois significava que ele estava se abrindo comigo. E foi o que eu mais gostei.

Eu tinha que aproveitar aquele momento. Lembrei que na cidade tinha um parque de diversões, me arriscaria a perguntar se ele queria ir comigo hoje à noite. Não tínhamos nada a perder. Parou o carro em frente à minha casa, me virei para ele que estava com a cabeça encostada no apoio do acento.

- Quer ir ao parque comigo? – ele me olha um pouco desconfiado e volta a olhar para a rua deserta, parecendo ponderar sobre o assunto.

- Não sei se...

- Qual é, vai ser legal.

Insisto e ele não diz nada, respira fundo como se estivesse cansado demais para discutir e balança a cabeça confirmando. Por dentro estou como fogos de artificio, explodindo de alegria. É visível, pois meu sorriso está de orelha a orelha.

- As 19:00 horas, não se atrase.

- ok.

Saio do carro quase praticamente saltitante, entro em casa e me apoio na porta. Não tem ninguém em casa, então me permito a sorrir mais ainda. As coisas estão avançando entre nós dois e espero ser pra melhor.

São seis e meia da tarde, subo tomo um banho rápido. Visto um vestido rosa claro e uma sapatilha e desço para comer algo. Confesso que hoje eu não queria sair para nenhum lugar, queria ficar sozinha e pensar em algumas coisas, mas isso foi impossível, já que estamos falando do William. Mas já que aqui estamos, aproveitarei ao máximo. Ouço a campainha tocar e vou para porta, abrindo vejo William com uma calça jeans preta e uma camisa vermelha, na qual deixa seu corpo definido a mostra.

- Vamos – como sempre vira e me deixa com cara de taxo parada na porta.

Dentro do carro dei o endereço do parque de diversões e seguimos para o mesmo. Passar alguns minutos chegamos, ele estaciona o carro e vamos para bilheteria. Ele não parece estar incomodado, mas parece querer saber como será. Canto vitória por dentro e começo a sorrir.

- O que foi? – me pergunta quando vê que estou sorrindo pra ele.

- Aonde vamos primeiro? – pergunto me referindo em quais dos brinquedos ele queria ir.

- Tanto faz.

Rolo os olhos e decido por fim que iremos na roda gigante. O parque não estava cheio, então as pessoas não demoravam pra entrar nos brinquedos, e as filas andam bem mais rápidas. Foi assim que aconteceu na nossa vez. Não demorou muito e já estávamos dentro, com a roda gigante girando. Cada um estava em um lado, com apenas o suporte dos acentos em nosso meio.

- Você sempre vem aqui? – William pergunta e eu demoro um pouco a responder.

- Antigamente, com o Alex.

- Claro – ele fala revirando os olhos e vira o rosto para outro lado.

A roda gigante para quando ainda estamos lá em cima. Me permito a desviar o olhar de William e daqui de cima vejo a cidade toda iluminada. A lua com o seu brilho sereno e misterioso, praticamente tudo tão lindo.

- É tão lindo daqui, não é?

- Muito – ouço William responder me encarando.

Também não digo nada e apenas quebramos o contato visual quando percebemos que temos que sair para outras pessoas terem sua vez na roda gigante.

PROPOSALOnde histórias criam vida. Descubra agora