Desde pequenos somos ensinados a não aceitar algo de estranhos ou sempre a nos afastar quando a "esmola" é boa, pois quando ela é demais, até o santo desconfia, não é mesmo?
Foi justamente isso que Lauren pensou quando William, seu mais novo vizinho...
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Acordo com o despertador apitando bem do lado do meu ouvido. E por incrível que pareça minha cabeça não amanheceu doendo como das últimas vezes. Talvez eu deva ir ao um médico mesmo.
Olho para o despertado e vejo que são seis e meia. Levanto e faço minha higiene para arrumar minha bolsa. Coloco quatro pares de roupas, calcinhas e sutiãs, além de um maiô de costa aberta que fazia um tempo que não mexia nele.
Desço e percebo que minha mãe ainda não acordou. Bom pra ela, já que ela passa a semana toda trabalhando duro, espero que fique na cama descansando por mais tempo. Pego cinco uvas da geladeira e como ao mesmo tempo em que ouço a campainha.
Deve ser Alex. Mas quando abro a porta me deparo com William. Está vestindo uma bermuda jeans e uma camisa polo azul escura. Ele não percebe pois está mexendo no celular, mas fico lhe observando.
Assim pela manhã com cara ainda inchada por causa do sono, lhe faz parecer tão indefeso e ingênuo. Pisco várias vezes tentando me controlar para não cair no seus gestos como se fosse um homem sendo atraído pelo canto de uma sereia quando ele me olha sério, indiferente e sem nenhum indício de que aconteceu alguma coisa entre nos ontem a noite.
- Esta pronta? - guarda o celular no bolso de trás e eu apenas confirmo com a cabeça - então vamos.
- Espera. espera só mais um pouco - reclamo.
- Por que? - pergunta levantando uma sobrancelha.
- Alex irá conosco.
- O que? - reclama franzindo o venho.
- Alex irá com a gente, então espere - vejo ele fechando os olhos e suspirando fundo como se estivesse contando até dez.
- Por que que esse cara vai com a gente?
- Por que ela me convidou.
Ouço Alex logo atrás com uma mochila nas costas e William nem se vira, fica apenas me encarando com um olhar mortal. Nessa altura do campeonato esse olhar já não me intimida tanto como nas primeiras vezes em que nos víamos.
- A festa não é minha então não tenho certeza se você pode ir.
Se vira para Alex cruzando os braços. Alex por sua vez bufa andando e esbarra por ele vindo em minha direção colocando seus braços em meus ombros.
- Mas tenho certeza que seu amigo não se incomodara - Afrontoso. Meu anjinho cochicha em meu ouvido.
- Amigo? - William pergunta.
- O dono da festa não é seu amigo? - Alex pergunta debochado.
- Não - responde sério.
- Seria mais estranho se fosse - Alex provoca e William da um passo em sua direção e eu me meto no meio.
- Parem com isso, já deveríamos esta dirigindo até a casa de césar. Agora vamos se não vocês verão meu estresse matinal.
Os dois me olham com vários pontos de interrogação em sua cabeças e eu apenas reviro os olhos deixando os dois pra trás, e Andando em direção do carro de William.
