Capítulo 11

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Chego na faculdade e pelo que percebi as aulas irão começar um pouco mais tarde hoje. O que é a minha deixa pra ir na enfermaria cuidar da minha mão que ainda está ferida.

Saio da enfermaria com a metade da mão enfaixada. Dona Eleonor, a senhora que é responsável pela enfermaria disse que eu precisarei trocar o curativo somente hoje à noite e amanhã pela parte da tarde, que minha mão irá sarar rápido.

Ando pelo corredor indo em direção a minha sala, entro e tem poucos alunos hoje, de cara vejo Alex que olha surpreso para minha mão.

- Não me olhe assim , depois te conto tudo!

Digo me sentando em uma cadeira à sua frente, ele também não diz nada e só me olha surpreso. Acho que ele está pensando que isso deve ter alguma coisa a ver com William. E ao me lembrar dele também lembro que ele ainda não me ligou, ou mandou mensagem, ou foi em minha casa. Deve está emburrado pelo o que aconteceu no restaurante.

Na verdade não me importo com oque ele pensou sobre aquelas perguntas para Camila, sinceramente tenho vontade de saber mais sobre ela, saber o que aconteceu de tão grave pra eles se separarem ao ponto de William não querer me contar.

Fico me perguntado como alguma mulher teria coragem de deixar ele, apesar de achar que o mal humor e a ignorância reina nele, não acho que só esses adjetivos sejam motivos pra alguém se separar, e pelo que vejo William gosta ou talvez até ame ela mesmo pra chegar a fingir um outro relacionamento só para fazer ciúmes nela.

- Quer me dizer o que aconteceu com a sua mão? Por favor  Lauren, me diz que isso não tem nada a ver com aquele cara - Alex fala andando ao meu lado indo em direção a saída da faculdade. Com certeza ele não está de bom humor hoje.

- Não Alex não tem nada a ver com William - paro bruscamente já no lado de fora perto da minha bicicleta.

- Então o que aconteceu pra sua mão está assim? não tente defender ele se ele te fez algo Lauren.

Eu nunca vi Alex assim, impaciente e com raiva, e isso é novo para mim. Quase nunca vejo ele assim e quando vejo não gosto de ficar ao seu lado pois ele fica insuportável. Apesar de ser meu melhor amigo ele também tem seus defeitos e não o culpo, afinal todos somos humanos e as vezes temos que expressa outro tipo de sentimento que não seja só alegria e amor.

Lembro-me de uma vez quando estávamos no fundamental, um meninos puxou meu cabelo e Alex foi tirar satisfações com ele. Na época me senti tão protegida que pensei que algum dia eu e ele poderíamos ter algo além da amizade. Mas só que o tempo passou, nós crescemos e percebi que nunca passaria de uma amizade com muito afeto. Sempre fomos muito chegados e esse lado protetor dele sempre de deixou segura.

- Não Alex, você tá me escutando? Não tem nada que envolva ele, isso aconteceu porque eu cai da bicicleta - Digo revirando os olhos e vejo sua expressão se aliviar quando digo sobre a bicicleta.

- Sério? Que horas foi isso? - fala com tom mais calmo mas sem deixar a preocupação de lado. Ele pega minha mão e tenta ver se foi muito grave.

- Hoje quando eu estava vindo pra faculdade, dobrei a esquina na hora que um carro estava dando a ré, bati na traseira e caí, não foi nada de grave só um arranhão.

- está doendo, alguém te ajudou? - Meu Deus do céu o que que deu nele pra ele tá tão protetor assim?

- Sim Alex, a garota que tava dirigindo me ajudou e até perguntou se eu queria ir no hospital, e para com isso que você está parecendo minha avó todo preocupado.

Respondo começando a ficar irritada com todas aquelas perguntas que ele estava fazendo. Acho que deve ser assim que William se sente quando começo a perguntar sobre a vida dele, sou um Alex versão feminina. Ele fecha os olhos e suspira, me olha de novo e me abraça.

- Me desculpa docinho, desculpa por me preocupar com você, não quis parecer um pé no saco, só me preocupei - também suspirei forte e me arrependo de ter me irritado com ele, se fosse com ele também me preocuparia.

- Tudo bem, agora me solta seu chato, tenho ir pois a mamãe já deve está em casa e eu tenho que ver um jeito de contar pra ela como eu encontrei um namorado nesses quatros dias - digo me soltando dele e dando um pequeno sorriso.

- Está bem, qualquer coisa me liga, você sabe que pode contar comigo sempre que precisar, sabe?

- Sei sim vovó, mais tarde nos falamos - digo dando-lhe um sorriso, já montada na minha bicicleta começando a pedalar.

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