Capítulo 14

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*Priscila

Eu sempre odiei a Tracy. Desde o momento que eu coloquei os olhos nela eu soube que ela não seria boa coisa. Eu tinha acabado de chegar nesse lugar e mal conhecia nada, só pensava em boas coisas, nada mais.

Então eu esbarro nela e ela me humilha. Depois de 1 semana ela reaparece e me pergunta se eu queria que ela me ajudasse a melhorar meu visual eu, burra que era, aceitei.

Não demorou muito para eu me vestir como ela, pensar como ela, imitar ela... Enfim, ser uma escrava dela. Por muito tempo eu planejava assumir o posto, até que ela finalmente deu suspeitas de uma possível paixão. É claro que eu não demorei muito para chegar nele, mas o estranho é que não foi difícil, que foi até fácil pois o que a Tracy dava e fazia a ele, não era amor.

Quando ela descobriu tudo sobre nós, me expulsou do grupo e eu passei a andar sozinha, até encontrar duas garotas perfeitas para ocuparem o posto que ainda estava vazio. Eu não o larguei nem o deixei ir, continuei com ele pois, apesar da minha intenção na época não ter sido a mesma de hoje, eu ainda sinto a mesma coisa de quando eu o beijei pela primeira vez.

-Hummm, dona Tracy! Planejando um novo boy? Cuidado para não acontecer como na última vez viu?-digo rindo.

O meu grupo me acompanha e ela me olha com ódio.

-Tenha certeza que não. Eu não serei tão burra como da última vez.-ela rebate.
-Veremos.-respondo.

Ela me dá as costas e sai em direção á sala de aula em passos furiosos.

-Vá pela sombra, bosta no sol seca!-gargalho.

Não a avisto mais, o que significa que ela entrou na sala de aula. Olho no relógio e vejo que ainda tenho 5 minutos. Saio a procura de Carlos. O encontro afinando o violão.

-Oi meu amor!-digo animada.
-Oi.-ele diz me dando um selinho.
-Fazendo o quê?-pergunto.
-Tentando compor uma música, mas está complicado, não estou com inspiração.
-Basta apenas você pensar em coisas boas.-sorrio.- Quer ver? Relaxe seus ombros e feche seus olhos.

Ele me obedece.

-Muito bem, agora pense em coisas que te fazem feliz.
-Está bem na minha frente.-ele diz abrindo os olhos.

Sorrio abertamente e o beijo.

-Soube que já estava provocando a Tracy logo cedo.-ele nos separa.
-É...
-Deixe-a em paz Priscila.
-É que sabe, que não consigo. É quase que impossível não provocá-la!-exclamo.
-Eu sei que ela não é lá uma das suas amigas, mas você deveria dar uma chance á ela.
-Jamais!-reviro os olhos.
-Por que não?
-Ah porque....-o sinal toca me interrompendo.

Dou um beijo e me despeço pronta para seguir o caminho á sala de aula.

P.S. Eu Não Ligo Pra Você Onde histórias criam vida. Descubra agora