• Capítulo 4 •

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Luna

Acabei pegando no sono e nem percebi que Lucas foi embora, para variar sem se despedir de mim, acho que não queria me acordar. Já são quase dez horas e daqui há pouco irei dormir, espero que meu irmão apareça logo, não gosto de ficar sozinha nesse apartamento. Lá onde eu morava antes de vir para o Rio, era uma pequena cidade localizada no interior da Itália, onde você conhecia a maioria das pessoas. Em casa sempre tinha festas para os familiares e alguns amigos da família, quase não me enturmava, sou muito tímida quando o assunto é fazer amizades, sem falar que a maioria das minhas primas são todas cheias de frescuras e gostam apenas de falar sobre coisas fúteis e como nunca estava ou estou por dentro do assunto delas, acabava por ficar em um canto qualquer observando a festa. Mas meus irmãos desde cedo já tinham fama de pegadores, eram considerados os meninos mais bonitos de lá e por isso foi muito triste a partida deles para o Brasil. Todos lamentaram muito, as que mais "sofreram" foram as meninas que se diziam ''apaixonadas'' por eles. O que pra Rafael era algo INCRÍVEL, pra Erick era desnecessário, ele sempre foi apaixonado por Helena, uma bela morena de tirar o fôlego, o problema é que ela namorava um garoto riquinho da cidade vizinha. Sempre desconfiei que ela apesar de namorar gostava de meu irmão, o problema mesmo nem era esse, era sua mãe, uma megera de quinta categoria que só pensava em dinheiro ( Sim, pensava pois morreu de câncer três anos depois que meus irmãos se mudaram ). Fez a filha se casar com o tal garoto só pra sair da vida de "pobre" como ela mesmo dizia, agora Rafael nunca se apaixonou, namorou ou ficou mais de três dias com a mesma garota. O que se pode observar muito bem em meus irmãos é o fato deles serem gêmeos de fisionomia e diferentes em modo de pensar, agir, falar e ser. Por tal motivo papai fazia de tudo pra tentar entender a cabeça de Rafael, mas sempre falhava nas primeiras tentativas, tanto por ela ser bem confusa tanto por ele quase nunca se abrir com a gente. Mamãe era a única que conseguia arrancar algo do mesmo, isto é quando o mesmo queria falar, já Erick era totalmente aberto em relação ao que pensava e sentia, completo oposto do irmão e quanto à mim sempre fui mais na minha, conversava bem pouco sobre meus sentimentos, entretanto aprendia bastante com as histórias que minha mãe me contava de quando era jovem.
Saio dos meus pensamentos e vou limpar a sala, apesar de estar com muito sono consigo terminar a limpeza e desligo a TV, guardo os filmes em seus devidos lugares, em seguida vou pro meu quarto, pego uma camisola de pano molinho na cor salmão, uma calcinha toda de renda e vou para o banheiro, rumo ao meu calmante muscular.

Foi eu apagar às luzes da casa que meu irmão chega completamente bêbado e engana-se quem pensa que estava sozinho, ao seu lado Nicolas se encontrava no mesmo estado. Ajudo ambos a entrar quase caindo com eles no chão e deixo o amigo do meu irmão no sofá, caminho com Rafael para seu quarto onde coloco ele bonitinho em sua cama, em seguida vou até a lavanderia, pego um cobertor e um travesseiro para Nicolas, ajeito ele no sofá maior da sala, que por acaso será sua cama hoje e um pouco sem fôlego devido ao esforço que fiz eu volto pro meu quarto, agora tudo o que mais desejo é deitar na cama e ter uma noite de sono maravilhosa.

Nicolas

Cansado de ficar nessa merda de sofá desconfortável eu me levanto decidido a ir arrumar um lugar mais confortável, então me dou conta que dormir com Rafael é suicídio e Erick sempre tranca seu quarto quando não está no apartamento, sendo assim o único lugar que me resta é o quarto de Luna, involuntariamente eu acabo ficando excitado, ignorando isso ando em passos largos e silenciosos até seu quarto, abro a porta com cuidado, não quero fazer barulho, o problema é que me deparo com a escuridão, por estar bêbado pra cacete opto por acender a luz, isso facilitará muito as coisas, jogo meus sapatos em um canto qualquer, tiro minha blusa social e minha bermuda ficando só de cueca, acendo o abajur e apago a luz do quarto, ando até sua cama e deito, apaguei a última luz acesa e fecho meus olhos afim de finalmente dormir em um lugar que preste. A cama da garota, cujo odiei saber que era gorda, mas fazer o quê? É melhor que provavelmente sofrer um deslocamento nas costas por ficar naquela droga de sofá. 

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