• Capítulo 7 •

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Lucas precisou viajar com urgência pra Londres, lugar onde nasceu e viveu até seus quinze anos, Erick reencontrou seu amor de infância que era Helena, garota morena que teve que se casar com o namorado rico porque a mãe quis e blá blá blá. A mesma está grávida de seu ex-marido que a traiu com uma sirigaita de quinta e sumiu no mapa com sua amante deixando apenas um bilhete pedindo desculpas, a assinatura do divórcio e uma boa quantia de dinheiro. Pelo que Erick me disse a mesma ficou super feliz, não aguentava mais o marido e toda aquela ladainha. Meu irmão claro, pretende assumir a criança pois ama de mais aquela mulher, Rafael o xingou de trouxa, idiota, babaca e eu o parabenizei por assumir um papel que muitos não gostariam nem de imaginar, claro que também por finalmente encontrar a felicidade. Também descobri que Isabelly tem uma quedinha leve de uns trinta e quatro andares por Rafael e que o mesmo nem bola pra ela dá, e eu como uma boa pessoa que sou, irei ajudar ela a conquistar ele, nem que seja só pra terem uma transa casual como essas pessoas costumam falar. Já minha mãe e meu pai pretendem fazer uma viagem e irão levar Zac, não querem nos dar trabalho deixando meu irmão caçula aqui.

Nicolas está bem estranho. De sete dias da semana seis e meio ele passa em casa, me traz flores, cartões com mensagens românticas, cestas de chocolate e até me convidar pra jantar já convidou. Em compensação Rafael me proibiu de se quer pensar em querer sair com seu amigo, o mesmo alega que Nicolas não quer algo sério comigo, busca apenas diversão e que não devo cair em seus encantos. Erick disse quase a mesma coisa, ficou todo bobo mais ao mesmo tempo uma fera quando disse que Lucas me beijou duas vezes. E o mesmo disse que esse sim era um bom partido pra mim, mas que não deveria me apaixonar.

Sábado

Hoje estou de folga tanto do café quanto da faculdade, estou pensando em ir ao cinema, mas sozinha é muito chato, sei que meus irmãos pediram pra mim manter distância de Nicolas, só que a gente poderia ser amigos não é mesmo? Mando uma mensagem pra ele perguntando se quer me acompanhar e enquanto a resposta não vêm vou até meu quarto escolher uma roupa pra ir, e mesmo que ele não vá, eu sei que vou do mesmo jeito. Depois de estar devidamente pronta e de arrumar a bagunça que fiz em meu quarto, pego uma bolsa e vou direto pro shopping, antes chequei meu celular e vejo uma mensagem de Nicolas confirmando sua presença, aviso pra me encontrar no shopping e lá vamos nós para uma tarde de sábado. Cheguei no cinema e nem precisei procurar por ele, o mesmo estava me esperando perto de uma das salas. Sigo em sua direção com as bochechas coradas, não sou acostumada a sair com outros homens que não sejam meu pai, os gêmeos ou Lucas. Chego até ele que me olha dos pés a cabeça e faz uma careta como se desaprova-se minha roupa, mas seus olhos estão escuros e a pupila está dilatada.

Ele volta a olhar em meus olhos e logo se apressa em dizer:

- Você está linda, não pense que não gostei, é só que... está meio justa de mais essa roupaz, não?

- Hum, obrigada é eu acho que minha roupa esta perfeita, agora vêm, vamos escolher um filme e comprar pipocas.

- Tudo bem, posso te fazer uma pergunta?

- Acabou de fazer. - Puxo ele pelas mãos e começamos a andar em direção a uma enorme fila pra comprar pipoca, já tenho um filme em mente por isso iremos enfrentar essa primeiro.

- Engraçadinha. Quero saber o que Rafael e Erick falaram sobre mim pra você. Sei que eles não aprovam nós dois como um casal.

- Não aprovam mesmo, e eles só me disseram coisas que eu já sei sobre sua pessoa ou já desconfiava e não se preocupem já disse pra eles que pretendo e seremos só amigos, Nicolas. - Olho pra ele que agora tem uma cara séria, começa a resmungar algumas coisas e solta sua mão da minha em um gesto brusco.

Paro em sua frente e cruzo os braços pra mostrar que não estou gostando nadinha da sua birra de criança.

- Amigos? Francamente me poupe não quero ser só seu amigo quero muito mais que isso, Luna.

- Amigos sim, se está insatisfeito vai embora oras.

- Não irei embora, tudo bem, tudo bem, apenas amigos. Mas ainda irei te mostrar que podemos ser muito mais que isso.

- Tanto faz Nicolas, agora ande logo que eu quero pipoca.

Passamos vinte minutos na fila e conversamos sobre várias coisas. Conheci um pouco sobre seu gosto e contei sobre as várias vezes que me meti em furadas por ser meio atrapalhada. Rimos muito com as histórias breves que contamos e os vinte minutos que passamos na fila pareceram segundos. Nicolas é um homem bonito e, até me explicou o porquê de me olhar daquele jeito na primeira vez em que nos conhecemos. Por fim disse que estava tentando mudar, fiquei muito feliz e até lhe dei um beijo na bochecha, logo depois de comprarmos pipoca e os ingressos fomos para a sala do cinema e mais conversamos do que assistimos o filme. Rimos tanto que uma mulher quase chamou um guarda pra nos tirar de lá.

- Você viu a cara daquela garota quando você riu?

- Sim.

Rimos mais um pouco.

- Ela só faltou se derreter com sua risada.

- É, já você parece bem imune aos meus dons de enlouquecer as mulheres.

- Baby, eu sou muita areia pro seu caminhãozinho. - Nicolas ri e me olha com um sorriso perverso brincando nos lábios. Não tenho tempo de raciocinar pois logo estou com a cabeça e o corpo colado ao seu .

Ele inspira profundamente o cheiro dos meus cabelos e rodeia seus braços em minha cintura, Abraço a sua também e minhas narinas são invadidas por seu perfume amadeirado, o que me faz soltar um suspiro. Essa sensação de ter um amigo é muito boa. Porque é isso que somos, amigos!
Nunca tive amigas, como eu disse era tímida de mais pra me enturmar, vejam agora, aqui no Brasil já tenho Lucas, Rebeca, Nicolas e até Isabelly a secretária de Rafael. Abro um sorriso largo e me aninho mais em seus braços, me deixando ser preenchida por seu cheiro, ele é impregnante.

Ele se separa de mim com relutância e começamos a andar pelo shopping. Peço para irmos a alguma praça ou algum lugar ao ar livre.
Meia hora depois Nicolas estaciona o carro em uma praia meio deserta. Olho para o relógio no painel de seu carro e vejo que são cinco e vinte.
Descemos do carro e tiramos o sapato deixando os lá dentro pra não sujar.
Nicolas começa a correr pela areia e eu só observo. Chega perto de mim e manda eu correr, diz que irá me fazer cosquinha e eu nada tonta obedeço sem pensar duas vezes.

Nicolas

A cada dia que passa, a cada sorriso que vejo Luna soltar por pensamentos bobos ou coisas mais toscas ainda que vê, eu sinto meu coração ser preenchido por um sentimento estranho. Não sei descrever ele e mesmo se soubesse, acredito que não seria suficiente. Estou correndo atrás dela agora igual um idiota por essa praia, não porque quero fazer "cosquinha" nela, fala sério, eu sou um homem não um moleque, estou correndo porquê ouvir o som de sua gargalhada é espetacular e se eu tiver que correr pra ouvir ele, eu o farei. Maldita seja ela por me causar essas sensações tão estranhas e idiotas. Nunca na minha vida me imaginei fazendo isso com uma garota, nem na minha adolescência eu fiz isso e olhe agora!? Quando finalmente a alcanço, seguro com toda força e delicadeza que possuo pra não machucar, muito menos deixar escapar. Sei que eu disse que iria fazer cosquinha, mas acho isso tão tosco, tão infantil que apenas me delicio com a sensação de ter ela em meus braços. Estamos de frente pro mar, abraçados observando a bela paisagem a nossa frente e Luna está calada, quieta de mais, sua respiração está se normalizando aos poucos.

- Por mim eu ficaria pra sempre aqui. - Ela vira pra mim sorrindo e se aconchega mais em meus braços.

- É, eu também. Obrigada Nico pelo dia de hoje viu? Lá na Itália era bem difícil eu sair acompanhada de alguém que não fosse da minha família sabe? Amigos então... impossível.

- Eu que deveria agradecer. Pra falar a verdade queria te pedir desculpa novamente pela forma que te tratei na primeira vez que a gente se conheceu.

- Eu te perdôo relaxa, agora será que dá pra gente curtir esse finalzinho de tarde?

E assim fizemos, sentados na areia ficamos até escurecer e a lua atingir o ponto mais alto no céu. Abraçados e felizes dividindo a satisfação pelo dia de hoje.

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