• Capítulo 30 •

7.7K 736 51
                                    

- Que tal a gente se ver amanhã?

Nicolas pergunta com uma pontinha de esperança na voz.

Meu silêncio foi a resposta pra ele entender que eu não poderia.

Com um suspiro de derrota diz com uma voz desanimada:

- Tá legal então. Eu só queria mesmo ter um almoço com você sem a interrupção daquele doutorzinho. - Solto um resmungo baixo ao me lembrar da vergonha que passei ao ser expulsa do restaurante por causa deles e respondo:

- É, infelizmente teremos que deixar pra próxima, agora se me der licença eu tenho que desligar, nos falamos depois.

- Claro, até mais princesa.

- Até... - Desligo o telefone e me sento no sofá cansada. - Já vai fazer 1 semana desde que meus pais e Zac chagaram da Itália, que passei a maior vergonha da minha vida com Mauro e Nicolas e que estou fugindo dos dois como o diabo foge da cruz. Vocês devem estar se perguntando "que merda aconteceu?"

Então eu respondo:

Lá estava eu linda e bela com um vestido azul que se moldava perfeitamente em meu corpo e valorizava as curvas certas no restaurante cujo eu tinha chegado cinco minutos mais cedo. Isabelly claro não perdeu a oportunidade de me perguntar onde Nico e eu iríamos almoçar e isso só foi o começo do que estava pra acontecer.
O almoço foi esplêndido, era como se Nicolas e eu estivéssemos nos conhecendo pela primeira vez, sem nenhuma memória do passado pra estragar o momento, mas foi só o garçom se aproximar e nos entregar a sobremesa pra mim perceber a linda e maravilhosa presença de Mauro, em uma mesa atrás de Nicolas só que um pouco mais no canto, basicamente quase nem dava pra ver ele ali.

Fingi que aquilo não era nada, afinal ele poderia estar lá pra almoçar como qualquer outra pessoa, SÓ QUE NÃO, ele não estava lá pra almoçar, na verdade depois de toda a confusão eu descobri que ele estava lá só pra espionar meu almoço com Nicolas e claro que tinha dedo de Isabelly naquilo, aquela lá nunca deu ponto sem nó.

A confusão foi pois Nico resolveu dar uma de galanteador, me puxar pra dançar e ficar tentando provocar Mauro que nos encarava com fúria.

Pelo visto não era só eu que tinha visto ele.

Quando ambos se irritaram pela situação, partiram pra briga verbal e eu completamente envergonhada tentei controlar os ânimos deles. O problema foi quando eles partiram pra briga física, aí tudo piorou. Os seguranças apareceram e nos expulsaram de lá como cachorros sarnentos. Minha cara foi ao chão quando um dos armários ambulantes disse que nossa entrada naquele restaurante estava proibida, só porque eu adorei aquela comida e estava pensando em ir pra lá sempre que possível. Vê se isso pode gente?!

Mas a vida ama uma boa comédia, não é mesmo?

Enfim...

Agora aqui estou eu completamente brava com ambos os crocodilos que não são homens são moleques por não saberem controlar os próprios hormônios.

- MANAAAAAAAA eu quero tomar sorvete.- Zac senta ao meu lado e com os olhos pidonhos me encara. Não resisto e acabo fazendo sua vontade.

-Tá, vai se arrumar que vou te levar a uma sorveteira. - Ele não perde tempo, corre escada acima e eu sorrio contente por ter meus pais e ele perto de mim mais uma vez.

Enfim a família inteira reunida.

- Mana repete o nome disso de novo é engraçado. - Zac balança suas perninhas enquanto lambe seu sorvete de duas bolas e me encara com seus grandes olhos castanhos.

- Brigadeiro amor. - Ele ri e volta sua atenção para o sorvete, ficamos um bom tempo lá na pracinha, até ele terminar sua sobremesa e correr pra brincar nos brinquedos. Enquanto eu apenas fico sentada no banco encarando ele se divertir.

- Vai ficar me evitando até quando, anjo? - Tomo um susto ao ouvir a voz de Mauro e entorto meu pescoço pra olhar em sua direção, que me encara com uma expressão preocupada no rosto.

Sério isso?

- Não sei, quem sabe quando você parar de ser idiota. - Volto meu olhar para os brinquedos. Mauro se senta ao meu lado e passa seu braço pelos meus ombros.

- Você não percebe? - Sussurra no meu ouvido e involuntariamente acabo ficando arrepiada.

- Não sei do que está falando. - Não me olhem assim! Eu realmente não sei o que eu não percebo. - Ele solta um riso baixo e volta a sussurrar em meu ouvido me causando mais uma onde de arrepios.

- Você está me castigando, acha que ficar uma semana longe de você é fácil? Não, não é!! NA VERDADE, estou pensando em tentar me matar pra ver se você volta a falar comigo. - Olho pra ele assustada, embora ache que ele não seria tão louco de fazer isso. Ele ri e me lasca um beijo de tirar o fôlego.

Somos interrompidos por Zac que praticamente grita:

- POR QUE VOCÊ ESTÁ BEIJANDO MINHA IRMÃ? - Mauro separa seus lábios do meu e com um sorriso de satisfação se vira pra encarar meu irmão, que nos encara com uma expressão de raiva no rosto, essa que o deixa ainda mais lindo e fofo.

Estou corada, eu sinto isso, minhas bochechas pegam fogo e o meu corpo também.

- Vou contar pro papai Luna. Ele cruza os braços e se vira pra Mauro que encara a situação com graça no olhar.

- Você vai ver só, papai vai quebrar sua fuça por tocar na minha irmã. - Não sei se fico apavorada ou do risada. Apavorada porque Zac é o maior dedo-duro, ou se dou risada por ele tentar parecer intimidador quando está sendo fofo.

- Te compro um sorvete se me prometer não contar pro seu pai sobre o que viu. Mauro encara Zac com uma de suas sobrancelhas erguidas e eu prendo o riso pela cara de ofendido que meu irmão fez.

- Você está comprando meu silêncio? Papai disse que isso é errado! Mas eu vou querer muito mais que um sorvete pra não falar nada. - Reviro meus olhos para os dois e me desconcentro da conversa deles.

No fim acabei perdoando Mauro e de brinde ganhei mais um de seus deliciosos beijos.

Zac ganhou mais coisas do que poderia carregar e eu ri muito ao perceber que Mauro gastou horrores, só para que meu irmão ficasse em silêncio sobre o beijo que viu.

- Preciso entrar, Mau mau. - Ele segura meu braço e olha dentro de meus olhos antes de perguntar:

- Você não está mais brava? - Dou lhe um pequeno sorriso e dessa vez quem parte para a iniciativa de um beijo sou eu. - No fim acabei por perceber que o restinho de sentimento que falei sentir por Nicolas não passava de amizade, um amor sem malícia.

Esses sete dias me ajudaram a pensar bastante sobre meus sentimentos e decidi que não vou dizer que gosto de mau mau pois o que sinto é amizade assim como sinto por Nicolas. Eu o amo, mas não é paixão como disse antes e repito mais uma vez é amizade. Só espero que Nicolas consiga entender.

E quanto ao Mauro, bom somos grandes amigos e no momento apesar de adorar seus beijos não pretendo me apaixonar.

Sexy Girl Plus SizeOnde histórias criam vida. Descubra agora