• Capítulo 8 •

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Prazer Isabelly Marques, poucos me conhecem então irei me apresentar melhor. Sou aquela garota que se tornou sem esperar amiga da irmã do meu chefe, o cara por quem sou apaixonada, Luna desconfia ou melhor já até chegou a afirmar, porém neguei, sei que o irmão dela não é o cara que costuma namorar ou se quer ter uma relação que envolva títulos ou sentimentos. O negócio dele é foder e descartar. E eu não nasci pra ser usada como papel higiênico e descartada depois que usam.

Pelo contrário, sonho em montar uma família e ser feliz, sofri muito na mão de algumas pessoas por ser negra, mas nunca abaixei a cabeça. Perdi meus pais três meses depois de completar vinte anos, eles me criaram para ser independente, acho que já sabiam que não iriam ficar por muitos anos na Terra. Antes de morrer mamãe me fez prometer que nunca me entregaria a um homem sem realmente amá-lo. Três anos se passaram e por mais que às vezes sinta um incontrolável desejo por Rafaell sei que não me jogarei em seus braços como uma puta qualquer. Sou virgem se querem que eu seja mais específica. Sempre me virei sozinha e essa minha ''paixão'' por ele começou quando quase fui estrupada em um beco, eu tinha acabado de sair da minha última entrevista, completamente derrotada, pois o jeito como aquela mulher me olhava já sabia que não iria conseguir arrumar um trabalho naquele lugar, e se consegui-se sofreria muito. A realidade estava nua e crua diante dos meus olhos naquele dia, era por causa dessas e outras coisas que o mundo está desse jeito, eu via bem nítido em seus olhos o nojo que sentia por mim, por eu ser negra. Claro que ela não precisou de palavras ou agressão física para me fazer se sentir humilhada, seu olhar o fez. Saí tão mal de lá que nem percebi que acabei tomando um rumo diferente de meu trajeto real. E acabei por parar em um beco, onde era mal iluminado e fedia, as ruas estavam praticamente vazias e não tinha ideia de onde estava ou de como voltaria para casa.

Acabei ouvindo um barulho e fiquei com tanto medo que minhas pernas travaram, não sabia o que fazer, fechei os olhos e comecei a orar silenciosamente. O barulho vinha se aproximando de mim gradativamente e cada vez mais, eu ficava apavorada, quando me dei conta senti uma mão forte cobrindo minha boca e me fazendo querer chorar, enquanto a outra passava por entre as curvas do meu corpo, o homem que estava com as mãos em mim começou a sussurrar palavras chulas que acabou aumentando ainda mais meu desespero. Fiquei apavorada e a todo custo tentava me soltar, foi quando vi um farol de um carro se aproximar, fiquei feliz por ser talvez minha salvação e a medida que o carro se aproximava me debatia mais e mais, mordia a mão imunda do homem e passei a gritar bem alto por socorro, porém minha voz foi substituída por um grito de dor quando o homem acertou um soco em meu rosto.

Antes que ele pudesse me bater mais, o mesmo foi puxado de cima de mim pela pessoa que estava dentro do carro, pude ver antes de cair o homem a qual me machucou apanhar como um animal indefeso. Quando cai no chão acabei batendo a cabeça então a última coisa que lembro antes de desmaiar foi de ter ouvido a voz de Rafaell falando mil palavrões em vários idiomas, que se a situação não tivesse sido trágica teria rido. Logo após isso acordei em um hospital com o mesmo do meu lado segurando minha mão, quando ele acordou pois estava dormindo, abriu seus lindos olhos, me olhou e eu perdi o chão, instantaneamente me apaixonei por meu anjo da guarda.

Desde aquele dia Rafaell me deu o emprego de secretária e não vou dizer que viramos amigos, pois ele disse que não tinha amigas mulheres. Na visão dele, elas foram feitas para foder e descartar. Assim foi o que ele disse.

Claro que não contei pra Luna isso, mas convenhamos que pretendo. Assim como pretendendo também conquistar seu irmão. Mamãe sempre me mandou correr atrás de meus objetivos, e eu o amo e sei que posso mudar esse jeito galinha dele. Basta uma chance e eu o farei.

Josh entra correndo em minha sala como um furacão, rio com seu jeito atrapalhado que passa a maior parte do tempo ligado.

Josh é lindo, um loiro de tirar o folego, porém poucos são os que sabem que ele é gay, seu jeito não denuncia nada, só fiquei sabendo porque um dia peguei Rafaell com uma putinha de GTA e fiquei muito triste por ver aquela cena deles no maior amasso.
Então sai correndo da empresa aos prantos, aquilo me machucou muito. No entanto em meu trajeto pra sei lá onde trombei com Josh, nós dois fomos para o chão e eu sem pensar beijei ele, porém o mesmo não me correspondeu, frustrada por isso eu perguntei o que se passava e com a maior naturalidade do mundo ele me disse que era GAY, um desperdício, sim eu sei, depois desse episódio viramos melhores amigos, alguns até já chegaram a pensar que somos namorados, inclusive Rafaell.

— TERRA CHAMANDO ISABELLY.

— Por que gritar paby? — Pergunto exasperada, esse grito me causou dor.

— Estou falando aqui a mais de meia hora e você não está nem fingindo prestar atenção, amor.

— Desculpe-me, estava pensando naquele dia que te conheci. — Rimos e logo em seguida ele se levanta me puxando para se levantar também.

— Vamos embora vai, o expediente já acabou e estamos LIVRES PARA TRANSAR MUITO.

Não teve como não rir e ao mesmo tempo ficar corada pois acabo de me dar conta que já estamos fora de minha sala, as pessoas que transitam por esse espaço uns nos olham com cara de ''SAFADINHOS'' outros com cara de ''GUARDEM ISSO PARA SI MESMOS, SEUS IDIOTAS'', e meu chefe me olha com cara de quem pretende me matar em breve.

Dou de ombros e logo estou em frente a Josh e meu chefe que nos olha com uma cara bem irritada, Josh percebendo o que se passa coloca suas mãos em volta de mim como se fôssemos namorados e beija meu pescoço, tenho certeza que está olhando para Rafaell com uma cara de quem diz ''Não deu valor perdeu''. Meu chefe me olha nos olhos e logo após, começa a recitar as regras de que é proibido relacionamentos dentro da empresa, o que pode comprometer a mesma e todo aquele blá blá blá que se tu não conhece sugiro que nem queira conhecer. Dou um passo para frente ficando ainda mais perto do mesmo e logo sou invadida por seu perfume masculo, que deixa qualquer um inebriado.

— Já conhecemos as regras Sr. Colins e pode se tranquilizar pois Josh e eu não temos nada além de uma grande amizade. — Ele me olha com cara de quem vai me matar por ter respondido assim, mas também vejo certo alívio em seus olhos. O que posso dizer sobre isso é que de uma coisa eu sei, esse homem também sente algo por mim. Não importa se terei que me machucar, mas que irei despertar esse seus sentimentos obscuros, EU IREI.

Sou Isabelly Marques a garota que quando quer algo persiste e corre atrás até que suas últimas gotas de energia e esperanças se acabem. Dou as costas para o mesmo e começo a botar meu plano em ação, quando chegar a hora certa em que saberei que o mesmo está aos meus pés, eu estarei pronta e irei fazer Rafael se surpreender. Ligo para Luna e conto tudo, sei que se precisar de algo ela me ajudará.

Sexy Girl Plus SizeOnde histórias criam vida. Descubra agora