• Capítulo 23 •

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Estou com o coração em pedaços. Nunca achei que um coração machucado doeria tanto, quanto um braço quebrado.

Mas dói!

Eu não fui suficiente? É isso? Eu sei que ele era homem e tinha suas necessidades, mas isso não justifica seu ato inconsequente. Acredito que quem ama, respeita e é até mesmo capaz de passar por cima de seus desejos carnais para esperar o tempo da pessoa amada, e não sair por aí...

Eu só... nunca imaginei que isso iria acontecer. Já se passou bastante tempo desde que fiz as fotos e voltei com Nicolas, hoje ia ser o dia em que ele iria me pedir em namoro, o dia em que a felicidade estaria estampada em meu rosto para todos verem, mas ao contrário disso, veio a tristeza, a dor, a mágoa e a raiva que se fez presente em todo meu corpo.

Ele estava lá em cima daquela mesa transando com a vadia da amiga dele. Amanda, um nome bonito pra alguém tão fútil e idiota. A alguns dias atrás, Nicolas tinha me deixado plantada na cadeira de um restaurante pra ir simplesmente buscar sua amiga no aeroporto. Eu entendi, relevei, ela parecia ser uma pessoa bem importante pra ele, logo depois que ele saiu, Mauro chegou e quando me viu, veio sentar-se comigo, ficamos conversando por horas, passeamos e até parecíamos um casal, apesar dele ser uma pessoa legal e eu ter um sentimento inexplicável por ele, o mesmo não era o Nicolas, é, eu queria que fosse, mas não era.

Bem...

Os encontros dele com a amiga tinham ficado mais frequentes, as poucas vezes que nos encontramos, ela demonstrou todo ódio e nojo que sentia por mim. É claro que Nicolas percebia, mas, preferia ficar calado, assim como eu que não ficava dando trela para as provocações dela.

E olhe agora!

Aqui estou eu, sentada no banco de uma praça, com o fone no último tocando a música mais triste que tenho no celular, enquanto meus olhos se enchem de lágrimas a cada vez que as imagens daquela cena repugnante, me vêem a cabeça.

'' — Onde vai, baby ? —  Já faz um tempinho que Erick voltou junto de Helena e da pequena Julia.

Eles mais ficam aqui do que no apartamento deles, o que particularmente eu adoro.

Vou sair, posso querido? — Prendo o riso quando ele faz uma cara de bravo.

— Pode, mas não volta tarde em!

— Pode deixar, coronel. Saio de casa com um sorriso enorme, hoje vai ser o dia que Nicolas, enfim, vai me pedir em namoro em um jantar, claro. Eu sei porque ouvi ele falando.

Então o que custa eu ir fazer uma visita pra ele na empresa antes não?

[...]

Depois de quase ter um treco, enfim eu chego ao meu destino, pago o táxi e depois de me identificar e essas coisas chatas que temos que fazer na recepção, eu entro no elevador. Primeira parada mesa da minha diva, cunhadinha.

— O que fazendo aqui, Lu?

— Vim ver o Nico. — Digo com um largo sorriso.

— Cara, nem sei porquê, perde seu tempo, com ele.

— Porque eu gosto dele, igual você, gosta do meu irmão. —Sento na cadeira à sua frente e ela me olha com uma cara  impaciente.

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