Capitulo 1

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Depois de um mês de férias, estar de volta ao colégio não é uma coisa nada agradável, mas obrigações são obrigações. Me levantei depois de sentir o sol em meu rosto. O relógio marcava 6:30h e eu estava atrasada, como de costume. Fiz minhas higienes, tomei meu banho e coloquei minha roupa.

Penteei meus fios castanhos e depois passei um reboco no rosto para aliviar as imperfeições. Peguei minha mochila com os meus devidos materiais postos e desci. Me deparei com meu pai, que abriu um sorriso enorme ao me ver.

- Pai, porque você está sorrindo? São 7:00h da manhã. Quem está feliz as 7 da manhã, seu Rodrigo? - indaguei

- Tenho uma filha linda na minha frente, como não estaria?

Cara de apaixonado isso sim.

- Então me diga que sou sua filha preferida, por favor.

- Não começa.

Eu tinha uma irmã de 9 anos, ela não morava comigo e sim com os meus avós. Mariana era uma criança aos meus olhos e aos da sociedade, mas ela sempre se intitula como uma "mocinha", e se olhar pro jeito que ela anda, fala e se veste, pode se jurar que a pirralha tem uns 16 anos. O fato de Mariana morar com meus avós é que meu pai não é lá um pai que se diga responsável, mas isso não o impedia de ser um pai amoroso. Apesar da pouca idade, Mariana as vezes se culpa pelo fato da morte de nossa mãe, já que ela morreu ao dá a luz a minha irmã, e por esse motivo Mariana acha que papai a rejeita e quer se ver longe dela.

- Por favor, se comporte no colégio. - Disse meu pai

- Eu não tenho 6 anos, pai.

- Se cuida. - Após me dá um beijo na testa, papai desapareceu de minha vista e se encaminhou ao seu trabalho

Fui a cozinha tomar café. Mesmo atrasada, engoli um suco de laranja que Maria havia preparado. Ela era como uma mãe para mim, trabalha com minha família há 20 anos, cuidava com de mim com uma proteção imensa, um doce de pessoa.

-Tchau, Maria. Já estou atrasada.

-Tchau, minha linda. Tome cuidado. Hoje irei fazer seu prato favorito. -Disse ela com seu sotaque do Sul

Ao ouvi-la dizer que iria fazer meu prato favorito, já estava sentindo o gosto do estrogonofe de frango em minha boca. Sai em direção ao colégio, fui a pé já que não era tão longe e no meio do caminho encontro Carolina, minha melhor amiga desde a infância.

-Biaaaaaa. Carolina sai correndo em minha direção que nem uma desgovernada, típico dela fazer esses escândalos na rua.

-Eeei. Que animação é essa? Não me diga que é porque estamos voltando ás aulas, se não arranco esses seus fios loiros.

Carolina era branca, estatura mediana, seus cabelos eram loiros, curtos até seus ombros. Seus olhos eram azuis, um pouco escuros, ela também tinha sardas claras que ficavam invisíveis em seu rosto também claro.

-Ih, agressiva. Ninguém fica animado porque vai retornar ao colégio, a não ser os nerds.

-Hahaha. Mas porque essa animação toda? Me conta no caminho porque se você não percebeu, estamos atrasadinhas. -Dito isso eu dei um puxão nela e saímos rumo ao nosso destino.

-Amiga, você não vai acreditar. Advinha que noticia maravilhosa eu tenho? Bom, pra você é uma noticia mais ou menos.

-Fala logo, você que eu odeio que fiquem enrolando o assunto, principalmente quando o alguém é você. E por favor, não me diga que tem algo a ver com minhas séries. -Supliquei

-Que mané, séries, garotas. Larga de ser viciada.

-Então fala logo.

-Então, se eu começar a pular aqui, é felicidade.

-FALA LOGO SUA AGUADA.

-Felipe tá voltando pro Rio. -Disse ela dando pulos de alegria.

-Oi???

Se o meu mundo gira pro lado direito, a partir desse momento ele começou a girar pro lado esquerdo.

Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora