Capítulo 15

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- Ô bonitinho, você vai ajudar a tirar as caixas do carro ou quer um convite? -Perguntei, colocando as mãos na cintura.

Felipe estava com a cara enfiada em seu aparelho celular, ele ria desesperadamente.

- Você tem quer ler isso. -Ele disse entre risos.

- Você primeiro pega essas caixas que são suas e depois eu penso em ler isso.

- Não, é sério, ler agora. -Ele se aproxima colocando o celular ao alcance de meus olhos.

Puxo o celular de sua mão e sem paciência começo a ler. Era uma piada de português. Sim, uma piada de português, isso mesmo.

Termino de ler aquela porcaria e entrego o seu celular quase o jogando no chão.

- Você me fez perder segundos preciosos da minha vida pra ler uma piada de português? Fala sério!

- É muito engraçada! -Diz cambaleando pra trás, ainda rindo.

- Não é não! Agora para de rir dessa bobeira e pega essas caixas que são suas.

- Custa você ajudar? -Pergunta, enfiando enfiando a cabeça no porta malas tirando de lá uma pequena caixa.

- Custa muito. Já estou ajudando sua irmã com as delas, e olha que não são poucas. Deixa de ser preguiçoso. -Pego a última caixa que faltava e saio em direção a porta de casa. - Não esquece de fechar a garagem. -Grito.

- Sim senhora. -Ele grita de volta.

***

- Alguém pediu pizza? -Felipe chegou com uma caixa enorme de pizza e a coloca na mesa de centro.

- Finamente! Eu to faminta. -Carolina em um ato desesperado abre a caixa e tira seu pedaço de pizza.

Sua cara era de selo cem por cento de aprovação.

Pego os copos, encho-os com refrigerante e pego meu pedaço. Fazia um bom tempo que eu não comia uma pizza como aquela. Dois meses pra ser exata, tudo por culpa da bendita academia, que eu não precisava, só pra deixar claro, mas eu tinha um sério problema em querer barriga chapadinha e bumbum durinho. Desculpa mundo.

A campainha toca. Era oito da noite e não esperávamos ninguém. Olhei para Carolina e seus olhos apresentava medo. Olhei para Felipe e o mesmo tinha expressão de desconfiado. Comecei a encara-lo. A campainha tocou mais uma vez.

- O que você está esperando pra atender? -Sussurrei para Felipe.

- Eu? -Ele quase se engasga com o refrigerante. - Vai você, eu não to esperando ninguém.

- E por acaso eu to?

- E eu vou saber?

- Merda, você é o único homem da casa, vai atender. -Carolina diz sem paciência.

- Vai você então, irmãzinha.

E mais uma vez a campainha toca.

- Eu vou, seu palhaço. Você não serve pra nada, em? -Levanto em pulo e me direciono a porta. - Já vai! -Grito.

Abro a porta e me deparo com uma bela figura de olhos claros do outro lado. Seus cabelos eram loiros escuros, perfeitamente alinhados e balançavam com o vento da noite. Seus olhos eram azuis, mas um azul escuro. Ele abriu um sorriso enorme. Era maldade, eu tenho uma queda por sorrisos, pensei. Um Deus grego.

Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora