Capítulo 24

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"É difícil esperar por algo que talvez nunca aconteça, mas é mais difícil abrir mão quando isso é tudo que você quer." (SUPERNATURAL)

Uma semana depois.

Eu estava prestes a abrir um buraco no chão na porta do quarto de meu pai. Eu roia as unhas e o meu coração estava acelerado. Eu estava segurando o envelope que tinha recebido a uma seman atrás. Quando eu tomei coragem e ia bater na porta, ela se abriu.

Meu pai me olhou e eu dei um sorriso falso. Ele me encarou de cima a baixo, desconfiado.

- Oi. -Falei, forçando um sorriso enorme.

- O que você fez? -Ele perguntou direto.

- Nada. Eu preciso conversar com o senhor. -Estiquei o envelope em sua direção, ele pegou e analisou.

- O que isso? -Balançou.

- Abre.

Ele abriu e tirou a carta de dentro. Ele fazia caretas engraçadas. Ele não estava acreditando.

- Você conseguiu! -Falou quase gritando. - Filha, você conseguiu! -Continuou, animado.

- Sim, eu consegui! -Respondi animada, o abraçando.

- Que orgulho de você, minha filha. -Passou a mão em meus cabelos. - Sua mãe ficaria tão feliz.

Uma lágrima ousou cair. Meu pai sorria e não parava de olhar para o papel.

- Eu não vou te decepcionar, papai.

***

- Pensando na vida? -Felipe se aproximou colocando uma mão na parede ao meu lado.

- Talvez. -Respondi dando um sorriso de lado.

- Se eu te beijar aqui agora vai ser estranho? -Deu um sorriso malicioso.

Olhei para os lados.

- Claro que vai. A gente não tem motivo para se beijar.

- E o nosso lance? -Perguntou fazendo cara de decepcionado.

- Nós não temos um lance. -Encostei a cabeça na parede, gargalhando.

Ele colocou a mão no coração, fazendo cara de dor.

- Você sempre tem que me machucar desse jeito? -Fez bico.

Arqueei as sobrancelhas.

Eu não sabia o que fazer. Não sabia nossa atual situação, não éramos namorados. Ficantes, talvez? Uma onda de confusão invadia minha mente.

- Um beijo, um selinho. -Fiz o número um no dedo.

- Um é muito pouco. -Se aproximou.

- Já tá querendo demais, abusado. -Dei um selinho e quando fui me afastar, ele segurou meus braços e me deu um beijo namorado.

Eu quis me afastar, mas eu estava carente daquele beijo. Era como uma necessidade.

Perdi o fôlego, como nas outras duas vezes.

- Você ta maluco? E se alguém pega a gente? -Falei irritada, procurando olhos em nossa direção.

- Eu não ligo.

Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora