"É difícil esperar por algo que talvez nunca aconteça, mas é mais difícil abrir mão quando isso é tudo que você quer." (SUPERNATURAL)
Uma semana depois.
Eu estava prestes a abrir um buraco no chão na porta do quarto de meu pai. Eu roia as unhas e o meu coração estava acelerado. Eu estava segurando o envelope que tinha recebido a uma seman atrás. Quando eu tomei coragem e ia bater na porta, ela se abriu.
Meu pai me olhou e eu dei um sorriso falso. Ele me encarou de cima a baixo, desconfiado.
- Oi. -Falei, forçando um sorriso enorme.
- O que você fez? -Ele perguntou direto.
- Nada. Eu preciso conversar com o senhor. -Estiquei o envelope em sua direção, ele pegou e analisou.
- O que isso? -Balançou.
- Abre.
Ele abriu e tirou a carta de dentro. Ele fazia caretas engraçadas. Ele não estava acreditando.
- Você conseguiu! -Falou quase gritando. - Filha, você conseguiu! -Continuou, animado.
- Sim, eu consegui! -Respondi animada, o abraçando.
- Que orgulho de você, minha filha. -Passou a mão em meus cabelos. - Sua mãe ficaria tão feliz.
Uma lágrima ousou cair. Meu pai sorria e não parava de olhar para o papel.
- Eu não vou te decepcionar, papai.
***
- Pensando na vida? -Felipe se aproximou colocando uma mão na parede ao meu lado.
- Talvez. -Respondi dando um sorriso de lado.
- Se eu te beijar aqui agora vai ser estranho? -Deu um sorriso malicioso.
Olhei para os lados.
- Claro que vai. A gente não tem motivo para se beijar.
- E o nosso lance? -Perguntou fazendo cara de decepcionado.
- Nós não temos um lance. -Encostei a cabeça na parede, gargalhando.
Ele colocou a mão no coração, fazendo cara de dor.
- Você sempre tem que me machucar desse jeito? -Fez bico.
Arqueei as sobrancelhas.
Eu não sabia o que fazer. Não sabia nossa atual situação, não éramos namorados. Ficantes, talvez? Uma onda de confusão invadia minha mente.
- Um beijo, um selinho. -Fiz o número um no dedo.
- Um é muito pouco. -Se aproximou.
- Já tá querendo demais, abusado. -Dei um selinho e quando fui me afastar, ele segurou meus braços e me deu um beijo namorado.
Eu quis me afastar, mas eu estava carente daquele beijo. Era como uma necessidade.
Perdi o fôlego, como nas outras duas vezes.
- Você ta maluco? E se alguém pega a gente? -Falei irritada, procurando olhos em nossa direção.
- Eu não ligo.
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Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)
Teen FictionMágoas de infância de Beatriz podem voltar dolorosamente quando Felipe retorna ao Rio de Janeiro. Beatriz é obrigada a lidar com sua "raiva" pelo menino, mas as coisas podem mudar quando descobrem uma notícia nada agradável. Será que toda essa raiva...