Capítulo 19

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Eu havia marcado de encontrar Henrique novamente naquela semana. Era quinta feira, feriado. Meu pai e minha madrasta viajaram pra Petrópolis para visitar meus avós e trazerem minha irmã para morar conosco. Carolina tinha ido passar o feriadão na casa do namorado. Felipe ia de casa em casa. Fiquei em casa sozinha, as vezes com Maria. Nesse exato momento eu estava em um karaokê, rindo desesperadamente do mico que Henrique estava pagando naquele palco.

- Cantei bem? -Perguntou se sentando.

Franzi a testa e olhei para meu copo vazio, segurando a risada.

- Um arraso.

Depois, ele me levou para um restaurante e agiu totalmente diferente do nosso primeiro encontro. Estava mais tranquilo, presente. Olhei para o relógio e vi que já passava das onze. Pedi para ele me levar pra casa pois não queria chegar tarde.

Caminhamos até seu carro, esquivei um pouco pois ele tinha bebido algumas doces de alguma bebida. Ele disse que não tinha bebido o suficiente e que estava bem para dirigir. Assenti e entrei dentro do carro. Coloquei o cinto e fechei o vidro.

As estradas que passamos estavam com poucos carros. Chegamos em uma deserta e percebi que nunca havia passado por ali. Perguntei onde estávamos e ele respondeu que eu ficasse tranquila. Gelei.

Ele parou o carro em um canto da estrada e comecei a tremer.

- O que você tá fazendo?

Ele rodou as chaves e desligou o motor. Destravou o meu cinto e o seu.

- Hen-Henrique? O que você tá fazendo? -Perguntei suando frio.

Ele se aproximou e colocou a mão na minha cintura.

- Algo que eu quero desde da primeira vez que te vi.

Ele me beijou. Seu beijo era devagar. Fechei os olhos e entreguei ao seu beijo. Ele tentou chegar mais perto do meu corpo mas a marcha entre nós atrapalhava.

Aos poucos seu beijo foi ficando mais rápido e feroz. Tentei se afastar mais ele me segurou pelo braço com força.

Ele começou a deslizar suas mãos para meu bumbum e eu a puxei para minhas costas, então colocou suas mãos debaixo de minha blusa. Sua mão gelada me fez arrepiar. Ele me apertou com força e eu estava com medo, não conseguia me soltar.

O empurrei e o encarei com medo. Então ele começou a puxar o cinto de sua causa. Fiquei ali parada sem reação. Então ele me puxou novamente e com a pouca força que tinha, tentei me soltar. Ele puxou minha cabeça para baixo e eu comecei a chorar.

- Socorro! -Foi tudo que consegui gritar.

O vidro do seu lado estava aberto então tive a esperança de que algum escutasse meus gritos. Eu estava apavorada.

Ele começou a puxar suas calças para baixo  mas ainda segurava minha cabeça pelo meu pescoço. Tentei levantar para fugir mas ele foi mais forte.

- Não, não faz isso, por favor. -Implorei entre prantos.

- Você vai me chupar, vadia! -Sussurrou ao pé de meu ouvido.

- SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA, POR FAVOR! -Gritei mais alto e minhas lágrimas rolavam.

Ele começou a tirar sua cueca e então fechei meus olhos. De repente, suas mãos se soltaram se mim e abri os olhos. A porta estava aberta e ele estava jogado no chão.

Sai correndo do carro, assustada e aos prantos. Fui para o outro lado do carro e Henrique sangrava no chão. Felipe estava ali em cima dele, o espancando. Seus socos ficavam mais fortes na medida em que Henrique gritava pedindo para ele parar.

Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora