Capítulo 22

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Duas semanas depois.

- Bia, tem carta pra você. -Minha irmãzinha Mariana entrou saltitando na sala, segurando um envelope branco.

- Pra mim? -Me virei surpresa.

Ela me entregou a carta e comecei analisar o envelope. Não tinha nada escrito no envelope. Nem remetente, endereço, cep.

- Que isso? -Felipe perguntou se jogando no sofá e sua irmã veio atrás.

- Ainda não abri.

- Você fez alguma besteira? -Carolina perguntou, folheando uma revista.

- Não. -Franzi o cenho.

- Então abre.

- Ih, fofoca.

Puxei o lacre do envelope e comecei a tirar o papel de lá, quando vi o logotipo no topo do papel, minha respiração ficou ofegante. Senti um forte aperto no coração. Devolvi o papel para dentro do envelope e me levantei do sofá.

- Que foi? É importante? -Felipe perguntou sem desviar os olhos do jogo em seu celular.

- Não. -Respondi nervosa indo em direção as escadas.

- Pra onde você vai? O Vinicius vai chegar daqui a pouco.

- Vou só colocar isso lá em cima e já volto.

Me sentei na escrivaninha e tirei o papel do envelope. Meus olhos brilharam ao ler a carta. Sorri nervosa e tive vontade de gritar. Eu não estava acreditando, aquilo era um sonho. Fechei os olhos e mentalizei a minha vida perfeita. Sorri novamente. Eu estava feliz demais. Dei um grito abafado e enfiei a folha dentro de um caderno na gaveta da escrivaninha.

- Deus, obrigada ai, viu? *É nóis! -Fiz sinal de positivo pro teto.

***

FELIPE

Estávamos em uma cachoeira em um lugar no Rio onde eu conheci quando pequeno. Meus amigos nunca tinham ido, então os levei para aquele lugar paradisíaco.

- Ninguém vai entrar na água? -Daniel perguntou tirando a blusa.

- A água ta muito fria, querido. -Minha irmã respondeu sua pergunta, em um tom fresco.

- Então vocês só vieram pra admirar a paisagem? -Ele revirou os olhos

- Bando de medroso. Bora, Daniel. -Bia se levantou e retirou sua roupa, ficando apenas de biquíni.

Tentei não olhar, mas foi mais forte que eu. Seu corpo era realmente maravilhoso e isso não era novidade, mas era de se admirar. Suas curvas eram esbeltas, como de uma atriz de cinema. Sua cintura era fina como de uma boneca. Ela dizia que aquilo era fruto de academia, mas eu sempre desconfiei que não. Ela era perfeita de natureza.

Ela puxou Daniel e eles subiram em uma pedra. Ela sorria como uma criança que estava prestes a fazer coisa errada. Ela contou até três e fez um salto.

Daniel continuou na pedra, com medo.

- Frouxo! -Gritei.

- Eu prezo pela minha vida, é diferente. -Ele gritou de volta e o medo em sua voz era visível.

- É frouxo sim. -Sua namorada gritou. - A pedra nem é tão alta assim.

Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora