Capítulo 4

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FLASHBACK 4 ANOS ATRÁS 

Meus avós estavam completando 50 anos e por isso fariam uma festa no sábado, em Petrópolis, onde eles moram. Eu, Maria e meu pai iriamos para lá no sábado de manhã, a galera também iria. Tia Luísa, Carolina e Felipe iriam em outro carro. Acordei por volta de 6:15h da manhã, escovei meus dentes, tomei meu banho quente, coloquei um vestido de alça florido e desci porque meu pai já me esperava impaciente.

-Finalmente. —Meu pai exclamou.

-Deixa de drama, paizinho.

Dei um beijo em sua bochecha e vi Maria saindo da cozinha.

-Bom dia, Maria.

-Bom dia, Bia. Você quer tomar café? 

-Não, Maria, pelo o que conheço minha vó, ela vai tá esperando a gente com um banquete, obrigada. 

-Vamos deixar de papo fiado e vamos logo, sua vó não quer que a gente chegue tarde. —Meu pai reclamou.

-Mas pai, e a Luana, Pedro e Daniel? Eles vão com a gente. 

A campainha tocou. Era eles. 

-Desculpa a demora, ai, é que precisamos esperar a princesinha Luana se arrumar. 

-Sem problemas. —Meu pai riu.

Já no carro, tomamos nossos lugares e Pedro meteu a mão no rádio, ligou e começou a cantarolar uma música que eu não conhecia. Fomos conversando o trajeto todo. Ao chegarmos na casa de meus avós, como eu já previa, uma mesa imensa e recheada esperava por nós. Cumprimentamos nossos avós e logo nos sentamos na mesa e nos servimos.

-Nossa Pedro, você não consegue ser mais educado? —Luana bufou ao olhar o prato de Pedro que estava lotado.

-Eu estou com fome e a Dona Sofia disse que era pra eu pegar o que quisesse, eu só estou obedecendo. 

-Mas precisava encher o prato desse jeito? Esse prato mata a fome de 20 mendigos. 

-Cala a boca, Luana, me deixa comer em paz, eu to com fome. Será que o almoço vai demorar muito? —Pedro debochou

-Isso mesmo, Pedrinho, coma bastante. Você também, Luana, siga o conselho de Pedro, eu estou achando você muito magrinha. —Minha vó falou ao entrar na cozinha.

-A senhora acha?

-Acho, mas nada que um bom prato de feijão não resolva.

-Feijão sempre é a solução pra senhora, né vó? —Eu disse rindo.

-Sempre.

-Ei, vó, e a Mariana? Eu ainda não a vi.

-Ela foi ao mercado com a Inês, daqui a pouco ela chega. 

Dito e feito. Logo vi uma criatura toda enfeitada correr em minha direção.

-Biaaa. —Ouvi seu grito.

-Mariiii. —Eu a abracei forte.

-Senti muito a sua falta. 

-A gente se viu no ano novo, Mari, deixa de drama.

-É, mas eu acho que o ano novo foi a dois meses, né? —Ela tropeçou nas palavras.

-É, mas é tempo suficiente pra sentir tanta falta assim?

-É, porque eu amo você e eu sinto sua falta. —Ela me abraçou forte.

-Eu também amo você, baixinha.

-Oi, Mariana mal educada. —Daniel debochou.

-Oi, Daniel pé sujo. —Ela estendeu a língua para ele.

Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora