Meu pai teve alta depois de três semanas. Ele ainda precisava de cuidados, mas já estava pronto para outra.
Eu estava atolada de trabalhos e de cabeça fervendo por conta de provas. Eu estava com olheiras profundas, quase superando a de um panda. Nem um bom reboco estava ajudando naquela situação.
- Não é mais fácil você fazer o trabalho impresso ao invés de ficar gastando a mão escrevendo? -Felipe acomodou-se do meu lado no sofá.
- Assim eu aprendo mais. -Murmurei.
- E você quer aprender mais sobre os fundamentos do tênis? -Riu com humor.
Coloquei a folha em cima da mesa de centro e passei as mãos em meu rosto, bufando.
- Eu estou tão cansada! -Falei com a voz abafada.
Ele colocou a mão em minha coxa e a apertou de leve.
- Você precisa descansar. Esvaziar a cabeça.
-Disse calmamente.- Eu sei, mas esse acidente do meu pai ainda mexe comigo. Eu quase perdi ele, poxa.
- Mas não perdeu. Relaxa! -Beijou meu braço.
Encostei a cabeça em seu ombro e ele me abraçou forte.
- Eu preciso muito descansar. -Bocejei.
- Me faça de cama. -Fez graça.
Apenas ri fraco e em poucos segundos eu adormeci em seus braços.
Acordei na cama e já tinha escurecido, quando me virei Felipe estava me olhando.
- Você me trouxe pra cama? Que cavalheiro. -Me levantei e fiquei de joelhos na cama.
- Meus braços já estavam doendo e pra te trazer aqui pra cima foi um sacrifício!
Fingi espanto e peguei o travesseiro, lhe batendo. Ele começou a se defender e pegou meu braço, me puxando para seu corpo.
Me soltei rapidamente e corri para o banheiro. Tranquei a porta e ele começou a bater na porta, fingindo raiva.
Só para deixá-lo com mais raiva, demorei lá dentro. Escovei os dentes e liguei o chuveiro.
- Me espere vinte minutos, irei tomar um banho. -Comecei a provoca-lo.
Ele não respondeu. Desliguei o chuveiro e dei passos leves. Coloquei o ouvido na porta e não escutei barulho algum. Quando a abri, Felipe me jogou na cama, ficando em cima de mim.
- Me deixa sair! -Ri e comecei a bater em seu peito, tentando me soltsr.
Ele segurou meus pulsos com forças, me beijou e eu não resisti.
Puxei forças e o joguei na cama, ficando em cima dele. Continuei lhe beijando. Ele colocou a mão em minhas costas, debaixo de minha blusa. Tirei a sua blusa e passei as mãos em seu peitoral.
O clima estava começando a esquentar quando ouvimos a voz de Carolina.
- Ei, casal. A janta está pronta! Quando forem transar, fechem a porta. Ninguém merece ver isso. -Saiu batendo a porta.
Olhei para Felipe e começamos a rir. Me levantei e amarrei o cabelo. Ele continuou ali deitado, colocando a blusa devagar.
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Mudados pelo Destino (EM REVISÃO)
Teen FictionMágoas de infância de Beatriz podem voltar dolorosamente quando Felipe retorna ao Rio de Janeiro. Beatriz é obrigada a lidar com sua "raiva" pelo menino, mas as coisas podem mudar quando descobrem uma notícia nada agradável. Será que toda essa raiva...