17. Festa

1.5K 129 25
                                    

Dallas

Assim que estou pronta pra abocanhar diretamente aquele pescoço, Sander me afasta dele.

- O que você tá fazendo, Dallas? - Ele perguntou franzindo as sobrancelhas.

- Nada. - Largo ele e volto a caminhar, mas o garoto puxa o meu braço e me faz voltar.

- Você está cheirando a maconha. - Ele disse cheirando o meu pescoço. Fechei os olhos e sorri.

- Me chupa. - Murmurei.

- O quê?

- O quê?

Ele me olha, todo bugado. Muda o olhar para a direção do Matheus e o mesmo percebe, acenando. Sander revira os olhos.

- Entra. - Ele dizia enquanto me puxava pra dentro de casa, contra a minha vontade.

- Mas eu tenho que voltar! - Protesto e o moreno afasta a cara, abanando o rosto.

- Que bafo do caralho, Dallas! O que mais aquele escroto te ofereceu? LSD?!

- Não! Só maconha mesmo. Você já cheirou maconha, Sander? - Perguntei rindo.

- Se eu já cheirei? - Ele gargalhou alto da minha cara. - É óbvio, sou um apreciador de maconha. Só compro pra ficar cheirando que nem retardado. - Riu novamente. - Não, nunca FUMEI maconha. Não sou maconheiro que nem você.

- Nossa... - fiz beicinho. - Que se dane! - Me joguei em cima do Sander e ele se assustou outra vez, mas me segurou para eu não cair do sofá. Olhei para os seus olhos e sorri novamente. - Me beija, Sander.

- Não, você está sob efeito de drogas. E ainda por cima bêbada! Sério, eu vou quebrar a cara do Matheus se ele te oferecer mais alguma coisa.

- Então você não vai me beijar?

- Vou ser preso por abusar de uma garota drogada.

- Mas você não é maior de idade. - Elevei uma sobrancelha.

- Faço aniversário daqui um mês, esqueceu?

- Ah... - sorri. - O que você vai querer de presente? - Perguntei inocentemente, mas já notei o olhar de perversão do Sander caindo sobre mim. Ele se aproximou do meu ouvido e deu uma arfada quente, fazendo-me arrepiar um pouco.

- A sua virgindade, baby. - Ele sussurrou e, em seguida, mordeu o lóbulo da minha orelha, o que fez eu me afastar rapidamente dele.

- Não!! - Gritei. - Preciso ir embora, a Taylor já deve estar puta comigo. - Me levantei do chão (sim, eu tinha caído no chão).

- Eu não te entendo. Agora mesmo você disse pra eu te beijar e depois muda de ideia? Você é bipolar, Dallas. - Sander disse, meio sarcástico.

- Você deve ter pegado AIDS daquela Jennifer.

- Então isso é ciúme?

- Quê? No dia que eu tiver com ciúme de você, eu me mato.

- Quer que eu busque a faca então? - Sorriu.

- Pra quê?

- Pra você se matar, ué.

- Ah, Sander! - Revirei os olhos e ele gargalhou. - Vai pra puta que pariu. - Mostrei o meu dedo do meio e saí da casa, antes recebendo um beijo no ar dele.

[...]

Passou quase um mês desde que eu me mudei pra cá. Não tenho nada de interessante pra contar, tudo continua a mesma merda de sempre. Depois das aulas, eu, o Matheus, a Taylor e os meninos saímos pra fumar. Isso se tornou rotina, mas não é sempre que fazemos isso, só quando dá. E também não é sempre que fumamos maconha. Matheus acha melhor maneirarmos para que isso não se torne um vício.

DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora