60. Taylor

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Dallas

No mesmo momento, eu senti aquela adrenalina subindo pelo meu corpo, assim como o medo e desespero também.

- Que merda é essa.. - Sander sussurrou.

- Vamos procurar uma saída! - Taylor gritou, começando a correr.

- Eu vou tentar apagar o fogo. - Sander disse determinado, pegando o cobertor e indo em direção às escadas.

- Não, Sander! - Gritei, mas ele não ouviu e continuou descendo.

Eu estava quase indo atrás dele, mas não tinha coragem de combater as chamas, estava nervosa e indecisa para decidir se ia com ele ou tentava encontrar saídas com a Taylor. Decidi ir atrás dela nos quartos, já tossindo devido à grande quantidade de fumaça.

- Taylor! - Entrei num quarto e vi a garota tentando abrir uma janela de madeira velha.

- Está emperrada! Me ajuda! - Gritou, insistindo em abri-la. Fui até ela, fiquei ao seu lado e ambas tentamos com todas as nossas forças abrir a merda da janela. - Droga! - Taylor gemeu de dor e parou de fazer força, segurou a sua mão e eu notei que ela tinha cortado profundamente a mesma num pedaço de madeira pontudo.

- Você está bem? - Questionei.

- Sim, sim. Estou. Vamos tentar novamente. - A loira usou a sua outra mão e, novamente, tentamos abrir a janela, agora com sucesso. Mas quando a abrimos, notamos que havia um vidro impedindo a passagem para pularmos dali. - Merda! - Taylor gritou, de raiva.

- E agora?! - Perguntei.

- Dallas, cadê o Sander? - Ela questionou.

- Ele foi tentar apagar o fogo. - Falei.

- Eu vou atrás dele. Escuta, se eu não voltar em exatos três minutos, quero que você tenha coragem e quebre esse vidro. Independente de qualquer coisa, se eu não aparecer em três minutos, quero que saia daqui. Entendeu? - Ela falava, enquanto pegava o seu celular, colocava no temporizador e me entregava. Eu entrava cada vez mais em pânico por conta da sua ideia.

- Mas... - eu ia falar, mas ela agarrou as minhas bochechas e fixou o olhar no meu.

- Babygirl. Por favor. Você consegue. - Ela disse, com os olhos cheio d'água. Assenti, com os olhos cheios também. - Eu volto logo. - Taylor beijou a minha testa, antes de me deixar naquele quarto esfumaçado e abafado.

Um minuto se passou, a fumaça aumentou e eu comecei a tossir incontrolavelmente. A cada segundo que se passava, minha preocupação ficava maior. Tudo se passava na minha cabeça naquele momento, mas eu só conseguia pensar na Taylor e no Sander.

Eu tentava ligar para a polícia, bombeiros ou ambulância, mas não havia sinal.

Até que o celular apitou, fazendo-me voltar para a realidade.

Meu coração martelou mais forte contra o meu peito.

Eu não devo fazer o que a Taylor mandou. Não consigo.

Eu olhei para a janela e para a porta inúmeras vezes antes de tomar a decisão de abandonar o quarto e ir procurar os dois.

Toquei na maçaneta da porta, o que fez um calor intenso atingir a minha mão e me queimar. Eu ignorei e abri a porta, vendo metade do corredor em chamas. Os graus daquele ambiente triplicaram, pareciam estar acima de 40.

Tomei coragem e corri pelo corredor, desviando o fogo, até chegar na escada, que estava se desmanchando devido às chamas, visto que a mesma era de madeira.

- TAYLOR! SANDER! - Gritei pelo nome dos dois, porém, não obtive resposta alguma, o que fez meu desespero aumentar. Gritei o nome deles outra vez, mas, novamente, sem respostas.

DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora